A jornalista Raíssa de Avila colabora com a colunista Juliana Bublitz, titular deste espaço
O abandono de animais nas estradas da Serra Gaúcha é um problema conhecido pelos moradores, principalmente nas rotas que levam aos principais rótulos de vinho produzidos no Estado, que movimentam o enoturismo na região.
Na vitivinícola Jolimont, em Canela, os animais passaram a ser acolhidos. A iniciativa partiu do CEO da empresa, Wagner Manetti Motta, que resgatou a gata Amália, primeira de outros cinco animais que estão sob os cuidados de funcionários e circulam pelas lojas e escritórios da vinícola. Em homenagem à bicharada, a Jolimont lançou uma linha inspirada nos cães e gatos que são parte do cotidiano dos colaboradores e fazem sucesso com os turistas.
— Estamos estruturando novos projetos e ações para ajudar os pets que precisam de um lar e de muito amor — conta Motta.
As unidades limitadas estão disponíveis nas variedades chardonnay seco, merlot seco, rosé reco, moscato suave, tinto suave e rosé suave, e 15% do valor das vendas será revertido para instituições beneficentes. Além da iniciativa do varejo, a empresa atua em outras frentes na proteção aos animais.
— Nós estamos também fazendo uma campanha interna para arrecadar ração e outros itens — conta Bruna Carla Reis Diniz, coordenadora da Jolimont.
Para conhecer as felinas Stout, Luisita e Amália, além das cachorrinhas Francesca, Safira e Chardonnay é só pesquisar @jolipets no Instagram.
Precursora
A Mima, gata acolhida pela vinícola Casa Valduga, foi a primeira a fazer sucesso nas redes sociais e ganhar rótulo próprio. A felina foi abandona em uma estrada do Vale dos Vinhedos e passou a ser cuidada pela equipe da loja, que equipou Mima com crachá.
Hoje com 10,8 mil seguidores no Instagram (quando apareceu na coluna pela primeira vez, em janeiro de 2022 eram 4 mil), Mima já doou uma tonelada de ração para instituições beneficentes na Serra.