O corpo "fala", mas, às vezes, a gente não escuta. Se você se conectar um pouquinho com ele e começar a prestar mais atenção, vai perceber que o organismo avisa quando precisa de alguma coisa – ou quando tem algo em desequilíbrio e/ou excesso.
No texto de hoje, listo alguns sinais físicos que podem estar relacionados com má alimentação e sedentarismo – dois comportamentos um pouco em alta neste momento de pandemia e rotina alterada:
Desejo por alimentos específicos
É o clássico "estou com fome de ..." (e geralmente é pizza, hambúrguer, brigadeiro, e não arroz, feijão e alface). Esse sintoma pode ser reflexo de privações importantes de nutrientes. Uma boa alimentação deve contemplar variedade de alimentos e muitas cores! A fome específica também pode ser emocional, talvez relacionada ao tédio ou ansiedade.
Intestino preguiçoso
Pode ser reflexo de falta de água, alimentação pobre em fibras ou ainda uma ingestão alimentar muito baixa em volume do que o necessário. A falta de atividade física também pode deixar o intestino mais lento.
Fome o tempo todo
Além de estar relacionado com um desequilíbrio emocional, sentir fome o tempo todo pode ser reflexo de uma adequação na dieta. Você pode não estar fornecendo para o seu corpo os nutrientes que ele realmente precisa. Além disso, como anda sua ingestão de água? Às vezes, a fome é uma necessidade hídrica "disfarçada".
Dores no corpo
A inatividade física faz a musculatura "enrijecer" e as articulações ficarem menos móveis. Passar muito tempo na mesma posição também favorece o aparecimento de desequilíbrios musculares e pontos de tensão. Movimento é vida! Movimente-se do jeito que for, mas mexa-se!
Lábios ressecados
Pode ser uma clara evidência de falta de líquidos. Muitas pessoas relataram, nesse período em quarentena, que acabam esquecendo de beber água por conta da mudança na rotina. A dica é: deixe sempre uma garrafinha cheia perto de você ou coloque alarmes para lembrá-la de beber água.
Falta de disposição
Esse é um sintoma mais difícil de apontar uma causa única. Pode ter relação com o emocional, pode ser consequência do sedentarismo ou, ainda, pode ser um metabolismo lento por dietas muito restritivas e/ou deficiências nutricionais.
Importante: se você se identificou com algum tópico deste artigo, não hesite em procurar ajuda profissional!
Raquel Lupion é formada em Nutrição e Educação Física, tem especialização em Nutrição Clínica e Mestrado em Ciências do Movimento Humano. Sua motivação é promover um estilo de vida saudável, fugindo de radicalismos e tentando encontrar o caminho do meio entre o que é necessário e o que é prazeroso. Na vida profissional, divide seu tempo entre atender em consultório, dar aulas de ioga, palestrar e ministrar cursos. Escreve semanalmente em revistadonna.com.