Política

Primeiro escalão

Governo Bolsonaro: quem são os 22 ministros confirmados

Presidente eleito, que havia prometido durante a campanha reduzir número atual de 29 para 15 pastas, concluiu formação da Esplanada com 22 nomes

GZH

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) concluiu neste domingo (9/12) a indicação dos nomes para compor a Esplanada dos Ministérios do futuro governo. O advogado Ricardo de Aquino Salles foi confirmado para a pasta do Meio Ambiente e completou a lista de 22 nomes selecionados.

No total, a conta fechou com sete ministérios a mais do que os 15 previstos inicialmente por Bolsonaro na campanha. Atualmente, o governo Temer tem 29 pastas. 

A seguir, veja a lista de confirmados por Bolsonaro:

Casa Civil

Onyx Lorenzoni

Fernando Frazão / Agência Brasil

Deputado federal eleito para o quinto mandato, Onyx recebeu mais de 183 mil votos neste ano, o segundo mais votado do Rio Grande do Sul. Aos 64 anos, é médico veterinário e sócio de um hospital veterinário em Porto Alegre. Apesar de o DEM não pertencer à aliança de Bolsonaro, Onyx apoiou o capitão desde o início da campanha e foi escolhido como ministro extraordinário da transição.

Economia

Paulo Guedes

Reprodução / Twitter

Coordenador do plano econômico, é chamado de Posto Ipiranga pelo presidente eleito, em referência a um comercial de TV que aponta o estabelecimento como resposta para todas as demandas. Ficará à frente de um suérministério que vai agrupar à Economia a Fazenda, o Planejamento e o Programa de Parceria de Investimentos. Guedes tem 69 anos e um dos fundadores do Banco Pactual e do grupo BR Investimentos, hoje parte da Bozano Investimentos. 

Justiça e Segurança Pública 

Sergio Moro

MAURO PIMENTEL / AFP

Natural de Maringá (PR), além de magistrado, é escritor e professor universitário. Graduado em Direito, tem mestrado e doutorado e é juiz federal desde 1996. Moro ficou famoso por liderar os julgamentos da Lava-Jato e condenar em primeira instância o ex-presidente Lula. No futuro governo, liderará um dos superminitérios, responsável por duas das mais importantes pastas.

Ciência e Tecnologia

Marcos Pontes

Tadeu Vilani / Agencia RBS

Primeiro sul-americano a ir para o espaço, Pontes, 55 anos, será um dos militares que integrarão o primeiro escalão de Bolsonaro. Ex-piloto de caça, é mestre em engenharia de sistemas. Em 2014, se candidatou a deputado estadual em São Paulo, mas não se elegeu. Filiado ao PSL, Pontes chegou a ser sondado como vice na chapa do capitão reformado. 

Gabinete de Segurança Institucional

General Heleno

LUIS HIDALGO / AFP

General quatro estrelas, a mais alta graduação do Exército, Augusto Heleno Ribeiro Pereira tem 70 anos e está na reserva depois de atuar por 44 anos nas Forças Armadas. Filiado ao PRP, chegou a ser cogitado para ser vice na chapa do capitão da reserva, possibilidade rechaçada por seu partido, o que fez o militar pedir a desfiliação da sigla. Foi chefe do Comando Militar da Amazônia, de 2007 e 2009. 

Agricultura

Tereza Cristina

Reprodução / Tereza Cristina Twitter

Primeira mulher escolhida para o primeiro escalão, Tereza Cristina, 64 anos, é engenheira agrônoma e produtora de soja em Mato Grosso do Sul. Foi secretária estdual e, neste ano, reelegeu-se deputada federal pelo MS. Se consolidou como das lideranças da bancada ruralista no Congresso, onde assumiu a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária.

Defesa

General Fernando Azevedo e Silva

José Cruz / Arquivo Agência Brasil

Ex-chefe do Estado Maior do Exército, Azevedo foi indicado pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, em setembro, como assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de quem recebeu eologios. O primeiro nome cotado para o Ministério era o do general Augusto Heleno, que acabou sendo indicado por Bolsonaro para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). 

Relações Exteriores

Ernesto Araújo

Valter Campanato / Agência Brasil

Ernesto Henrique Fraga Araújo ocupava o cargo de diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos na gestão do chanceler Aloysio Nunes Ferreira. Durante a campanha, causou polêmica por manter um blog no qual fazia campanha para Bolsonaro, então candidato, chamando o PT de "Partido Terrorista".

Controladoria-Geral da União

Wagner Rosário

José Cruz / Agência Brasil

Wagner de Campos Rosário continuará à frente da CGU no futuro governo. Natural de Juiz de Fora (MG), tem 42 anos e é auditor Federal de Finanças e Controle desde 2009. Tornou-se o primeiro servidor de carreira da CGU a assumir o cargo de secretário-executivo e ministro da pasta, em junho do ano passado. Antes de ingressar no órgão, ele integrou o Exército, chegando ao posto de capitão.

Saúde

Luiz Henrique Mandetta

Valter Campanato / Agência Brasil

Médico e ex-secretário da Saúde de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Luiz Henrique Mandetta (DEM) está no segundo mandato de deputado federal e não disputou as eleições deste ano. É investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 no período no qual foi secretário da capital do MS. 

Educação

Ricardo Vélez Rodríguez 

Academia de Letras de Londrina / Divulgação

Nascido em Bogotá, na Colômbia, em 1943,  Vélez Rodríguez é professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Tem formação em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana (1964), com ênfase em História da Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: pensamento brasileiro, filosofia brasileira, filosofias nacionais, liberalismo e moral social. 

Advocacia-Geral da União 

André Luiz de Almeida Mendonça 

Reprodução

Com pós-graduação em Governança Global, André Luiz de Almeida Mendonça é advogado da União desde 2000 e foi procurador seccional da União em Londrina, no Paraná. Ele atuou em áreas de transparência e combate à corrupção em parceria com a Controladoria-Geral da União e também coordenou a área disciplinar da Corregedoria da AGU. 

Secretaria-Geral da Presidência 

Gustavo Bebianno 

FÁTIMA MEIRA / FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Presidente do PSL durante a campanha eleitoral, tendo deixado o cargo logo após o segundo turno, Bebianno se tornou braço direito de Jair Bolsonaro.  O advogado não tinha experiência política até 2017, quando foi apresentado ao presidente eleito, após   mandar e-mails para o gabinete do deputado, em Brasília, oferecendo ajuda jurídica grátis.


Secretaria de Governo

Carlos Alberto dos Santos Cruz

Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Natural de Rio Grande, o general-de-divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz foi anunciado no dia 26 de novembro como novo secretário de Governo - cargo que tem status de ministério e é responsável, entre outras atribuições, pela relação com o Congresso.  O militar ocupou a Secretaria de Segurança Pública no governo Temer, entre 2017 e 2018, e comandou as tropas da ONU no Haiti e no Congo.

Infraestrutura

Tarcísio Gomes de Freitas

Marcelo Camargo / Agência Brasi
Freitas é é formado pelo Instituto Militar de Engenharia

Ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Tarcísio Gomes de Freitas, foi anunciado como futuro ministro da Infraestrutura em 27 de novembro. O futuro ocupante da pasta é formado pelo Instituto Militar de Engenharia e atualmente consultor legislativo da Câmara dos Deputados. 


Desenvolvimento Regional

Gustavo Canuto

Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Canuto é servidor efetivo do Ministério do Planejamento e foi anunciado como futuro comandante da pasta, que foi criada por Bolsonaro, em 28 de novembro. Conforme o site do Ministério da Integração Nacional, ele não tem filiação partidária. De acordo com Bolsonaro, Canuto foi escolhido por sua "ampla experiência". 

Turismo

 Marcelo Álvaro Antônio

Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

Marcelo Antônio foi eleito deputado federal pelo PSL em outubro, com a maior votação de Minas Gerais — 230.008 votos. Ele também é presidente do partido de Bolsonaro no Estado. Filho de Álvaro Antônio Dias, que foi parlamentar pelo PMDB e pelo PDT, Marcelo se elegeu vereador de Belo Horizonte pelo PRP em 2012. Em 2014, pelo PR, conseguiu pela primeira vez uma vaga na Câmara;

Cidadania

Osmar Terra

Leonardo Prado / Agência Câmara

Médico e deputado federal do MDB gaúcho, Osmar Terra será o ministro da Cidadania no governo de Bolsonaro. O anúncio foi feito na tarde de 28 de novembro. A indicação foi da Frente Parlamentar da Assistência Social. Em sua primeira manifestação, Terra afirmou que o foco na área social será qualificar o programa Bolsa Família e mencionou o pedido de Jair Bolsonaro para a instituição de um 13º salário para o benefício. 

Minas e Energia

 Albuquerque Junior 

Felipe Barra

O almirante é o sexto militar entre os 20 ministros já anunciados para o próximo governo, mas o primeiro nome da Marinha no alto escalão do governo Bolsonaro, que já conta com integrantes do Exército e da Aeronáutica. 



Mulher, Família e Direitos Humanos

Damares Alves

Mateus Ferraz / Agência RBS
Damares Alves, à direita de Onyx Lorenzoni

A advogada e assessora do senador Magno Malta (PR-ES) Damares Alves foi confirmada nesta quinta-feira (6) como ministra da pasta de Mulher, Família e Direitos Humanos, que será criada no governo de Jair Bolsonaro. A pasta também abrigará a Fundação Nacional do Índio (Funai). Damares é assessora jurídica da Frente Parlamentar de Apoio à Vida.

e da Aeronáutica. 

Meio Ambiente

Ricardo de Aquino Salles

Reprodução / Facebook
Advogado concorreu a deputado federal pelo Novo

O advogado foi o  último nome confirmado por Bolsonaro, completando a lista de 22 ministros. Concorreu a deputado federal de São Paulo pelo partido Novo e ficou na suplência.  Foi secretário particular do então governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) entre 2013 e 2014, e em julho de 2016, assumiu como secretário estadual do Meio Ambiente, cargo no qual permaneceu até agosto de 2017.  É réu por improbidade administrativa em ação civil pública, acusado pelo Ministério Público de São Paulo de envolvimento em alterações irregulares no plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Tietê, supostamente para beneficiar interesses da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Tanto Salles quanto a Fiesp negam.

OUTROS NOMES

Roberto Campos Neto

Banco Central

Ascom / Divulgação

Atual responsável pela tesouraria do Santander, Campos irá substituir Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central — que não terá mais status de ministério no próximo governo. Para assumir o posto, ele terá que responder à sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e ter seu nome referendado pelo plenário da Casa. 


Roberto Castello Branco

Petrobras

AFP / AFP

 Visto como homem de confiança de Paulo Guedes, Roberto Castello Branco tem pós-doutorado pela Universidade de Chicago e extensa experiência nos setores público e privado, tendo ocupado cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale. Também fez parte do Conselho de Administração da Petrobras.



Joaquim Levy

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Marcelo Camargo / Agência Brasil

Engenheiro naval de formação, Levy possui doutorado em economia na Universidade de Chicago. Foi secretário do Tesouro Nacional entre 2003 e 2006, durante o primeiro mandato de Lula (PT), e ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff (PT). De 2010 e 2014, Levy foi diretor do banco Bradesco. Para assumir a presidência do BNDES, Levy deixará a diretoria financeira do Banco Mundial, cargo que ocupa atualmente.


Maurício Valeixo

Polícia Federal

DENIS FERREIRA NETTO / ESTADÃO CONTEÚDO

Atual superintendente da PF no Paraná, Maucício Valeixo participou diretamente das investigações da Lava-Jato, na qual estreitou seus laços com o titular da pasta à qual será subordinado, Sergio Moro. Antes de ingressar na PF, foi delegado da Polícia Civil paranaense e é tido como um especialista em combate ao crime organizado.


Érika Marena

Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DCRI)

Diorgenes Pandini / Diário Catarinense

Delegada da Polícia Federal, Érika Marena trabalhou em investigações famosas, como a do Banestado e a Lava-Jato. Recentemente, foi criticada na investigação de desvios de dinheiro na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O então reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, cometeu suicídio em um shopping após ser preso temporariamente.



Mansueto Facundo de Almeida Júnior

Tesouro Nacional

George Gianni / Divulgação PSDB

O economista cearense Mansueto Facundo de Almeida Júnior foi indicado para permanecer no cargo que ocupa desde abril de 2018. Especialista em Finanças Públicas, chegou ao Governo Federal com o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a nomeação de Henrique Meirelles (MDB) como ministro da Fazenda. Tem 51 anos.


Rubem Novaes

Banco do Brasil

 Novaes é amigo de Guedes desde os tempos em que estudaram na Universidade de Chicago (EUA), berço do liberalismo econômico. É professor da Fundação Getúlio Vargas e foi diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Chegou a ser cotado para presidir o banco porque não queria deixar o Rio de Janeiro, onde mora.

Pedro Duarte Guimarães

Caixa Econômica Federal

Sócio do banco de investimento Brasil Plural, Guimarães possui mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro na gestão de ativos e reestruturação de empresas. Doutor em Economia pela Universidade de Rochester (EUA), especializou-se em privatizações. 

Carlos Von Doellinger

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), integra a equipe de transição de governo. Foi secretário do Tesouro Nacional durante o regime militar.

Edson Leal Pujol

Exército

Débora Cademartori / Agencia RBS

Gaúcho de Dom Pedrito, Edson Leal Pujol, de 63 anos, está prestes a completar 12 anos como general, tempo máximo permitido. Chefiou o Comando Militar do Sul de 2016 a 2018 e as forças da paz da ONU no Haiti. Era considerado substituto natural do atual comandante, o general Eduardo Villas Bôas.



Ilques Barbosa Junior

Marinha do Brasil

Divulgação / Marinha do Brasil

O Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior é o chefe do Estado-Maior da Armada desde 2017. Entre suas atribuições, está o de assessorar o comandante da Marinha. Ele irá substituir Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que está no cargo desde janeiro de 2015, quando foi nomeado pela então presidente Dilma Rousseff.


Antônio Carlos Moretti Bermudez

Força Aérea Brasileira (FAB)

Divulgação / FAB

Tenente-brigadeiro do ar, Antônio Carlos Moretti Bermudez  já esteve à frente do Sexto Comando Aéreo Regional e foi chefe do Estado-Maior do Comando-Geral de Operações Aéreas. Atualmente, é o comandante-geral de Pessoal da FAB.

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