O Brasil já conquistou 20 medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris. Até agora, o país obteve três ouros, sete pratas e dez bronzes. Os pódios foram obtidos por atletas do skate street feminino, do skate park masculino, da marcha atlética, do judô, da ginástica artística, do boxe, do surfe, do taekwondo, da canoagem, do atletismo, do vôlei feminino (praia e quadra) e futebol feminino.
Confira, abaixo, os perfis dos medalhistas:
Willian Lima - judô (prata)
Aos 24 anos, o judoca Willian Lima garantiu a primeira medalha para o Brasil das Olimpíadas de Paris. O atleta é natural de Mogi das Cruzes, em São Paulo, e faz parte do clube Pinheiros, onde tem como treinador o também medalhista olímpico Leandro Guilheiro.
Sargento da Marinha, Lima é casado com Maria Julia e pai de Dom Lima, de nove meses. Em sua bagagem, traz outras medalhas obtidas em competições internacionais, como prata e bronze dos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 e o primeiro lugar no Mundial Sub-21, em 2019.
Larissa Pimenta - judô (bronze)
Também paulista, Larissa Pimenta tem 25 anos e, ao conquistar o bronze, foi a primeira mulher brasileira medalhista em Paris. A atleta nasceu em São Vicente, no litoral de São Paulo, e começou a praticar judô ainda na infância, a partir do incentivo dos irmãos mais velhos.
A estreia de Larissa nas Olimpíadas ocorreu em Tóquio. No decorrer de sua trajetória, ganhou o primeiro ouro do judô brasileiro feminino em março deste ano no Grand Prix de Judô da Áustria. A judoca também é pentacampeã pan-americana pela modalidade.
Rayssa Leal – skate street (bronze)
Carregando o título de brasileira mais jovem a conquistar uma medalha olímpica, Rayssa Leal garantiu seu segundo reconhecimento em Olimpíadas no domingo (28). Desta vez, levou o bronze — em Tóquio, havia conquistado a prata. Natural de Imperatriz, no Maranhão, a skatista de 16 anos, que era conhecida como "Fadinha", coleciona feitos com o esporte.
Além das duas medalhas olímpicas, já venceu uma final feminina no Street League Skateboarding World Tour em Los Angeles e o X-Games, no Japão. Também conquistou em duas oportunidades a Street League Skateboarding (SLS), a mais importante competição no street.
Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Júlia Soares - ginástica artística (bronze)
Pela primeira vez na história, o Brasil conquistou uma medalha na ginástica artística por equipes dos Jogos Olímpicos. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira, Jade Barbosa e Júlia Soares levaram o país ao pódio.
Principal estrela da equipe brasileira, Rebeca Andrade tem 25 anos e já tinha entrado para a história como a primeira ginasta brasileira a ser campeã olímpica e a primeira ginasta e atleta do Brasil a ganhar duas medalhas numa mesma edição das Olimpíadas. Em Tóquio 2020, havia faturado um ouro e uma prata.
As cariocas Flávia Saraiva, de 24 anos, e Lorrane Oliveira, de 26, já haviam disputado os Jogos Olímpicos. Mas em Paris 2024 estiveram no pódio pela primeira vez. A estreante Júlia Soares era a caçula da equipe brasileira. Paranaense de 18 anos, ela conquistou sua primeira medalha em Olimpíadas.
A mais experiente entre as brasileiras era Jade Barbosa, com 33 anos e disputando sua terceira edição dos Jogos. Líder da equipe e com 18 anos dedicados à ginástica artística, conquistou seu primeiro pódio olímpico.
Caio Bonfim – marcha atlética (prata)
Primeiro medalhista do Brasil no atletismo nos Jogos Olímpicos de Paris, Caio Bonfim conquistou a prata na marcha atlética, disputada nas primeiras horas de 1º de agosto, em um circuito ao lado da Torre Eiffel, no coração da capital francesa. Aos 33 anos, o brasileiro finalizou a prova com o tempo de 1h19min09s.
Em sua quarta Olimpíada, Caio tem dois bronzes em Campeonatos Mundiais (2017 e 2023), 12 títulos brasileiros, é recordista sul-americano e terceiro no ranking mundial da modalidade.
Rebeca Andrade - ginástica artística (duas pratas e um ouro)
A brasileira conquistou a medalha de ouro no solo e as medalhas de prata no individual geral e no salto — além do bronze por equipes. Com isso, ultrapassou os velajadores Robert Sheidt e Torben Grael e se isolou como a brasileira com mais condecorações olímpicas da história. Em Tóquio 2020, havia vencido dois pódios: um ouro no salto e uma prata no individual geral.
Beatriz Souza - judô (ouro)
Estreando em Jogos Olímpicos, a paulista Beatriz Souza venceu a israelense Raz Hershko na final do judô na categoria acima de 78kg para garantir o primeiro ouro do Brasil. Na trajetória até a medalha, estreou vencendo Izayana Marenco, da Nicaragua, por ippon. Depois, nas quartas de final, passou pela 4ª melhor do mundo, Kim Hayun, da Coreia do Sul, por wazari.
Nas semifinais, enfrentou a número 1 do ranking mundial, a francesa Romane Dicko, e triunfou por imobilização. Na decisão, venceu a israelense Raz Hershko, a 2ª melhor do mundo, por wazari.
Equipe brasileira - judô (bronze)
O Brasil venceu a Itália por 4 a 3 na competição por equipes do judô e sagrou-se medalhista de bronze. A campanha teve vitória sobre o Cazaquistão por 4 a 2 nas oitavas de final, derrota por 4 a 3 para a Alemanha nas quartas, vitória por 4 a 1 sobre a Sérvia na repescagem e o desfecho com o êxito sobre os italianos.
A luta decisiva teve Rafaela Silva superando Veronica Toniolo no golden score. Além dela, que venceu as duas disputas, Rafael Macedo e Beatriz Souza também levaram a melhor nos embates.
Bia Ferreira - boxe (bronze)
Bia Ferreira conquistou o bronze para o Brasil no boxe na categoria até 60 quilos ao se classificar para a semifinal. A pugilista acabou derrotada para a irlandesa a irlandesa Kellie Harrigton na reedição da final de Tóquio 2020. Contudo, a medalha já estava garantida porque não há disputa de terceira lugar no boxe olímpico.
A atleta baiana deixa Paris com outra marca importante para a carreira. Ela se tornou a primeira pugilista brasileira a conquistar duas medalhas olímpicas. Bia havia ficado com a prata nos Jogos anteriores.
Gabriel Medina - surfe (bronze)
O ouro não veio, mas Gabriel Medina mostrou poder de reação e superou o peruano Angel Correa na luta pelo bronze. Agora, o tricampeão mundial também tem uma medalha olímpica entre suas conquistas. Esta foi a segunda participação do brasileiro em Jogos Olímpicos. Em Tóquio, ele ficou na quarta colocação.
A campanha de Medina nas Olimpíadas começou superando o japonês Kanoa Igarashi, seu algoz em Tóquio, nas oitavas de final. Nesta bateria, o brasileiro recebeu uma nota 9,90, a maior da história do surfe olímpico.
Na sequência, ele ganhou do compatriota João Chumbinho. Na semi, no entanto, levou a pior contra o australiano Jack Robinson, sendo prejudicado pela condição do mar taitiano durante os 30 minutos de prova. Gabriel tem 30 anos e é natural de São Sebastião (SP).
Tatiana Weston-Webb - surfe (prata)
Pela primeira vez na história, uma atleta nascida no Rio Grande do Sul subiu em um pódio olímpico por uma performance individual. A conquista foi da surfista Tatiana Weston-Webb, que ficou com a prata no surfe feminino dos Jogos de Paris.
As águas de Teahupo'o, a meio mundo da capital francesa, não facilitaram o trabalho da gaúcha, que disputou a final com a americana Caroline Marks. Com poucas ondas durante a bateria, as surfistas conseguiram somar apenas 10.33 e 10.50 pontos na disputa pelo ouro, que ficou com os Estados Unidos.
Com 28 anos, Tati é natural de Porto Alegre, mas cresceu na ilha havaiana de Kauai com a família. Filha do surfista Doug Weston-Webb e da bodyboarder gaúcha Tanira Guimarães, ela começou a pegar onda aos oito anos, quando ganhou a sua primeira prancha.
Augusto Akio, o Japinha - skate park (bronze)
O skate park conquistou sua segunda medalha na história dos Jogos Olímpicos. Depois da prata de Pedro Barros, em Tóquio 2020, foi a vez de Augusto Akio deixar seu nome na história. O Japinha fez 91.85 para faturar o bronze. À sua frente ficaram o australiano Keegan Palmer, com 93.11, e o norte-americano Tom Schaar, com 92.23.
Com 23 anos, o skatista, natural de Curitiba, está disputando sua primeira Olimpíada. Em 2019, no X-Games, ficou apenas na sexta colocação. Por isso, não conseguiu classificar-se para os Jogos de Tóquio.
Edival Pontes, o Netinho - taekwondo (bronze)
O brasileiro Edival Pontes, conhecido como Netinho, conquistou o bronze no taekwondo masculino até 68kg. Ele venceu o espanhol Javier Pérez Polo por 2 a 1. A caminhada do brasileiro começou com derrota nas oitavas de final para o jordaniano Zaid Kareem. Na repescagem, Netinho venceu o turco Hakan Recber e se credenciou para a disputa terceiro lugar.
A modalidade não dava medalha para o país desde o Rio 2016, quando Natália Falavigna ganhou a prata.
Isaquias Queiroz, canoagem velocidade (prata)
Isaquias Queiroz segue fazendo história. Na manhã desta sexta-feira (9), em uma prova de recuperação no C1-1000m, na canoagem velocidade, ele conquistou a medalha de prata, a sua quinta em Olimpíadas — um ouro, três pratas e um bronze.
Assim, o canoísta se igualou a Torben Grael e Robert Scheidt, ambos na vela, na segunda posição no ranking de maiores medalhistas da história do Brasil em Jogos Olímpicos.
Alison dos Santos, atletismo (bronze)
Alison dos Santos está mais uma vez em um pódio olímpico. Nesta sexta-feira (9), ele terminou na terceira colocação nos 400m com barreiras. Com o resultado, se tornou o nono brasileiro com duas medalhas no atletismo em Jogos Olímpicos.
O pódio teve os mesmos três nomes do que de Tóquio. Porém, em posições embaralhadas. Alison repetiu o bronze, mas Rai Benjamin levou o ouro, deixando o recordista mundial Karsten Warholm com a prata.
Ana Patrícia e Duda, vôlei de praia (ouro)
O terceiro ouro do Brasil veio no vôlei de praia. Com uma campanha invicta, a dupla brasileira Ana Patrícia e Duda superou as canadenses Brandie Wilkerson e Melissa Humana-Paredes na decisão por 2 a 1, garantindo o posto mais alto do pódio em Paris.
Agora o Brasil tem 14 medalhas no vôlei de praia — quatro ouros, sete pratas e três bronzes. Jackie Silva e Sandra Pires, as primeiras mulheres campeãs olímpicas, ganharam medalha de ouro em Atlanta, em 1996.
Seleção feminina, vôlei (bronze)
As brasileiras atropelaram as turcas por 3 sets a 1 e garantiram a medalha de bronze após uma dura derrota para os Estados Unidos na semifinal.
Seleção feminina, futebol (prata)
A sétima prata do Brasil veio com o futebol feminino. O Brasil perdeu para os Estados Unidos por 1x0 na final e garantiu o segundo lugar na competição.
A conquista marca a despedida de Marta, após seis edições dos Jogos Olímpicos.