Tem muitos destinos turísticos legais no Rio Grande do Sul. Para destacar todo esse potencial, a coluna apresenta, desde o início de janeiro, a série “Lugar para visitar no RS”.
Até agora, 20 comunicadores do Grupo RBS, a meu convite, deram sugestões de locais imperdíveis aqui mesmo, no nosso quintal.
Já publicamos as sugestões de Elói Zorzetto, Cris Silva, Marco Matos, Luciano Potter, Cristina Ranzolin, Daniel Scola, Denise Cruz, Neto Fagundes, Rosane de Oliveira, Daniela Ungaretti, Simone Lazzari, Léo Saballa Jr., Giane Guerra, Andressa Xavier, Kelly Matos, Zé Alberto Andrade, Fabrício Carpinejar, Lela Zaniol, Eduardo Gabardo, Rodrigo Lopes e Marta Sfredo.
Nesta terça-feira (6), a recomendação é de um dos mais premiados jornalistas gaúchos: o repórter especial e colunista de Segurança Pública Humberto Trezzi.
A dica do Trezzi
Ok, ok, essa dica está mais para Santa Catarina do que para Rio Grande do Sul, mas fica bem na divisa, é maravilhosa e está valendo. Quem sugere é Humberto Trezzi, repórter especial e colunista de GZH, um dos mais experientes jornalistas em atividade no Estado e um dos craques do Grupo de Investigação da RBS (GDI).
Respeitado por todos na redação, Trezzi sabe muito. Por isso, e também para mostrar um “outro lado” desse grande profissional, o convidei a participar da série. E ele escolheu um destino de tirar o fôlego, literalmente: a trilha do Rio do Boi, que leva aos pés dos cânions dos Aparados da Serra — a parte de cima é gaúcha e a de baixo, catarinense.
— Ali, tudo é espetacular. A trilha é incrível, feita apenas com o acompanhamento de guias. É um jeito diferente de ver o nosso Itaimbezinho, mas é um programa exaustivo, já vou logo avisando — diz Trezzi, que fez a aventura acompanhado da mulher, Angélica Boff.
É desafiador e lindo ao mesmo tempo. Leva um dia inteiro de caminhada, morro acima e morro abaixo. O jornalista conta que o acesso é pelo município de Praia Grande (SC). De lá, você vai entrando até chegar na fronteira com o RS, marcada pelos paredões monumentais. É preciso entrar cerca de 20 vezes na água, cruzando o rio de um lado para o outro.
— Em alguns pontos, é preciso ir de mãos dadas, para não cair tombos ou correr o risco de afundar em algum buraco oculto. Aliás, esse riacho pode rugir feito um leão e virar corredeira, caso chova muito. Todo cuidado é pouco — avisa Trezzi.
E a recompensa? Melhor, impossível:
— Mergulhos em poços de águas límpidas. E olhar para o céu desde o fundo do abismo, tendo noção de quão diminutos somos no universo. Não há preço que pague esse encantamento.
É ou não é uma baita dica?
A trilha do Rio do Boi
O trajeto tem 14 quilômetros de extensão (sete de ida de sete de volta) pelo leito do rio, totalizando pelo menos sete horas de caminhadas por dentro do Parque Nacional Aparados da Serra. O acompanhamento de guias credenciados é obrigatório e o passeio pode ser feito de terça a domingo, das 8h às 17h.
Além das belezas das paredes verticais do cânion, a trilha passa por cachoeiras, com destaque para a Leite de Moça e a Braço Forte, e poços.
A rede hoteleira da região está preparada para orientar os aventureiros que quiserem fazer a trilha do Rio do Boi e, inclusive, é possível contratar um guia diretamente em algumas pousadas.
* Colaborou Maria Clara Centeno