Depois de listar os 120 melhores filmes na Netflix, os 100 no Amazon Prime Video e 50 séries imperdíveis na HBO Max, chegou a vez de analisar o menu do Star+.
Encontrei muitos títulos que merecem ser vistos ou revistos, muitas obras premiadas no Oscar, muitos tesouros que só podem apreciados nesta plataforma — os longas-metragens abaixo não estão disponíveis em nenhum outro serviço de streaming ou de aluguel digital.
Por outro lado, o Star+ carece de diversidade geográfica: pouquíssimos países estão representados, e a grande maioria do cardápio é formada por produções em língua inglesa. Entre essas, alguns diretores se destacam, como o britânico Ridley Scott (seu nome apareceu pelo menos cinco vezes) e o estadunidense Wes Anderson (praticamente toda a sua filmografia está à disposição, mas selecionei "apenas" quatro).
Os melhores filmes para ver no Star+
1) 12 Anos de Escravidão (2013)
De Steve McQueen. Interpretado por Chiwetel Ejiofor, Solomon Northup foi protagonista de uma saga tão absurdamente trágica que seu minucioso relato na autobiografia lançada em 1853 chegou a ser visto como obra de ficção. Mas cada detalhe da excruciante aventura que ele — homem negro, educado e livre — viveu após ser sequestrado e vendido como escravo foi comprovado por testemunhos e registros oficiais. Venceu o Oscar nas categorias de melhor filme, atriz coadjuvante (Lupita Nyong'o) e roteiro adaptado, além de ter disputado outras nove estatuetas, incluindo as de direção, ator e ator coadjuvante (Michael Fassbender).
2) 127 Horas (2010)
De Danny Boyle. James Franco concorreu ao Oscar de melhor ator no papel de Aaron Ralston, montanhista que, em abril de 2003, aos 27 anos, saiu para se aventurar nos cânions do Estado de Utah, nos EUA, e acabou preso em uma fenda profunda e estreita, com a mão direita e o pulso emparedados por uma rocha de quase meia tonelada. O filme disputou outras cinco categorias, incluindo a principal da premiação de Hollywood.
3) (500) Dias com Ela (2009)
De Marc Webb. As diferentes etapas de um relacionamento, da empolgação inicial à sofrida separação, não seguem uma ordem cronológica convencional — mais do que um maneirismo, o recurso torna mais divertido acompanhar as idas e vindas dos personagens de Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel. A ótima trilha sonora tem There's Is a Light that Never Goes Out, dos Smiths — música que, nas palavras do meu colega Daniel Feix, "descreve com uma sensibilidade insuperável a sensação de morrer de amor".
4) Ajuste Final (1990)
De Ethan Coen e Joen Coen. Gabriel Byrne vive o braço-direito de um mafioso irlandês (Albert Finney) que precisa administrar o temperamento explosivo do patrão em meio a uma guerra com um chefão rival e um perigoso triângulo amoroso. John Turturro e Marcia Gay Harden também estão no elenco deste tesouro dos primeiros anos da carreira dos irmãos Coen.
5) Além da Linha Vermelha (1998)
De Terrence Malick. Um filme de guerra pode ser bonito? É a pergunta que vem à mente diante desta obra-prima de Malick, que venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim e foi indicada em sete categorias do Oscar, incluindo melhor filme e direção. Nick Nolte, John Cusack, Sean Penn, Woody Harrelson, Jim Caviezel e Adrien Brody integram o elenco desta reconstituição poética e filosófica da batalha de Guadalcanal, travada no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.
6) Alien: O 8º Passageiro (1979)
De Ridley Scott. Uma nave espacial, ao retornar para Terra, recebe estranhos sinais vindos de um asteroide. Enquanto a equipe investiga o local, um dos tripulantes é atacado por um misterioso ser. Clássico fundamental da ficção científica, deu origem a uma franquia, ganhou o Oscar de efeitos visuais e traz no elenco Sigourney Weaver, Tom Skerritt e John Hurt.
7) Aliens: O Resgate (1986)
De James Cameron. O sucesso de O Exterminador do Futuro (1984) credenciou Cameron para retomar o universo do cultuado Alien (1979). Após despertar de uma hibernação de 57 anos, a tenente Ripley (Sigourney Weaver, indicada ao Oscar de melhor atriz) volta a enfrentar um alienígena mortal. O filme foi oscarizado nas categorias de efeitos visuais e de efeitos sonoros.
8) Alta Fidelidade (2000)
De Stephen Frears. Fiel adaptação do romance pop do escritor inglês Nick Hornby. Rob Gordon (John Cusack) é um dono de loja de discos que está passando por uma crise aos 30 e poucos anos. Após ser dispensado pela namorada, ele resolve cruzar sua obsessão em fazer listas com a análise de seus cinco relacionamentos mais marcantes. No elenco, Jack Black, Iben Hjejle, Lisa Bonet e Todd Louiso.
9) Os Banshees de Inisherin (2022)
De Martin McDonagh. Foi o maior injustiçado do Oscar: recebeu nove indicações e não levou nenhuma estatueta dourada.
Em uma fictícia ilha da Irlanda dos anos 1920, a batalha pessoal entre dois ex-melhores amigos, Pádraic (papel de Colin Farrell, concorrente ao prêmio de melhor ator) e Colm (Brendan Gleeson), não serve de metáfora apenas da guerra civil que marcou o país; o microcosmo representa qualquer cenário onde alguma diferença — política, religiosa, sexual, esportiva etc. — se impõe e anula as muitas semelhanças. Onde as pessoas dão um dedo para não dar o braço a torcer. Onde o ressentimento queima e se alastra.
10) Batman: O Homem-Morcego (1966)
De Leslie H. Martinson. Longa-metragem lançado entre a primeira e a segunda temporada do célebre seriado dos anos 1960, mostra Batman (Adam West) e Robin (Burt Ward) enfrentando um plano diabólico arquitetado pelo quarteto formado pelos piores criminosos de Gotham City: Coringa, Pinguim, Charada e Mulher-Gato.
11) Bom Dia, Vietnã (1987)
De Barry Levinson. Esta comédia dramática valeu uma indicação ao Oscar de melhor ator para Robin Williams, no papel do radialista Adrian Cronauer (1938-2018), que é enviado à Guerra do Vietnã para levar um pouco de comédia à vida dos soldados, o que enfurece um oficial do exército estadunidense.
12) O Bom Patrão (2021)
De Fernando León de Aranoa. Blanco (Javier Bardem) é o carismático dono de uma fábrica familiar que está sob pressão com a possibilidade de ganhar um prêmio por excelência empresarial. Ao mesmo tempo, tem de lidar com um trabalhador despedido vingativo, um supervisor deprimido e um estagiário ambicioso. Venceu seis prêmios no Goya, da Academia Espanhola, incluindo melhor filme, direção e ator.
13) Borat (2006)
De Larry Charles. Logo na abertura, Borat: O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América diz a que veio: o protagonista mostra seu pobre vilarejo natal no Cazaquistão (refletindo a visão estereotipada que muitos estadunidenses têm dos países do Leste Europeu e da Ásia Central), seus hobbies (como fotografar às escondidas mulheres urinando) e uma das "tradições" da região, a infame Corrida do Judeu (a propósito: o criador e intérprete do personagem, Sacha Baron Cohen, é judeu). As piadas — ou ofensas? — antissemitas, escatológicas, misóginas, racistas e homofóbicas se multiplicam quando o falso repórter de TV e seu produtor, Azamat Bagatov (Ken Davitian), desembarcam em Nova York. Os dois estrelam uma sequência impossível de ser "desvista", cujo estopim são fotos da atriz e modelo Pamela Anderson, paixão repentina, platônica e avassaladora de Borat.
14) Busca Implacável (2008)
De Pierre Morel. Foi o filme que tornou Liam Neeson um astro tardio do gênero. Com sua voz grave, ele imortalizou o seguinte monólogo: "Eu não sei quem você é. Eu não sei o que você quer. Se está em busca de resgate, saiba que não tenho dinheiro. O que eu tenho são habilidades muito específicas, habilidades que eu adquiri ao longo de uma carreira muito longa. Habilidades que fazem de mim um pesadelo para pessoas como você. Se você libertar minha filha agora, encerramos o assunto. Não vou te procurar ou te perseguir. Mas se você não a libertar, eu vou te procurar, eu vou te achar e eu vou te matar".
15) Butch Cassidy (1969)
De George Roy Hill. Wyoming, início de 1900. Butch Cassidy (Paul Newman) e The Sundance Kid (Robert Redford) são líderes de bandidos. Depois que um roubo de trem dá errado, eles fogem, com um pelotão atrás deles. A solução: fugir para Bolívia. O filme eternizou a canção Raindrops Keep Fallin' on my Head, de Burt Bacharach e Hal David, premiada com o Oscar.
16) Carruagens de Fogo (1981)
De Hugh Hudson. Reconstitui a preparação de dois atletas do Reino Unido para a Olimpíada de 1924, em Paris: Eric Liddel (Ian Charleson) é um missionário escocês que corre por devoção a Deus, e Harold Abrahams (Ben Cross), filho de judeus, quer provar sua capacidade para a comunidade de Cambridge. Ganhou os Oscar de melhor filme, roteiro original, figurinos e trilha sonora — composta por Vangelis e imortalizada em inúmeras citações: virou um clichê dos momentos de superação e das cenas em câmera lenta.
17) Casamento Sangrento (2019)
De Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett. Nesta eficiente mistura de terror e comédia, Samara Weaving interpreta Grace, uma ingênua noiva ansiosa para se juntar à família de seu noivo (Adam Brody), o herdeiro de uma dinastia de jogos de tabuleiro. No dia do casamento, ela descobre o ritual por qual todo novo membro dos Le Domas precisa passar: um jogo que pode ter consequências mortais.
18) Cisne Negro (2010)
De Darren Aronofsky. Natalie Portman vive, no papel que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz, uma promissora bailarina que tem um surto psicótico diante do desafio de assumir o posto de solista de sua companhia na montagem de O Lago dos Cisnes.
19) O Clã (2015)
De Pablo Trapero. Suspense argentino que recria o ambiente do país vizinho nos últimos anos de ditadura, quando um ex-agente da inteligência (Guillermo Francella) vinculado aos militares lidera uma gangue que faz uso de sua própria casa, aproveitando-se da imagem da família exemplar, para esconder sequestros e assassinatos. A incrível história realmente ocorreu, nos anos 1980.
20) Cleópatra (1963)
De Joseph L. Mankiewicz. Épico que quase levou à falência o estúdio Fox, promoveu o encontro do turbulento casal Elizabeth Taylor e Richard Burton e tem como um de seus momentos antológicos a triunfal entrada da bela rainha do Egito pelos portões de Roma.
21) Um Conto Chinês (2011)
De Sebastián Borensztein. Comédia dramática sobre a convivência forçada entre tipos antagônicos que, aos poucos, passam a compreender um ao outro e a mudar suas próprias vidas. São eles Roberto (Ricardo Darín), rabugento e solitário dono de uma ferragem em Buenos Aires, e Jun (Ignacio Huang), chinês que chega à cidade em busca de um tio mas acaba assaltado.
22) Coração Valente (1995)
De Mel Gibson. Na Escócia do final do século 13, o rebelde William Wallace (papel do próprio Gibson) lidera seus conterrâneos contra o monarca inglês Eduardo I, após ter sofrido uma tragédia pessoal causada pelos soldados ingleses. Épico vencedor de cinco Oscar, incluindo melhor filme e direção.
23) Corpo Fechado (2000)
De M. Night Shyamalan. Neste que é um de seus melhores filmes, o diretor narra a história de David Dunn (Bruce Willis), um segurança que sobrevive a um desastre de trem e desperta a atenção de Elijah Price (Samuel L. Jackson), dono de uma loja de histórias em quadrinhos. Para este, Dunn tem poderes como os de um super-herói.
24) A Crônica Francesa (2021)
De Wes Anderson. Eleito o sexto melhor filme daquela temporada pelos críticos da prestigiada revista parisiense Cahiers du Cinèma, é uma celebração do jornalismo, da vocação da França para a arte, a política e a gastronomia e do próprio esmero estético do cineasta. O elenco é extremamente grande e absolutamente encantador, agregando nomes recorrentes na carreira de Anderson (Bill Murray, Owen Wilson, Tilda Swinton, Adrien Brody, Edward Norton) e astros ascendentes, como Timothée Chalamet, Saoirse Ronan e Léa Seydoux.
25) Culpado por Suspeita (1991)
De Irwin Winkler. Um retrato da Hollywood nos tempos do macarthismo. Quando o diretor David Merrill (Robert De Niro) retorna de Paris aos Estados Unidos, ele é chamado perante o Comitê de Atividades Antiamericanas da Câmara. Embora não seja comunista, ele se recusa a cooperar para proteger seu amigo, o roteirista Bunny Baxter (George Wendt). Merrill enfrenta graves repercussões e complica ainda mais seu casamento com Ruth (Annette Bening).
26 e 27) Desafio à Corrupção (1961) / A Cor do Dinheiro (1986)
Robert Rossen dirige Desafio à Corrupção, que competiu no Oscar de melhor filme, direção, ator (Paul Newman), atriz (Piper Laurie), ator coadjuvante (Jackie Gleason e George C. Scott), roteiro adaptado, fotografia em preto e branco e direção de arte em preto e branco (ganhou nestas duas últimas). Na trama, Fast Eddie Felson é um jogador de sinuca talentoso, mas com uma atitude destrutiva. Sua ambição faz com que ele desafie o lendário Minnesota Fats em uma partida onde ele aprenderá uma grande lição.
Martin Scorsese dirige A Cor do Dinheiro, em que Eddie Felson, ao conhecer em um bar o talentoso Vincent (Tom Cruise), decide lhe ensinar tudo o que sabe e fazer dele uma versão mais jovem de si mesmo. Mas a amizade entre eles entra em conflito por causa da personalidade de Vincent. Venceu o Oscar de melhor ator (Paul Newman) e disputou as categorias de atriz coadjuvante (Mary Elizabeth Mastrantonio), roteiro adaptado e direção de arte.
28) Os Deuses Vencidos (1958)
De Edward Dmytryk. Cruza as jornadas de três personagens na Segunda Guerra Mundial. Christian Diestl (Marlon Brando) é um instrutor de esqui que virou um tenente nazista cujo entusiasmo por Hitler está desaparecendo, Noah Ackerman (Montgomery Clift) é um judeu estadunidense que luta para superar o preconceito em sua própria unidade. E Michael Whiteacre (Dean Martin) é um cantor romântico da Broadway que usa suas conexões para evitar o combate.
29) Duro de Matar (1988)
De John McTiernan. O filme que estabeleceu o nome de Bruce Willis como um dos principais do gênero convida a trocar o panetone pela pancadaria: o ator interpreta um policial de Nova York que só queria passar o Natal com a esposa em Los Angeles, na festa da empresa onde ela trabalha, mas um grupo de terroristas alemães, liderado pelo sensacional personagem de Alan Rickman, invade o local. Também podem ser vistos Duro de Matar 2 (1990), Duro de Matar 3: A Vingança (1995) e Duro de Matar 5: Um Bom Dia para Morrer (2013).
30) Ed Wood (1994)
De Tim Burton. Cinebiografia estilosa e cativante de Ed Wood (papel de Johnny Depp), autor de Glen ou Glenda (1953) e Plano 9 do Espaço Sideral (1959) e considerado um dos piores cineastas de todos os tempos. Recebeu o Oscar de ator coadjuvante (Martin Landau) e o de melhor maquiagem.
31) Elefante Branco (2012)
De Pablo Trapero. Ricardo Darín, Martina Gusman e Jérémie Renier estrelam este filme sobre padres que tentam melhorar as condições de vida de uma comunidade da periferia de Buenos Aires, onde encontram obstáculos como o tráfico local, interesses do governo e da própria Igreja Católica.
32) Estrada para Perdição (2002)
De Sam Mendes. Tom Hanks fez seu papel mais soturno: o de um matador da máfia irlandesa na Chicago dos anos 1930. Filmaço que ganhou o Oscar de melhor fotografia e foi indicado a outras cinco estatuetas, incluindo ator coadjuvante (Paul Newman). No elenco, Daniel Craig.
33) Os Excêntricos Tenenbaums (2001)
De Wes Anderson. Um prólogo narrado por Alec Baldwin, embalado por Hey Jude, dos Beatles, e declaradamente inspirado em Soberba (1942), de Orson Welles, e Uma Mulher para Dois (1961), de François Truffaut, nos familiariza com o fabuloso mundo dos Tenenbaums: gênios quando crianças, os irmãos Chas (Ben Stiller), Richie (Luke Wilson) e Margot (Gwyneth Paltrow) vivenciam na maturidade seu fracasso. O pai (Gene Hackman), que os abandonara na infância, vê-se à beira do despejo do hotel onde mora e, ao longe, observa um homem (Danny Glover) cortejar sua esposa (Anjelica Huston). Assim, não resta outra alternativa ao ex-advogado Royal Tenenbaum: voltar à casa (e, quem sabe, consertar os erros do passado). Concorreu ao Oscar de melhor roteiro original e firmou as marcas estilísticas e temáticas do diretor.
34) A Favorita (2018)
De Yorgos Lanthimos. Na Inglaterra do século 18, duas mulheres promovem intrigas palacianas na disputa pela preferência da frágil rainha Anne (Olivia Colman, premiada com o Oscar de melhor atriz). Concorreu a outras nove estatuetas, incluindo as de melhor filme e direção. e atriz coadjuvante (Rachel Weisz e Emma Stone).
35) Força Aérea Um (1997)
De Wolfgang Petersen. Harrison Ford encarna o fictício mandatário da Casa Branca, James Marshall, que tem seu avião atacado por partidários de um ditador do Cazaquistão. Gary Oldman faz o vilão, o terrorista Egor Korshunov.
36) Ford vs Ferrari (2019)
De James Mangold. Matt Damon e Christian Bale estrelam este longa sobre como, nos anos 1960, a Ford resolveu desenvolver um carro para enfrentar a hegemonia da italiana Ferrari nas 24 Horas de Le Mans, na França. Concorreu ao Oscar de melhor filme e ganhou os prêmios de edição e edição de som.
37) A Forma da Água (2017)
De Guillermo Del Toro. Durante a Guerra Fria, cientistas fazem uma série de experimentos em um humanoide anfíbio (Doug Jones) aprisionado em um laboratório governamental — até Eliza (Sally Hawkins), zeladora muda do local, se apaixonar pela criatura. Venceu quatro Oscar — melhor filme, direção, design de produção e música original — e concorreu a outros nove incluindo os de melhor atriz, ator coadjuvante (Richard Jenkins) e atriz coadjuvante (Octavia Spencer). Do diretor mexicano, também está disponível O Beco do Pesadelo (2021), que disputou os Oscar de melhor filme, fotografia, design de produção e figurinos.
38) Free Guy: Assumindo o Controle (2021)
De Shawn Levy. Com senso de humor e criatividade nas cenas de ação, mergulha no universo gamer para narrar a aventura do bancário Guy (Ryan Reynolds), um personagem secundário dentro de um jogo, onde encara como rotineiros os constantes tiroteios, explosões, acidentes e assaltos que presencia. Guy nem desconfia de que sua realidade é controlada por forças maiores — o empresário Antwan (Taika Waititi) e os programadores Millie (Jodie Comer) e Keys (Joe Keery) —, até que uma voz externa o revela a verdade.
39) Fresh (2022)
De Mimi Cave. Filme que não tem vergonha de ser franco (ou seria absurdo?) na sua metáfora sobre a violência sexual e a objetificação da mulher. As cenas não chegam a ser grotescas (na verdade, o caráter sedutor delas potencializa a crítica) e evitam ao máximo a exploração sádica — afinal, esta é uma perspectiva feminina. A primeira meia hora transcorre como se fosse uma comédia romântica: mostra a aproximação de Noa (Daisy Edgar-Jones), uma jovem já desencantada dos encontros marcados via aplicativos, com Steve (Sebastian Stan). Quando enfim aparecem os créditos de abertura, a mesa já está servida, apostando no apetite do espectador por um pouco de terror e um pouco de humor — e sabendo o momento de acentuar o sabor de um em detrimento do outro.
40) Garota Infernal (2009)
De Karyn Kusama. Neste filme escrito por Diablo Cody, Megan Fox interpreta Jennifer, que é líder de torcida e a garota mais desinibida e popular da escola. A personagem é vítima de um ritual satânico que a transforma, literalmente, em uma devoradora de homens. Seu contraponto é a melhor amiga, a tímida e desajeitada Needy (Amanda Seyfried), com quem Jennifer tem uma ligação tão peculiar quanto sangrenta. À época de seu lançamento, Garota Infernal foi visto por muita gente como apenas um filme que explorava a sensualidade de Fox, então um dos símbolos sexuais de Hollywood. Com o passar do tempo, os críticos perceberam as qualidades desta história irônica e excêntrica sobre amizades femininas tóxicas, desejo queer implícito e violência contra as mulheres.
41) O Grande Hotel Budapeste (2014)
De Wes Anderson. Foi o maior sucesso do cineasta texano no Oscar (ganhou as estatuetas de design de produção, figurino, maquiagem/cabelos e trilha sonora, além de ter concorrido nas categorias de melhor filme, direção, roteiro original, fotografia e edição) e nas bilheterias (US$ 172,9 milhões).
42) Hurricane: O Furacão (1999)
De Norman Jewison. Denzel Washington foi premiado no Festival de Berlim e no Globo de Ouro e indicado ao Oscar de melhor ator por interpretar Rubin Carter (1937-2014), boxeador negro injustamente preso por assassinato.
43) Independence Day (1996)
De Roland Emmerich. Ganhador do Oscar de efeitos especiais e sucesso de bilheteria (US$ 817,4 milhões), faz uma retomada dos filmes de ficção científica dos anos 1950, contando a história de um ataque de extraterrestres à Terra — justamente no 4 de julho, a data da Independência dos EUA. No elenco, Will Smith, Bill Pullman e Jeff Goldblum.
44) Inimigo do Estado (1998)
De Tony Scott. Robert Clayton Dean (Will Smith), um advogado bem-sucedido em Washington, recebe um vídeo que mostra a ligação entre um oficial do alto escalão da Agência Nacional de Segurança a um assassinato político. A partir daí, Dean se transforma em um alvo constante das autoridades. Com Jon Voight, Gabriel Byrne e Gene Hackman, em um papel que alude ao seu no clássico A Conversação (1974).
45) Johnny & June (2005)
De James Mangold. Cinebiografia de Johnny Cash (1932-2003), um pioneiro do rock'n'roll e ícone do country, vivido por Joaquin Phoenix (indicado ao Oscar de melhor ator), com destaque também para aquela que foi sua parceira artística e afetiva por 35 anos: June Carter (Reese Whiterspoon, premiada com a estatueta dourada de melhor atriz).
46) Jojo Rabbit (2019)
De Taika Waititi. Hitler pode ser engraçado? É permitido rir do homem que condenou ao sofrimento e à morte milhões de judeus? Humor e Holocausto combinam? Perguntas como essas assaltam o espectador assim que começa Jojo Rabbit, filme ganhador do Oscar de melhor roteiro adaptado e indicado a outras cinco estatuetas: melhor filme, atriz coadjuvante (Scarlett Johansson), edição, design de produção e figurinos.
47) A Luta pela Esperança (2005)
De Ron Howard. Repete-se a parceria do diretor com o ator Russell Crowe, após Uma Mente Brilhante, Oscar de melhor filme em 2002. A dupla conta a história real de Jim Braddock, boxeador que, após cair na miséria nos Estados Unidos da Grande Depressão, causada pela quebra da bolsa de valores de Wall Street, em 1929, ganha uma segunda chance. O título teve três indicações à estatueta dourada: melhor ator coadjuvante, para Paul Giamatti, edição e maquiagem.
48) A Luz É para Todos (1947)
De Elia Kazan. Um repórter (Gregory Peck) finge ser judeu para cobrir uma história sobre antissemitismo e sente, na pele, a intolerância e o ódio. Venceu os Oscar de melhor filme, direção e atriz coadjuvante (Celeste Holm)
49) M*A*S*H* (1970)
De Robert Altman. Na Guerra da Coreia, três cirurgiões (Donald Sutherland, Elliot Gould e Tom Skerritt) da unidade militar usam a irreverência e o deboche para lidar com a pressão do seu dia a dia, enfurecendo o comando do Exército. Disputou o Oscar de melhor filme e direção (venceu na categoria de roteiro adaptado) e deu origem a um seriado de TV.
50) Meninos Não Choram (1999)
De Kimberly Peirce. Narra a história real de Brandon Teena, um forasteiro simpático que conquistou a pequena comunidade rural de Falls City, interior dos EUA. Enquanto faz novas amizades, ele envolve-se com uma garota local. Mas ninguém é capaz de imaginar quem ele realmente é. Hilary Swank recebeu o Oscar de melhor atriz, e Chlöe Sevigny foi indicada como atri coadjuvante.
51) O Menu (2022)
De Mark Mylod. O principal diretor da série Succession (2018-2023) assina este filme em que um jovem casal (Anya Taylor-Joy e Nicholas Hoult) visita um restaurante exclusivo em uma ilha remota onde um aclamado e tirânico chef (Ralph Fiennes) prepara, como diz a sinopse providencialmente econômica, "um delicioso menu e algumas surpresas chocantes".
52) A Mosca (1986)
De David Cronenberg. Jeff Goldblum e Geena Davis estrelam um dos mais populares filmes do cineasta canadense. Ao experimentar seu novo invento, um cientista não percebe que uma mosca entrou na cabine do teletransporte. O imprevisto faz com que os padrões moleculares do homem e do inseto se misturem e, pouco a pouco, ele sofre terríveis transformações.
53) Moulin Rouge!: Amor em Vermelho (2001)
De Baz Luhrmann. A história de amor entre um escritor inglês (Ewan McGregor) e a principal cortesã (Nicole Kidman) de um cabaré é o pano de fundo neste frenético musical. O diretor australiano leva para a boêmia Paris de 1899 canções que só surgiriam nas últimas décadas do século 20, como Like a Virgin (Madonna), Heroes (David Bowie), Smells Like Teen Spirit (Nirvana) e Roxanne (The Police). Ganhou o Oscar de direção de arte e figurinos e disputou mais seis, incluindo melhor filme e melhor atriz.
54) Não me Abandone Jamais (2010)
De Mark Romanek. Adaptação do aclamado romance de Kazuo Ishiguro, acompanha, no início do século 20, a amizade entre três jovens internos de uma escola britânica. Keira Knightley, Carey Mulligan e Andrew Garfield vivem um triângulo, na medida do possível, amoroso. Seus personagens descobrem não apenas seus sentimentos amorosos mútuos, mas como lidar com um destino sombrio e predeterminado que os aguarda no futuro próximo - a história aproxima o melodrama clássico da ficção científica.
55) Noites Brutais (2022)
De Zach Cregger. O roteirista e diretor é egresso da trupe de comédia The Whitest Kids U' Know. Percebe-se a origem humorística neste filme de terror, especialmente no modo irônico de abordar temas como abuso sexual e preconceito social, mas os elementos mais proeminentes são o talento para usar o cenário e a capacidade de reverter expectativas do espectador. Dito isso, não dá para avançar muito na sinopse: Georgina Campbell interpreta Tess, que, durante uma noite chuvosa, ao chegar à casa de Detroit que alugara via Airbnb, descobre que há um outro inquilino no local. A escalação de Bill Skarsgard, o sinistro palhaço Pennywise dos filmes It (2017 e 2019), para esse papel é uma piada ou um aviso? Descubra por conta própria.
56) Nomadland (2020)
De Chloé Zhao. Chinesa radicada nos EUA, a cineasta ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza e o Oscar de melhor filme e melhor direção ao abordar o impacto da recessão na vida das pessoas comuns. Com um olhar sensível tanto para com os personagens quanto para com as paisagens, acompanha o cotidiano de uma mulher (Frances McDormand, premiada como melhor atriz) que, após o colapso econômico de uma cidade industrial, precisa morar dentro de uma van e passa a conviver com nômades de verdade.
57) Nove Rainhas (2000)
De Fabián Bielinsky. É um dos filmes que lançaram o ator argentino Ricardo Darín para o mundo. Ele interpreta um pequeno vigarista que se une a outra picareta (Gastón Pauls) para tentarem dar um golpe milionário, que envolve uma série de selos falsificados conhecidos como Nove Rainhas. Difícil saber quem está enganando quem neste filme que consegue equilibrar tensão, humor, drama e um comentário sobre a crônica crise econômica na Argentina.
58) Obrigado por Fumar (2005)
De Jason Reitman. A comédia dramática sobre um lobista (Aaron Eckhart) que defende a indústria do cigarro é formalmente interessante, tem um humor afiado e questionamentos morais sobre liberdade de escolha e o apelo da publicidade.
59) Operação França (1971)
De William Friedkin. Vencedor de cinco Oscar — melhor filme, diretor, ator (Gene Hackman), roteiro adaptado e edição — e segunda maior bilheteria de 1971, tornou-se uma baliza para os títulos e os personagens do gênero policial. O detetive Popeye Doyle interpretado por Hackman é um dos precursores do processo de amoralização dos homens da lei que seria, digamos, aperfeiçoado pelo Dirty Harry de Clint Eastwood em Perseguidor Implacável, do mesmo ano. Na trama baseada em uma história real, Doyle e seu parceiro Buddy Russo (Roy Scheider, indicado ao Oscar de coadjuvante) combatem um esquema de tráfico de drogas que liga Nova York a Marselha. Instável, durão e pragmático, o protagonista fica obcecado em capturar o chefão francês (Fernando Rey), o que rende cenas de tiroteio nas ruas e de perseguições automobilísticas. Teve uma sequência, Operação França II (1975), dirigida por John Frankenheimer e também disponível na plataforma.
60) Ou Tudo ou Nada (1997)
De Peter Cattaneo. Fez sucesso esta comédia inglesa (que inclusive disputou o Oscar de melhor filme) que acompanha a inusitada jornada de um grupo de desempregados da indústria metalúrgica que, para ganhar dinheiro, resolve montar um improvável show de strip-tease. Com Robert Carlyle, Tom Wilkinson e Mark Addy.
61) A Outra Face (1997)
De John Woo. Autor do fundamental Fervura Máxima (1992), o cineasta chinês comanda Nicolas Cage e John Travolta nesta deliciosa extravagância noventista. O filme acompanha a obsessão do agente do FBI Sean Archer (Travolta) em prender o terrorista Castor Troy (Cage). Quando o bandido fica entre a vida e a morte após um acidente de avião, Archer se submete a uma cirurgia plástica para ter o mesmo rosto e poder se infiltrar na organização criminosa. Troy, por sua vez, tem a mesma ideia que o policial quando acorda do coma.
62) A Paixão de Cristo (2004)
De Mel Gibson. Falado em aramaico, hebreu e em latim, o drama bíblico foi atacado por vários flancos: organizações judaicas acusaram o realizador de antissemitismo, enquanto católicos ficaram chocados com a extrema violência com que o Messias é supliciado em cena. O filme concentra-se nas últimas 12 horas de vida de Jesus (Jim Caviezel), desde sua prisão pelas tropas romanas, exigida pelos sacerdotes hebreus, até a crucificação. Maia Morgenstern interpreta a Virgem Maria, e Monica Bellucci é Maria Madalena. A Paixão de Cristo foi um tremendo sucesso de bilheteria (US$ 611 milhões arrecadados) e disputou os Oscar de fotografia, maquiagem e trilha sonora.
63) Palm Springs (2020)
De Max Barbakow. Comédia que acrescenta sexo à receita de Feitiço do Tempo (1993). O personagem de Andy Samberg está preso ao dia 9 de novembro. É a data de um casamento ao qual foi convidado, na condição de namorado da melhor amiga da noiva. Lá, sua mistura de apatia e niilismo será sacudida quando passa a paquerar a irmã da noiva, Sarah (Cristin Milioti).
64) Patton: Rebelde ou Herói? (1970)
De Franklin J. Schaffner. Alegando não ser simpático à competição entre colegas, George C. Scott recusou-se a receber o Oscar de melhor ator por sua grande interpretação do general americano George Patton, um dos mitos forjados na luta contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial. Foram mais seis conquistas na premiação da Academia de Hollywood, incluindo melhor filme, direção e roteiro original (Francis Ford Coppola é um dos roteiristas).
65) O Pecado Mora ao Lado (1955)
De Billy Wilder. Marido certinho (Tom Ewell) despacha esposa e filho para uma temporada de férias e cruza com uma nova vizinha. E que vizinha. Da primeira à última cena, Marilyn Monroe despenca queixos, tanto posando de loira tonta e romântica quanto bancando o mulherão lascivo e ronronante capaz de levar o mais centrado dos homens a perder a cabeça. Foi o filme que a consolidou no topo do estrelato e apresentou uma das cenas mais memoráveis do cinema: Marilyn na calçada tendo a saia levantada pelo passar dos trens do metrô de Nova York.
66) Pequena Miss Sunshine (2006)
De Jonathan Dayton e Valerie Faris. Ganhador dos Oscar de ator coadjuvante (Alan Arkin) e roteiro original, é um filme de estrada que oferece uma espécie de resposta a uma sociedade tão obcecada pelo sucesso como a dos Estados Unidos, onde existe uma terrível divisão de classes: se você não é um vencedor, é um perdedor. Na trama desta comédia dramática, as diferenças entre uma família disfuncional afloram quando a amável e gordinha Olive (Abigail Breslin) ganha uma vaga em um concurso infantil de miss, na Califórnia, para onde seguem todos a bordo de uma velha Kombi amarela.
67) O Planeta dos Macacos (1968)
De Franklin J. Schaffner. Em cena antológica, o astronauta interpretado por Charlton Heston descobre que não foi parar em outro planeta, mas, sim, no futuro da Terra (3978), devastada por um conflito nuclear. Como uma crítica às nossas arrogância e beligerância (a corrida espacial entre EUA e URSS e a Guerra Fria estavam em pleno andamento), a humanidade agora está sob jugo de macacos inteligentes e falantes — cuja hierarquia social baseada nas diferentes espécies também permitia abordar o tema do racismo, igualmente em voga à época.
68, 69 e 70) Planeta dos Macacos (trilogia, 2011-2017)
De Rupert Wyatt (A Origem) e Matt Reeves (O Confronto e A Guerra). Trilogia que retoma o clássico da ficção científica, mostrando o início da revolta comandada pelo chimpanzé César (personagem digital vivido brilhantemente pelo ator Andy Serkis, mestre da técnica de captura de movimento) e o fim do reinado dos humanos sobre o mundo. Arrecadou quase US$ 1,7 bilhão nas bilheterias.
71) Perdido em Marte (2015)
De Ridley Scott. O drama do astronauta que fica preso em Marte, enquanto sua equipe pensa que ele morreu, concorreu em sete categorias do Oscar, incluindo melhor filme e ator (Matt Damon). No elenco, Jessica Chastain, Sebastian Stan, Jeff Daniels e Kristen Wiig.
72) O Predador (1987)
De John McTiernan. Mistura de três gêneros — ação, ficção científica e terror — que deu início a uma franquia. Arnold Schwarzenegger interpreta um militar encarregado pelo governo dos EUA de liderar uma equipe para resgatar políticos presos na Guatemala. Lá, o esquadrão descobre que está sendo caçado por uma criatura alienígena brutal, com força sobre-humana e uma incrível capacidade de camuflagem, entre outros recursos biotecnológicos.
73) O Predador: A Caçada (2022)
De Dan Trachtenberg. É o que os estadunidenses chamam de prequel. A história se passa em 1719, em território dos EUA então ocupado pelos indígenas comanches. A personagem principal é Naru (Amber Midthunder), que, em meio a uma caçada ao leão da montanha que atacou um membro da aldeia, vai deparar com um Predador (vivido pelo ex-jogador de basquete Dane DiLiegro, 2m06cm de altura). Tem tensão, brutalidade, desenvolvimento de personagens, roteiro que premia o espectador atento e até comentário político.
74) Quem Vai Ficar com Mary? (1998)
De Bobby Farrelly e Peter Farrelly. Por causa de um acidente embaraçoso no banheiro, o tímido estudante Ted (Ben Stiller) acaba perdendo a chance de ir ao baile com a garota mais popular e bonita do colégio, Mary (Cameron Diaz). Treze anos depois, ele contrata um detetive (Matt Dillon) para encontrá-la, só que ele também vai se apaixonar pela mulher. Confesso que não revejo faz muito tempo, mas não esqueço das risadas que dei quando vi no cinema.
75) Quiz Show: A Verdade dos Bastidores (1994)
De Robert Redford. A dramatização de um escândalo da TV estadunidense do final dos anos 1950 concorreu aos Oscar de melhor filme, direção, ator coadjuvante (Paul Scofield) e roteiro adaptado. Um jovem advogado (Rob Morrow) investiga um programa de perguntas e respostas possivelmente fraudado. Entre os suspeitos, está o professor de literatura Charles Van Doren (Ralph Fiennes), um grande vencedor do show.
76) A Rocha (1996)
De Michael Bay. Um general (Ed Harris), herói na Guerra do Vietnã, e seus comandados se apoderam de poderosas armas químicas e se instalam na prisão de Alcatraz com 81 reféns e cobram US$ 100 milhões de resgate — caso contrário, vão atacar a cidade de San Francisco. Para combatê-los, é enviado à ilha — a tal Rocha do título — um grupo de elite que inclui um jovem especialista em ameaças bioquímicas (Nicolas Cage) e o único fugitivo do presídio (Sean Connery).
77) Romeu + Julieta (1996)
De Baz Luhrman. Transporta os clássicos personagens de Shakespeare (intepretados por Leonardo DiCaprio e Claire Danes) da Veneza antiga para uma ensolarada Califórnia dos anos 1990. Filme com os exageros típicos e deliciosos do diretor australiano.
78) Rye Lane: Um Amor Inesperado (2023)
De Raine Allen Miller. Conta a história de Dom e Yas, personagens vividos com graça, energia e química por David Jonsson e Vivian Oparah. Eles se conhecem por acaso em um banheiro unissex de uma galeria de arte. Recém-saídos de namoros fracassados, os dois discutem relacionamentos, amores, sonhos e decepções enquanto passeiam pelas ruas do sul de Londres. O cenário é um personagem à parte, e a solução encontrada para apresentar flashbacks é muito bacana.
79) O Sexto Sentido (1999)
De M. Night Shyamalan. O filme sobre o psiquiatra (Bruce Willis) que atende um guri (Haley Joel Osment, concorrente ao Oscar de ator coadjuvante) que diz ver pessoas mortas valeu ao cineasta suas duas únicas indicações ao prêmio da Academia de Hollywood (melhor direção e melhor roteiro original), transformou-se em um sucesso de bilheteria (US$ 672,8 milhões arrecadados) e virou ícone das reviravoltas na trama.
80) Sinais (2002)
De M. Night Shyamalan. Mais um filme da fase áurea do diretor, na qual se propôs a dar respostas a recorrentes fantasias do público: como seria se os mortos caminhassem entre nós e pudéssemos vê-los? E se os super-heróis dos gibis ganhassem carne e osso? Existe vida inteligente fora da Terra? De quebra, Shyamalan colocou Passo Fundo no mapa do terror, ao citar a cidade gaúcha como local onde um dos aliens invasores foi avistado.
81) Summer of Soul (2021)
De Ahmir "Questlove" Thompson. Ganhador do Oscar de melhor documentário, resgata um evento que havia sido apagado da memória "oficial" (como indica o subtítulo: ...ou Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada). É o Harlem Cultural Festival, que, por seis finais de semana seguidos, em 1969, reuniu alguns dos maiores nomes da música negra estadunidense da época: Stevie Wonder, Nina Simone, B.B. King, Sly & the Family Stone, Gladys Knight & The Pips, The 5th Dimension... O filme intercala as apresentações com depoimentos de artistas e de pessoas comuns que ajudaram a lotar um parque no Harlem, bairro de Nova York. Há uma narrativa brilhante que vai dando conta do contexto social, político e cultural, da luta contra o racismo, do papel do gospel ("Nós não vamos ao psiquiatra, nós vamos à igreja", diz um dos espectadores) e da valorização das origens africanas. Explica-se, por exemplo, por que a população negra dos EUA deu tão pouca bola à chegada do homem à Lua, ocorrida em meio ao festival.
82) Titanic (1997)
De James Cameron. A brilhante reconstituição do mais célebre naufrágio é uma das recordistas de conquistas no Oscar, com 11 estatuetas, incluindo as categorias de melhor filme e direção. Também fez gigantesco sucesso de público: com US$ 2,26 bilhões, é a quarta maior bilheteria na história (Cameron também é dono da primeira, Avatar, com US$ 2,92 bilhões, e da terceira, Avatar: O Caminho da Água, US$ 2,32 bilhões).
83) Três Anúncios para um Crime (2017)
De Martin McDonagh. Em um pequeno lugarejo no Missouri, uma mãe, inconformada com a falta de empenho da polícia na investigação do assassinato da filha, paga para instalar três outdoors na entrada da cidade, cobrando uma atitude do xerife. A reação na comunidade toma tons desproporcionais. Venceu o Oscar nas categorias de melhor atriz (Frances McDormand) e ator coadjuvante (Sam Rockwell, que tinha entre os concorrentes o colega Woody Harrelson) e disputou os troféus de mehor filme, roteiro original, edição e música.
84) Tropas Estelares (1997)
De Paul Verhoeven. Inspirado em livro de ficção científica de Robert Heinlein, o diretor holandês fez um filme que equilibra a exposição de sangue e tripas com uma aventura de moldes hollywoodianos e um tom satírico que remete à primeira Guerra do Golfo, travada pelos EUA no início da década de 1990. No elenco, Casper Van Dien e Denise Richards.
85) A Última Noite (2002)
De Spike Lee. Foi o primeiro filme pós-11 de Setembro a mostrar o Ground Zero, o local onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center. O protagonista vivido por Edward Norton, que vive a última noite antes de cumprir sete anos de prisão, personifica a perda da ilusão da invulnerabilidade, o medo pelo futuro de Nova York e o desejo de ficar perto de quem ama: seu pai (Brian Cox), sua namorada (Rosario Dawson) e seus amigos (Barry Pepper e Phillip Seymour Hoffman).
86) O Último Duelo (2021)
De Ridley Scott. A exemplo do que fez o japonês Akira Kurosawa no clássico Rashomon (1950), o diretor inglês mostra três pontos de vista dos mesmos fatos neste filme baseado na história real de Marguerite de Thibouville (em ótima atuação de Jodie Comer). A nobre contrariou os costumes patriarcais da sociedade medieval e pôs-se em risco ao reivindicar justiça após ser vítima de estupro. O autor da violência sexual é Jaques Le Gris (Adam Driver), outrora amigo e agora rival do marido de Marguerite, Jean de Carrouges (Matt Damon). Le Gris nega o crime e é desafiado por Carrouges para um duelo mortal, o último a ser autorizado na França da Idade Média — um combate vigoroso e extenuante em que o realizador de Gladiador (2000), Falcão Negro em Perigo (2001) e Cruzada (2005) exibe seu talento para as cenas de ação.
87) O Último Rei da Escócia (2006)
De Kevin Macdonald. Jovem escocês (James McAvoy) é contratado como médico particular do novo presidente de Uganda, o general Idi Amin Dada, sanguinário ditador do país africano entre 1971 e 1979. Este papel valeu a Forest Whitaker o Oscar de melhor ator.
88) Velocidade Máxima (1994)
De Jan De Bont. Foi um dos grandes sucessos do gênero na década de 1990. Dennis Hopper interpreta um terrorista que instala bombas em um ônibus de Los Angeles, Keanu Reeves encarna o agente encarregado de detê-lo, e Sandra Bullock faz a passageira que precisa dirigir o veículo sem reduzir a velocidade para menos de 80 km/h, para evitar a explosão.
89) A Vida Marinha com Steve Zissou (2004)
De Wes Anderson. O personagem do título é um explorador marinho inspirado no célebre Jacques Cousteau e interpretado por um ator-fetiche do diretor, Bill Murray.
No começo do filme, em um festival, Zissou exibe a primeira parte do documentário em que procura um certo "tubarão-jaguar", que teria matado seu melhor amigo, Esteban. Com prestígio em baixa, será difícil para ele arranjar financiamento para concluir o projeto com sua equipe — que inclui sua esposa (Anjelica Huston), um alemão (Willem Dafoe) e uma roteirista de topless. A crise no navio Belafonte aumenta com a chegada de uma repórter inglesa (Cate Blanchett) e de um piloto de avião (Owen Wilson) que diz ser filho do documentarista. E só piora quando surgem piratas filipinos. Seu Jorge aparece como ator e como músico, interpretando canções de David Bowie.
90) Wall Street: Poder e Cobiça (1987)
De Oliver Stone. Este clássico oitentista é um grande registro da geração yuppie — ou geração Y. Narra a ascensão de um jovem ambicioso (Charlie Sheen) no mercado de ações, sob a sombra de um bilionário, Gordon Gekko (Michael Douglas). No elenco, Daryl Hannah.
Mais 66 filmes para ver no Star+
Estes títulos estão disponíveis na plataforma, mas também podem ser encontrados em outros serviços de streaming ou aluguel digital:
- Assassinos por Natureza (1994)
- Bastardos Inglórios (2009)
- Bela Vingança (2020)
- Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) (2014)
- Boyhood: Da Infância à Juventude (2015)
- Capitão Fantástico (2016)
- Clube da Luta (1999)
- Corra! (2007)
- Deadpool (2016)
- Distrito 9 (2009)
- Entrando numa Fria (2000)
- Era uma Vez na América (1984)
- O Fantástico Sr. Raposo (2009)
- Filadélfia (1993)
- Fogo Contra Fogo (1995)
- Fragmentado (2016)
- Gangues de Nova York (2002)
- Garota Exemplar (2014)
- Gladiador (2000)
- Jason Bourne (franquia, 2002-2016)
- JFK: A Pergunta que Não Quer Calar (1991)
- Jurassic Park: Parque dos Dinossauros (1993)
- La La Land (2016)
- O Lobo Atrás da Porta (2013)
- Logan (2017)
- Los Angeles, Cidade Proibida (1997)
- Lucy (2014)
- Um Lugar Chamado Notting Hill (1999)
- Um Lugar Silencioso (2018)
- Mama (2013)
- Milk: A Voz da Igualdade (2008)
- Missão: Impossível (franquia, 1996-)
- Monty Python: O Sentido da Vida (1983)
- Nascido em 4 de Julho (1989)
- Perfume de Mulher (1992)
- O Poderoso Chefão (partes I, II e III, 1972-1990)
- Psicose (1960)
- O Quarto de Jack (2015)
- Quase Famosos (2000)
- Questão de Tempo (2013)
- O Regresso (2015)
- O Rei da Comédia (1982)
- Scarface (1983)
- O Segredo de Brokeback Mountain (2005)
- O Segredo dos seus Olhos (2009)
- Sociedade dos Poetas Mortos (1989)
- Tropa de Elite (2007)
- Truman (2015)
- Um Dia (2011)
- O Veredicto (1982)
- A Vilã (2017)
- Vingança a Sangue Frio (2019)
- De Volta para o Futuro (trilogia, 1985-1990)