Que tal viajar pelo Rio Grande do Sul, para locais que vocês ainda não conhece? Desde o início de janeiro, a coluna apresenta a série Lugar para visitar no RS, com dicas sobre destinos turísticos no Estado.
A intenção, com isso, é mostrar um pouco da diversidade de opções no Estado e, de quebra, provar que não é preciso ir longe para curtir as férias.
A meu convite, comunicadores do Grupo RBS deram - até agora - 26 recomendações imperdíveis.
Já foram publicadas as sugestões de roteiros de Elói Zorzetto, Cris Silva, Marco Matos, Luciano Potter, Cristina Ranzolin, Daniel Scola, Denise Cruz, Neto Fagundes, Rosane de Oliveira, Daniela Ungaretti, Simone Lazzari, Léo Saballa Jr., Giane Guerra, Andressa Xavier, Kelly Matos, Zé Alberto Andrade, Fabrício Carpinejar, Lela Zaniol, Eduardo Gabardo, Rodrigo Lopes, Marta Sfredo, Humberto Trezzi, Josmar Leite, Jeff Botega, Paulo Germano, Leonardo Oliveira e Cristine Gallisa.
Nesta quarta-feira (14), a dica é do editor de imagem de GZH e Zero Hora, Ivan Pacheco.
A dica do Ivan
Talvez você não conheça o Ivan, porque ele não está nos holofotes. Ele e a sua equipe costumam ficar atrás das câmeras, empunhando as lentes. Editor de imagem de GZH e Zero Hora, Ivan Pacheco é o líder do nosso timaço de fotojornalistas. E é um baita fotógrafo.
Antes de assumir o cargo, em fevereiro de 2023, ele trabalhou para algumas das principais publicações do Brasil, morou na Europa e correu o mundo fotografando. Quando viu a série Lugar para visitar no RS, fez questão de me procurar (com fotos belíssimas, é claro) para indicar um local ainda desconhecido de muita gente: a Praia da Capilha, um pequeno paraíso no Extremo Sul.
— É um oásis de tranquilidade. Vale muito passar um dia lá, desconectado de tudo — recomenda Ivan, que esteve no local acompanhado da mulher, Mônica Garcia, natural de Pelotas.
Foi dela a ideia de ir até o vilarejo de 1,4 mil habitantes localizado no 4º distrito do Taim, a 80 quilômetros do centro de Rio Grande, entre a Lagoa Mirim e a BR-471. Lá, está "escondida" a linda praia de água doce, com areia fina e clara, águas tranquilas e muita história para contar.
Há poucas ruas de terra no povoado, onde ainda é possível ver pescadores reformando suas redes próximo às canoas deixadas às margens da lagoa. Há algumas casas, botecos, mercadinhos e um estacionamento para motor-home.
— Gostei muito do sossego e do banho, que é maravilhoso — diz Ivan.
É bom levar cadeiras, guarda-sol e tudo mais, já que não se trata de um grande balneário e, portanto, não possui a mesma infraestrutura que você encontrará em praias mais conhecidas. No caso de Ivan, o casal levou petiscos e bebidas para o dia inteiro.
Se você tem filhos, Ivan avisa que a lagoa tem água rasa por um longo trajeto, sem ondas, correnteza ou repuxo.
— Vale muito ir com a família toda — reforça o fotojornalista.
Sobre a praia da Capilha
A entrada da praia fica no km 530 da BR-471, com o vilarejo à direita da rodovia, no sentido Rio Grande-Chuí. Há uma placa indicando o acesso à Capilha.
O lugar recebeu esse nome por conta da capela de Nossa Senhora da Conceição, no coração do vilarejo. Capela em espanhol é "capilla", daí o aportuguesado "Capilha".
O prédio original da igreja foi construído em 1785. À época, foi chamado pelos espanhóis de Capela de São Pedro por estar no continente de São Pedro. Em 1844, a edificação foi reconstruída por moradores locais. E, em 2022, o ponto turístico de quase 240 anos foi restaurado (veja ao lado como ficou).
Saiba mais sobre a prainha nesta reportagem produzida por GZH em 2021.