Com o cabelo pintado de verde e amarelo, o catarinense Pedro Barros colocou no peito a medalha de prata do skate park masculino das Olimpíadas de Tóquio. Ele, que é um dos maiores nomes brasileiros do esporte e atual quarto colocado no ranking mundial, depositou na pista do Ariake Urban Sports Park, em Tóquio, a sua experiência para garantir a segunda maior nota da competição, de 86,14. Com esse resultado, fez história subindo ao pódio na primeira edição em que o skate passa a fazer parte dos Jogos Olímpicos.
— Às vezes o Brasil pode estar sendo visto de cabeça pra baixo, mas essa história do park, do skate nas Olimpíadas, a minha história, são para servir de exemplo ao povo brasileiro de que está na nossa mão. Depende da gente construir e fazer desse lugar, que é o nosso país tão lindo por natureza, um lugar melhor. Com amor, união e respeito, a gente consegue. Pode ser difícil, às vezes a batalha pode ser dura, a gente cai várias vezes no chão, mas a missão é buscar um amanhã melhor. É para isso que a gente está aqui — disse o atleta de 26 anos após a conquista da prata.
O Brasil chegou a sonhar com um pódio triplo na final da modalidade, já que os paulistas Luiz Francisco e Pedro Quintas também haviam avançado para a final, com notas inclusive superiores a de Barros. Mas a dupla não conseguiu pontuações suficientes para figurar no topo do ranking, terminando sua participação no Japão na quarta e oitava colocação, respectivamente.
O grande vencedor da noite foi o australiano Keegan Palmer. O jovem de 18 anos mostrou o que há de melhor no seu skate já na primeira volta da final, colocando pressão nos outros competidores com a nota de 94,04. Depois, com a segurança de quem já figurava no topo da final, conseguiu melhorar a pontuação ainda mais, com uma sequência de manobras que lhe rendeu a nota de 95,83. Assim que Barros terminou sua terceira volta no Parque Ariake Urban Sports, foi de encontro ao australiano para cumprimentá-lo pela brilhante vitória.
O bronze ficou com o norte-americano Cory Juneau, que pontuou 82,15 já na primeira volta, mas conseguiu melhorar ainda mais na segunda. Mostrando controle e altura nas manobras, foi valorizado em 84,13 e assegurou o terceiro lugar. Ficou no quase o brasileiro Luiz Francisco, já que sua nota foi apenas um ponto abaixo de Juneau.
Com a conquista de Pedro Barros, o Brasil garante sua 19ª medalha nos Jogos de Tóquio e iguala-se ao placar da Rio 2016.