A partir desta segunda-feira (8), dou início a uma nova série na coluna, dedicada a destacar os atrativos do Rio Grande do Sul e a provar - sim, provar - que não precisamos ir longe (muito menos cruzar o oceano) para encontrar o destino perfeito para as férias. Há muito o que conhecer e prestigiar por aqui, no nosso “quintal”.
Convidei comunicadores do Grupo RBS, que atuam em diferentes veículos, transpiram credibilidade e que você e eu conhecemos bem, para que me ajudassem nessa missão. Com a curadoria deles, vamos dar sugestões de passeios legais para fazer turismo no Estado.
A ideia é propor lugares para um simples bate-e-volta ou, quem sabe, uma viagem de alguns dias para descansar e curtir a vida, sozinho ou bem acompanhado, em família ou com a turma de amigos. Você que manda.
Das indicações que já recebi (alguns dos meus convidados ainda estão matutando!), vou te soprar algumas: tem passeio de barco, visita a restaurante panorâmico, relax em fazenda histórica, santuário de pedras preciosas e muito mais.
Para estrear a série, apresento a dica de um dos jornalistas mais admirados e respeitados do Estado, com 45 anos de RBS, 35 deles no RBS Notícias: Elói Zorzetto.
A dica do Elói
Quando pedi a Elói Zorzetto para que sugerisse um local no Rio Grande do Sul para passear e fazer turismo, ele me respondeu por e-mal assim:
“Seria um pequeno roteiro: estrada secundária entre Garibaldi e Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves; depois, Vale dos Vinhedos até Monte Belo do Sul. Paisagem perfeita para ser contemplada vagarosamente. Lindos vinhedos e bons restaurantes. Pode passar o fim de semana lá ou até ir e voltar de Porto Alegre no mesmo dia. Muito simples, mas recarrega as energias.”
Bingo! Liguei para ele e perguntei:
— Por que a Serra?
Elói contou, então, que é “italiano de quatro costados”, por parte de pai, mãe, avós, bisavós, tataravós... Ele nasceu em Veranópolis e viu de perto, desde menino, o cuidado da família com os parreirais. Nunca esqueceu.
— Sempre que passeio pela região, as memórias voltam. E a gente vê que nossos vinhedos não perdem em nada para os italianos, tanto em cuidados e profissionalismo quanto em beleza geográfica — destaca o jornalista.
Se você circular por lá, não esqueça de observar as rosas. Plantadas junto às vinhas como uma espécie de termômetro de pragas (que costumam atacar os roseirais primeiro, alertando os viticultores), as flores dão um charme especial ao passeio.
Em Monte de Belo, município de colonização italiana com 2,5 mil habitantes, reserve um tempo para conhecer o centrinho e a igreja matriz.
— Quando eu era criança, em Veranópolis, lembro de ver as torres brilhando ao longe. Só muito mais tarde, há pouco tempo, descobri havia espelhos instalados ali, justamente para chamar atenção das pessoas a longa distância — recorda Elói.
Sobre o Vale dos Vinhedos
O Vale dos Vinhedos abrange os municípios de Garibaldi, Monte Belo do Sul e Bento Gonçalves, este último englobando 66% do território. Com área total de 81,1 mil quilômetros quadrados (sendo cerca de 26% de vinhedos, 43% de florestas e 31% para plantios diversos), o vale produz em média de 12 milhões de garrafas de vinho por ano, conforme o site oficial da região. O local possui o registro de Indicação Geográfica (IG), conferido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, que atesta a originalidade e o valor dos produtos.
*Com produção de Maria Clara Centeno