O general Fernando Azevedo e Silva vai ser o ministro da Defesa no futuro governo Jair Bolsonaro (PSL). O nome foi confirmado pelo presidente eleito nesta terça-feira (13) em sua conta do Twitter.
Fernando Azevedo e Silva vai assumir o cargo após o nome do general da reserva Augusto Heleno ser cotado para a pasta. Heleno será nomeado ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Bolsonaro desembarca em Brasília nesta terça-feira para uma intensa agenda de transição. Além do nome para o ministério da Defesa, cogita-se que ele deva anunciar os nomes das pasta de Relações Exteriores e do Meio Ambiente.
Elogios de Toffoli
O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), informou, por meio de nota, que foi consultado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta terça-feira, 13, a respeito da indicação do general Fernando Azevedo e Silva, ex-chefe do Estado Maior do Exército, para estar à frente do Ministério da Defesa. "Prontamente disse que seria uma excelente escolha", disse Toffoli, que desejou sucesso ao general.
Azevedo e Silva foi nomeado para exercer o cargo em comissão de assessor especial no gabinete da presidência do Supremo em 27 de setembro. Desde então, o general assessora a presidência da Corte na formulação de políticas do Conselho Nacional de Justiça de segurança pública, em especial do sistema carcerário. Auxiliares do Supremo ainda não sabem se o general continuará no tribunal nas próximas semanas.
"É com muita alegria que vejo o anúncio do nome do General Fernando Azevedo e Silva para Ministro de Estado da Defesa. Certamente sua larga experiência contribuirá para o fortalecimento da atuação das Forças Armadas, da segurança e da defesa no Brasil", diz nota assinada por Toffoli e divulgada por sua assessoria.
Para o presidente do Supremo, o "perfil técnico" de Azevedo e Silva, "sua dedicação ao serviço público e sua visão republicana são aspectos fundamentais para a nova missão na Administração Pública Federal".
Cinco ministros confirmados
Com o general, já são cinco os ministros definidos por Bolsonaro. Além de Azevedo e Silva na Defesa, já foram confirmados por Bolsonaro o economista Paulo Guedes na Economia; o astronauta Marcos Pontes na Ciência e Tecnologia; a deputada federal Tereza Cristina na Agricultura e o deputado federal Onyx Lorenzoni na Casa Civil.
Em agosto passado, ainda como chefe do Estado Maior do Exército, Azevedo e Silva defendeu a "conciliação" e "tolerância" nas eleições 2018. Ele ressaltou que os militares são "parte significativa da maioria do povo brasileiro que pretende usar o voto, a arma mais poderosa e legítima da democracia, para começar a superar a crise profunda em que estamos mergulhados."
No Quartel-General do Exército, o general disse que o trabalho dos militares não é reconhecido e se queixou do orçamento das três Forças e dos salários que recebem.
— Os constantes desafios a que as Forças Armadas vêm sendo submetidas, muitos deles alheios à nossa destinação principal, não têm recebido, das esferas competentes, o merecido reconhecimento, justo e digno, principalmente quanto ao orçamento e à remuneração do nosso pessoal — escreveu na ocasião.