O chapéu foi um acessório quase obrigatório até a metade do século 20. Homens, mulheres, meninos e meninas saíam nas ruas com a cabeça coberta. As velhas fotos em preto e branco revelam que foi um hábito em todas as classes sociais. Nos anos 1960 e 1970, devido à mudança na forma de se vestir, saíram de moda.
Fundada em 1901, em Porto Alegre, a F. C. Kessler & Cia. foi uma das grandes fábricas de chapéus. Quando completou a primeira década, ocupava prédio de três andares na Rua Voluntários da Pátria. Somava 250 funcionários, sendo 90 mulheres.
Os sócios Frederico Dexheimer e Felix Kessler importaram máquinas inglesas e alemãs. Em propaganda, a firma difundia a preocupação com os funcionários, atendidos por médicos e protegidos por fundo de socorro para enfermos ou inválidos.
A fábrica produzia, por mês, quase 20 mil chapéus de lã, palha e peles de lebres, castores e outros animais. Os produtos impermeáveis eram uma especialidade. Os vendedores da firma porto-alegrense estavam espalhados por vários estados brasileiros.
Em 1934, a Justiça decretou a falência da F.C. Kessler. A grande fábrica fechou as portas antes do chapéu sair de moda.
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