Rebeca Andrade é a melhor ginasta humana da atualidade. A brasileira conquistou a medalha de prata no individual geral nesta quinta-feira (1º) em Paris. O ouro foi conquistado por Simone Biles, uma atleta de outro planeta, de outra galáxia, a melhor ginasta da história. Sunisa Lee ficou com o bronze. Outra brasileira na prova, Flávia Saraiva terminou em nono.
A medalha de Rebeca foi a sexta do Brasil em Paris. Agora, são três pratas e três bronzes. Ela disputará ainda três finais de aparelho, sempre com a americana como adversária. Com quatro medalhas olímpicas, um ouro, duas pratas e um bronze, ela se tornou a brasileira com maior condecorações olímpicas e pode se tornar, ainda nesta Olimpíada, a recordista geral do país.
Na final, Rebeca terminou suas quatro apresentações com somatória de 57.932. A pontuação final de Biles foi de 59.131.
Acompanhar o individual geral é como ver um desfile de carnaval em que vai se acompanhando a evolução das ginastas. A diferença é que a pontuação é vista na hora. Dividindo a mesma rotação, Rebeca e Biles começaram a final no salto, principal prova da brasileira.
Primeira rotação
O grau de dificuldade do salto fez a diferença pró americana. Biles teve nota de partida de 6,4 contra 5,6. Na nota final ela atingiu 15.766 pontos contra 15.100. Flávia Saraiva iniciou sua participação nas barras assimétricas, com 13.900.
Segunda rotação
O segundo quesito para as favoritas foi as barras assimétricas, aparelho em que as duas não estão classificadas para a final. E Biles errou, Um pequeno erro para um humano, um grande erro para ela. Na passagem para a barra mais baixa, ela precisou flexionar as pernas para não tocar no solo. A apresentação gerou nota 13.733. O 14.666 rendeu a Rebeca a liderança, com 0.267 de vantagem. Na trave, Flávia somou 14.266.
Na metade do caminho, Rebeca liderava com a argelina Kaylia Neour entre ela e Biles. Flávia era a sétima.
Terceira rotação
Na trave, Rebeca foi a última a competir. Biles, a primeira. A americana se desequilibrou, mas recuperou o posicionamento em um piscar de olhos. Ainda assim, saiu sorridente do aparelho e com nota 14.566 na contabilidade. A brasileira ficou na obrigação de fazer uma apresentação na casa de 14.300 para manter o primeiro lugar, nota inferior à recebida na fase classificatória. Rebeca teve um desequilíbrio na entrada e outro durante a apresentação, fechando a rotina com 14.133. Biles voltou à ponta, com 0.166 de desvantagem.
No solo, Flávia, com seu can can, caiu ao final de uma de suas diagonais. O deslize rendeu uma avaliação de 12.233 e o 11º lugar.
Quarta rotação
No solo, as duas foram as últimas a se apresentarem. Primeiro, com Rebeca e Biles fechando a noite em Paris. Antes Flávia competiu no salto, com somatória 13.633, após uma aterrisagem problemática, e atingindo um total de 54.032 na soma das rotinas e a nona colocação.
Tanto na classificação quanto na final por equipes, a americana teve nota mais alta no aparelho. Sob os aplausos da torcida, ao som de Beyonce e Anitta e com muito gingado, Rebeca fechou a competição com 14.033 e somando, ao todo, 57.932.
Uma 13.400 bastava para o ouro de Biles. Voando como se fosse uma boneca, americana foi ovacionada por todos da Arena e levou nota 15.066, com um total de 59.131. Uma vantagem de 1.199. Paris viu a história em forma de ginastica esta tarde na Arena Bercy.
As finais que restam a Rebeca
- Sábado (3/8): salto, às 11h20min
- Segunda-feira (5/8): trave, 7h38min
- Segunda-feira (5/8): solo, 9h23min