Dizem que todo mundo gosta de séries policiais. O streaming permite dizer que todo o mundo gosta de séries policiais.
Nas plataformas Amazon Prime Video, Globoplay, HBO Max e Netflix podemos encontrar produções de pelo menos 26 países, como a Polônia, terra de Rojst, que tem sua segunda temporada disponível a partir desta quarta-feira (7). Dá para ir da América do Sul à do Norte, da África à Ásia, da Europa à Oceania.
Organizada pela ordem alfabética dos países, a lista abaixo tem os personagens típicos — os detetives, os tiras de rua e os agentes especiais, os assassinos, os ladrões e os inocentes enredados pelo crime. Mas também obras que enfatizam aspectos locais, sejam as condições climáticas da Islândia ou a religiosidade do Senegal. Umas mergulham na história de cada país (vide Alemanha e Austrália), enquanto outras se dedicam a temas mais do que contemporâneos — urgentes, como a violência contra a mulher (casos do Chile e da Índia). Se quiser saber mais sobre algumas delas, clique nos links.
Shadow (África do Sul)
Ambientada em Joanesburgo, a cidade mais populosa da África do Sul, a trama gira em torno de Shadow (interpretado por Pallance Dladla), que decidiu deixar de ser policial para virar detetive particular. Por vezes, aproveitando-se de sua insensibilidade a dor, precisa fazer justiça com as próprias mãos, geralmente para atender clientes femininas — seus alvos costumam ser homens que assediam mulheres (vale lembrar que o país tem altas taxas de estupro). Com oito episódios, a série criada em 2019 por Gareth Crocker e dirigida por ele e por Fred Wolmarans também dá atenção ao cotidiano de Shadow com sua irmã, Zola Khumalo (Tumie Ngumla), e a amiga dela, Ashley (Amanda Du-Point). Os três dividem a casa, o aluguel e os dramas da vida no bairro de Maboneng. (Netflix)
Babylon Berlin (Alemanha)
Considerada a mais cara e ambiciosa série produzida na Alemanha (mais até do que Dark), Babylon Berlin já teve três temporadas desde 2017 — com 28 episódios no total —, é baseada nos romances policiais de Volker Kutscher e dirigida por Tom Tykwer, cineasta de Corra, Lola, Corra (1998), Perfume (2006) e Trama Internacional (2009). Retrata a efervescência cultural e comportamental em Berlim, coração da então República de Weimar, na primavera de 1929, antes da ascensão do nazismo. A história policial se mistura com a história de amor de Gereon Rath (Volker Bruch), um inspetor que vai para a capital numa missão secreta, e Charlotte Ritter (Liv Lisa Fries), uma jovem taquígrafa de origem humilde que complementa a renda familiar como garota de programa. (Globoplay)
Marginal: O Cara de Fora (Argentina)
Diz a sinopse: Miguel Palacios (encarnado por Juan Minujin) é um ex-policial que assume a missão de se infiltrar em uma penitenciária a fim de investigar o sequestro da filha de um juiz. Dentro da prisão, ele troca sua identidade para Pastor e tenta sobreviver aos outros detentos e a uma estrutura corrompida. Realizada por um time de roteiristas e diretores desde 2016, a série argentina traz no elenco Martina Gusman, Gerardo Romano e Claudio Rissi e está na quarta temporada — as três primeiras (29 episódios) estão disponíveis no Brasil. (Netflix)
Deep Water (Austrália)
Com quatro episódios criados por Kris Wyld e Kym Goldsworthy e dirigidos por Shawn Seet, esta minissérie de 2016 reconstitui um trauma da população LGBT+ australiana. Nas décadas de 1980 e 1990, dezenas de homens gays foram assassinados nos subúrbios e nas praias do leste de Sydney, como a badalada Bondi Beach, mas muitos dos casos eram reportados como suicídio ou sumiço. Na ficção, os detetives Tori Lustigman (Yael Stone) e Nick Manning (Noah Taylor), ao investigarem um brutal homicídio, descobrem uma conexão com mortes inexplicáveis e desaparecimentos — incluindo o de um sobrinho adolescente de Tori. (Netflix)
Doze Jurados (Bélgica)
Falado em holandês, o seriado belga tem 10 episódios e gira em torno de Frie Palmers (Maaike Cafmeyer), mulher acusada de ter assassinado sua melhor amiga em 2000 e sua própria filha pequena, 16 anos depois. É uma série de tribunal, mas esse não é o único cenário da trama criada por Sanne Nuyens e Bert Van Dael. E Doze Jurados não se concentra apenas na investigação sobre os crimes: há múltiplos personagens e múltiplos enigmas.
Depoimentos no julgamento e flashbacks reconstituem as circunstâncias das mortes de Brechtje Vindevogel, a melhor amiga, e Roos, a filha. Também descobrimos o passado de Frie e o papel desempenhado por seu ex-marido (Johan Heldenbergh, de Quo Vadis, Aida?) e pelo pai da primeira vítima, um ambientalista rico e famoso. Somos ainda apresentados aos dramas particulares de uma meia dúzia de jurados. Entre eles, estão a herdeira de um casal brutalmente assassinado, um fotógrafo que frequenta reuniões de viciados em sexo e um empreiteiro enrascado porque seu irmão e sócio contrata operários ilegais — inclusive um brasileiro. Mas talvez a grande personagem seja uma jurada substituta, Delphine (Maaike Neuville), mãe de três crianças e casada com um marido extremamente ciumento e abusivo. (Netflix)
1 Contra Todos (Brasil)
O ator gaúcho Júlio Andrade (de Sob Pressão) é o astro desta série que tem entre os criadores e diretores o cineasta Breno Silveira (de 2 Filhos de Francisco). Seu personagem, Cadu, está prestes a ser pai pela segunda vez, mas perde o emprego de advogado. Sua situação se complica ainda mais quando, por engano, ele é injustamente condenado por tráfico de drogas, em Taubaté, no interior de São Paulo. Tentando sobreviver à prisão, Cadu se vê obrigado a mentir e a adotar um comportamento criminoso. Para tanto, conta com a ajuda do Professor (Adélio Lima), um homem que está preso há mais de 25 anos por tráfico e homicídio, de China (Thogun Teixeira) e de Mãe (Sílvio Guindane). Mas também vai gerar a inimizade de Playboy (Sacha Bali), um ladrão de bancos, e não terá vida fácil numa penitenciária comandada pelo ambicioso e corrupto Demóstenes (Adriano Garib). Foram quatro temporadas de oito episódios cada, entre 2016 e 2020, com quatro indicações ao prêmio Emmy Internacional — duas de melhor ator, em 2017 e 2018, e duas de melhor série dramática, em 2018 e 2019. (Amazon Prime Video e Globoplay)
Rookie Blue (Canadá)
Produzida entre 2010 e 2015, a série criada por Tassie Cameron, Morwyn Brebner e Ellen Vanstone retrata o início da carreira, na cidade de Toronto, de cinco policiais que treinaram juntos na academia e sabem que um mínimo erro pode causar enormes consequências. A personagem principal é a filha de um ex-policial, Andy McNally (vivida por Missy Peregrym, que depois estrelaria FBI. (Globoplay)
La Jauría (Chile)
A violência contra as mulheres é o tema desta série criada em 2019 pelo chileno Sergio Castro San Martín, com oito episódios em sua primeira temporada. A história é inspirada no caso de cinco jovens espanhóis condenados por estuprar uma mulher durante a festa de San Fermín, em Madri, em 2016. Eles gravaram um vídeo do crime e compartilharam em um grupo de WhatsApp. Em La Jauría, três detetives de Santiago do Chile especializadas em crimes de ódio e de gênero — Elisa Murillo (Daniela Vega), Olivia Fernández (Antonia Zegers) e Carla Farías (María Gracia Omegna) — investigam o desaparecimento da estudante de Ensino Médio Blanca Ibarra (Antonia Giesen), uma líder feminista que havia denunciado o assédio de um professor de teatro contra uma de suas alunas. (Amazon Prime Video)
O Maior Assalto (Colômbia)
Esta minissérie de 2020 recria, em seis episódios, um caso real ocorrido nos dias 16 e 17 de outubro de 1994, na cidade colombiana de Valledupar. Uma quadrilha levou o equivalente a US$ 33 milhões do Banco da República. A trama concebida por Pablo González e C.S. Prince e estrelada, entre outros atores, por Andrés Parra (protagonista de Pablo Escobar: O Senhor do Tráfico), Christian Tappan e Paula Castaño (ambos de Distrito Selvagem) acompanha a preparação dos ladrões, a ação e a investigação policial. (Netflix)
Bad Guys (Coreia do Sul)
Como é típico da produção audiovisual sul-coreana, esta é uma série sobre personagens que são, no mínimo, ambíguos moralmente. O principal deles é o detetive Oh Gu-tak (Kim Sang-joong), que, para tentar erradicar o crime, forma uma equipe com quem entende do assunto: os bandidos. Ele liberta da prisão um chefão da máfia, um jovem com QI de gênio mas mente de assassino serial e um matador de aluguel que havia se entregado repentinamente. Escrita por Han Jung-hoon e dirigida por Kim Jung-min, Bad Guys teve 11 episódios, em 2014, e ganhou uma sequência, Bad Guys 2: Vile City, em 2018. (Netflix)
O Inocente (Espanha)
Com direção de Oriol Paulo, trata-se da mais recente adaptação de um livro do escritor Harlan Coben, o mesmo que deu origem à produção inglesa Não Fale com Estranhos e à polonesa Silêncio na Floresta. Agora, é a vez da espanhola O Inocente, que se passa sobretudo em Barcelona e na cidade turística Marbella e traz no elenco Mario Casas (do suspense Um Contratempo), Alexandra Jiménez (da comédia Toc Toc) e a argentina Martina Guzmán (do drama Leonera). Bem, os idiomas mudam, mas as minisséries falam sempre a mesma língua. De novo, há um enigma policial que conecta as vidas de vários personagens, quase todos com alguns esqueletos no armário. E as tramas que correm em paralelo vão, por um lado, preenchendo o quebra-cabeças, por outro, reprisando dois temas: o peso do passado e o preço dos segredos. (Netflix)
Mare of Easttown (Estados Unidos)
Criada por Brad Ingelsby e dirigida por Craig Zobel, Mare of Easttown traz uma Kate Winslet que nunca vimos, mas com o talento e a entrega de sempre. Sete vezes indicada ao Oscar, a atriz inglesa interpreta sua primeira detetive. Em uma entrevista, ela disse ter ficado fascinada com o "quem foi" desta minissérie policial, mas ressaltou que "não é só a história de um crime". Falou que é mais sobre como as pessoas reais vivem, lidam com coisas reais e como essas coisas reais nem sempre são felizes. De fato, o crime descoberto ao final do primeiro dos sete episódios é chocante e misterioso, mas serve fundamentalmente como um catalisador dos dramas pessoais e familiares em uma pequena cidade dos Estados Unidos. A morte traz à tona relações e segredos guardados em vida, uma imagem reforçada pela ambientação numa estação fria, que obriga os personagens a se esconderem atrás de casacos, mantas e gorros. E — até os últimos instantes — todos os personagens têm o que ocultar ou algo do que não gostam de falar. (HBO Max)
Deadwind (Finlândia)
O seriado criado por Rike Jokela, Kirsi Porkka e Jari Olavi Rantala teve duas temporadas entre 2018 e 2020, totalizando 20 episódios. Tem o ritmo compassado e as fartas doses de drama que marcam as produções nórdicas do gênero. Abalada por uma tragédia pessoal, a detetive Sofia Karppi (papel de Pihla Viitala) precisa investigar o assassinato de uma mulher ligada a uma empreiteira de Helsinque. (Netflix)
A Louva-a-Deus (França)
Produzida em 2017, a minissérie em seis episódios dirigida por Alexandre Laurent destaca uma atriz francesa que ganhou estrelato na virada da década de 1970 para a de 1980: Carole Bouquet, hoje com 63 anos, estreou no cinema em Esse Obscuro Objeto do Desejo (1977), de Luis Buñuel, e foi uma Bond Girl em 007: Somente para Seus Olhos (1981), ao lado de Roger Moore. Na trama ambientada em Paris e construída de forma pacienciosa, a polícia procura por um psicopata que comete assassinatos inspirados nos crimes de Jeanne Deber (Carole Bouquet), conhecida como Louva-a-Deus, uma famosa serial killer que aterrorizou o país há 25 anos. Detida, Jeanne, num lance à la O Silêncio dos Inocentes, oferece sua expertise para a polícia, a fim de ajudar a caçar sua imitação. Mas há uma condição: ela quer lidar apenas com o detetive Damien Carrot (Fred Testot), seu distante filho. (Netflix)
Crimes em Déli (Índia)
"Nova Déli, Índia. A capital. Tem a população de um país pequeno (21,7 milhões de habitantes). Onze mil crimes hediondos reportados a cada ano não podem ser evitados já que quase metade da corporação policial está ocupada cuidando do trânsito. A cidade ignora porque precisa. Porque sempre ignorou. Mas, uma vez, algo aconteceu que a fez parar. Por um momento, os olhos do mundo se voltaram para Nova Déli. Foi um crime que levou a cidade ao extremo." Essa narração em off dá início a Crimes em Déli, série de sete episódios criada por Richie Mehta e inspirada em um caso que chocou a Índia e o resto do mundo: o estupro coletivo e o espancamento, dentro de um ônibus, em dezembro de 2016, de uma estudante de Medicina, que acabou morrendo dias depois. A vice-comissária de polícia, Vartika Chaturvedi (interpretada por Shefali Shah), é encarregada de encontrar os culpados. (Netflix)
Criminal: Reino Unido (Inglaterra)
Desenvolvida por George Kay, responsável pela adaptação de Lupin, e Jim Field Smith, que dirige os sete episódios das duas temporadas britânicas (2019 e 2020), Criminal: Reino Unido é uma série sobre crimes que não mostra crimes. Tudo se passa dentro de uma delegacia, principalmente na sala onde policiais interrogam o suspeito da vez. Na primeira história, David Tennant, das séries Dr. Who, Good Omens e Jessica Jones, encarna um médico acusado de ter estuprado e assassinado sua enteada adolescente. Hayley Atwell, a Peggy Carter do universo cinematográfico Marvel, faz uma mulher que teria envenenado o namorado violento da sua colega de apartamento. Indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por Hotel Ruanda, Sophie Okonedo abre a segunda temporada, que traz as participações de Kit Harington (o Jon Snow de Game of Thrones, aqui num registro nada heroico nem honrado), e Kunal Nayyar (o Raj do seriado cômico The Big Bang Theory, aqui mostrando talento para o drama). (Netflix)
Trapped (Islândia)
As condições climáticas do país e suas paisagens geladas são personagens à parte na série criada por Baltasar Kormákur em 2015. Tanto é que os créditos de abertura intercalam sobrevoos do característico relevo islandês, com suas montanhas e seus glaciares, e imagens microscópicas de um corpo humano, com seus sulcos e seus poros. O inverno tem papel de destaque nos 10 episódios da primeira temporada (uma segunda trama, também com 10 capítulos, foi lançada em 2019): primeiro, uma nevasca isola a cidadezinha Siglufjörður do resto da nação. Mais adiante, seus mil e poucos habitantes serão ameaçados pela possibilidade de uma avalanche.
Mas o que realmente desestabiliza o local é a descoberta, por um pescador, de um tronco humano (daí a ligação entre topografia e anatomia na sequência de abertura). Três policiais— o detetive Andri (Ólafur Darri Ólafsson), Hinrika (Ilmur Kristjánsdóttir) e Ásgeir (Ingvar Sigurdsson) — precisam deixar de lado um pouco seus problemas particulares para se dedicarem a uma série de dúvidas e especulações: de quem é o corpo? A vítima pode ser um passageiro ou tripulante de um ferry da Dinamarca que está atracado em Siglufjörður? E o assassino, também está a bordo ou é alguém da cidade? Existe alguma relação entre o crime e um incêndio ocorrido sete anos atrás, que matou uma irmã da ex-esposa de Andri? Qual a conexão com um empreendimento comercial, um porto que chineses querem construir para encurtar a rota para a América do Norte? (Netflix)
Fauda (Israel)
Com três temporadas (36 episódios) já produzidas desde 2015, Fauda — que quer dizer "caos" em árabe — é um dos maiores sucessos da TV israelense. Concentra-se em um grupo de agentes secretos à caça de terroristas palestinos na Cisjordânia. Lior Raz, um dos criadores da série, ao lado de Avi Issacharoff, encarna o agente já aposentado Doron Kavillo, que volta à ativa para tentar a captura de Tauphiq Hammed, um terrorista do Hamas que todos julgavam morto mas que vai estar presente no casamento do irmão caçula. Críticos já disseram que um dos acertos é mostrar que israelenses podem ser capazes das piores crueldades, e palestinos, do amor mais puro. (Netflix)
Suburra: Sangue em Roma (Itália)
Os criadores Michele Placido, Andrea Malaioli e Giuseppe Capotondi basearam-se na investigação que revelou as conexões entre o poder público na capital italiana e diversas associações criminosas. Com três temporadas e 24 episódios produzidos entre 2017 e 2020, Suburra entrelaça as trajetórias de políticos, mafiosos e pessoas comuns na Roma de 2008. Entre os personagens, estão Aureliano Adami (Alessandro Borghi), líder de uma gangue de Ostia, na região metropolitana, Giacomo Ferrara como Alberto "Spadino" Anacleti, um bandido que esconde sua homossexualidade, e o Samurai (Francesco Acquaroli), um chefão do crime e contato com a Máfia siciliana. (Netflix)
Quem Matou Daigoro Tokuyama? (Japão)
Idealizado por Yasushi Akimoto, esta série de 2016 em 12 episódios tem como curiosidade a participação de cantoras do grupo de J-pop Sakurazada46 — também criado por Akimoto. A trama se passa em um colégio, onde, certa manhã, as alunas do terceiro ano do Ensino Médio deparam com o corpo de seu professor, o Sr. Tokuyama. (Amazon Prime Video)
Quem Matou Sara? (México)
Sucesso de audiência, a série criada por José Ignácio Valenzuela mistura a estrutura dos policiais estadunidenses com a tradição das novelas mexicanas. Os 10 episódios da primeira temporada (já houve uma segunda, as duas lançadas em 2021) desenvolvem os mistérios que cercam a morte da jovem Sara (Ximena Lamadrid) na casa de campo da família Lazcano. Houve um condenado, o irmão da moça, Alex (Manolo Cardona), e uma certeza: a de que ele era inocente. Depois de passar 18 anos na prisão, ele dá início a seu plano de vingança contra o império liderado pelo patriarca César (Ginés Garcia Millan). (Netflix)
Rojst (Polônia)
Lançada em 2018, a série desenvolvida por Jan Holoubek e Kasper Bajon se passa na Polônia do início da década de 1980, quando dois corpos — o de uma prostituta e o de um líder comunista — são encontrados em uma cidade fictícia no sudeste polonês. Dois jornalistas com métodos opostos ficam intrigados pela forma com a qual a polícia lida com o caso. São eles o experiente Witold (Andrzej Seweryn), e o jovem Piotr (Dawid Ogrodnik). São cinco episódios na primeira temporada — a segunda estreia nesta quarta-feira (7) e é ambientada em 1997, durante uma inundação que termina por revelar um segredo na floresta de Grontach. (Netflix)
A Fúria (República Tcheca)
Há várias produções do Leste Europeu escondidas na plataforma da Amazon. Uma delas é A Fúria, criada e dirigida pelo tcheco Jan Pachl, com duas temporadas disponíveis (a de 2016 e a de 2019, ambas com 13 episódios). Hynek Cernák interpreta o detetive Kunes, que recebe uma última chance antes de ser demitido por conta de seu temperamento. Ele é despachado para a fronteira, onde se revela sua verdadeira missão: desvendar o assassinato de uma policial, ocorrido dois anos atrás. Lá, Kunes também vai deparar com outros casos de homicídio, contrabando, drogas, caça ilegal e prostituição. (Amazon Prime Video)
Sakho & Mangane (Senegal)
Criada por Jean Luc Herbulot em 2019 e com oito episódios na primeira temporada, trata-se da versão senegalesa de uma tradição do gênero: a das duplas formadas por policiais de estilos opostos. Souleymane Sakho (vivido por Issaka Sawadogo) é certinho e rigoroso, Basile Mangane (Yann Gael) é impulsivo e hedonista. Mas há uma diferença crucial em relação a séries similares: os dois precisam lidar com forças sobrenaturais quando começam a investigar um assassinato cometido numa ilha sagrada para o povo lebu, uma comunidade pesqueira que tem fortes ligações com a ancestralidade de sua etnia. (Netflix)
O Jovem Wallander (Suécia)
Lançada em 2020, trata-se de uma modernização, conduzida por Ben Harris, do célebre detetive criado pelo escritor sueco Henning Mankell. Adam Pålsson interpreta o personagem, que, no primeiro dos seis episódios da temporada inicial, depara com um crime de ódio em seu próprio bairro. Em meio à onda anti-imigração despertada pelo caso, Wallander busca encontrar o assassino. (Netflix)
Identidade Secreta (Ucrânia)
Anatoliy Mateshko e Renat Gilfanov são os realizadores desta série de 2019 com oito episódios. O protagonista é Maxim (Kostyantyn Danylyuk), um azarado ator de TV. Acostumado a interpretar papéis coadjuvantes em dramas policiais, a certa altura ele acaba confundido com um tira de verdade — o que vai metê-lo em enrascadas. (Amazon Prime Video)