Por que o Grêmio caiu para a Série B? Para tentar entender os motivos que conduziram um clube, com folha de pagamento de R$ 14 milhões, superavitário e com salários em dia ao rebaixamento quatro anos após ganhar a América, GZH ouviu 36 pessoas que têm ou tiveram acesso aos bastidores nos últimos anos. A reportagem encontrou possíveis causas em três frentes: no ambiente político, na gestão de vestiário e, claro, no futebol em campo.
— Quando o Titanic bate no iceberg, são inúmeros os fatores. No Grêmio, a água já estava entrando antes da conquista de títulos. Quando o Renato saiu, isso ficou evidente — resume um ex-dirigente.
A seguir, bastidores do terceiro rebaixamento tricolor:
DO CONSENSO A DIVERGÊNCIAS
Escolhido por Fábio Koff, que o tirou da política partidária, Romildo Bolzan Junior (ex-prefeito de Osório e ex-presidente regional do PDT) elegeu-se presidente do Grêmio em 2014. A chapa composta por quatro movimentos (Grêmio Imortal, Grêmio Sempre, Grêmio Sem Fronteiras e Grêmio Unido) teve 71% dos votos.
Romildo eliminou rachaduras que tanto atrapalhavam o Tricolor. Assim, dois anos depois, foi reeleito com 85% dos votos. Mas não foram apenas a habilidade do diálogo e a austeridade que o levaram a esta condição. A iminente conquista da Copa do Brasil foi um fator decisivo. Da mesma forma, os troféus da Libertadores, Recopa Sul-Americana e Campeonatos Gaúchos motivaram, em 2019, a movimentação nos bastidores pela formação de uma chapa única para vê-lo aclamado.
Mesmo que o estatuto impedisse duas reeleições seguidas, a interpretação foi a de que o aumento do mandato de dois para três anos abria brecha jurídica. Maior grupo político de oposição à época, o Movimento Grêmio Independente (MGI) estava dividido sobre o tema. Mas apenas um dos 225 membros do Conselho Deliberativo votou contra.
— Por mais bem sucedido que tenha sido, ele tem o seu limite e tem de ser capaz de preparar um sucessor — avalia André Kruse, responsável pelo único voto contrário.
Piratini
Dos seis vices empossados no Conselho de Administração (CA) em 2014, três continuam: Adalberto Preis, Marcos Herrmann e Claudio Oderich. Dois ocupam o cargo há cinco anos, Duda Kroeff e Paulo Luz. Último integrante, César Augusto Peixoto herdou a vaga de Marco Bobsin, que morreu em julho de 2020 por complicações da covid-19. Este foi o colegiado que se reuniu todas as segundas-feiras ao longo de 2021 para deliberar sobre o futuro do clube.
— Houve uma falsa pacificação, uma hegemonização. Tanto o Conselho quanto a direção foram sócias deste fracasso, porque se criou uma situação anômala de permitir a terceira eleição, servindo mais à conveniência do presidente, que tinha intenções político-partidárias e os conselheiros não quiseram correr riscos — analisa Renato Moreira, que, após ter sido vice na gestão Fábio Koff, optou por se retirar da política gremista.
Fora do clube, Romildo passou a ser cogitado para concorrer ao governo do Estado em 2022. Em uma convenção do PDT, em Canela, em 2019, foi saudado por Carlos Lupi, presidente nacional do partido:
— Sei que ele vai se constranger, mas é problema dele. Chamo o futuro governador do Rio Grande, Romildo Bolzan. Não depende da tua vontade, irmão. Não depende do Grêmio, nem do Colorado. Depende do povo gaúcho.
Sempre que consultado sobre isto, porém, Romildo nega.
— Não tenho atividade política ou vida partidária. Dediquei todo esse tempo exclusivamente ao Grêmio. Agora, não domino as pautas de fora, aquilo que pode ser objeto de interesse ou de construção, discussão ou debate. Mas reitero: desde que surgiram, nunca admiti candidatura publicamente e sempre me dediquei à instituição — declarou o presidente à reportagem.
CEO
O atual Chief Executive Officer (CEO), Carlos Amodeo, foi citado por boa parte dos entrevistados como o homem de confiança de Romildo. Ex-conselheiro, é advogado com experiência em gestão corporativa, tendo passado por empresas como Vipal e Metasa. Em junho 2017, após a saída de Gustavo Zanchi, foi alçado de secretário do CD para o cargo remunerado. Questionado sobre sua atuação, enviou a ZH respostas por escrito:
— O convite chegou com base no meu currículo de advogado, executivo e conselheiro de administração de empresas de grande porte, aliado ao conhecimento do clube.
O CEO é responsável por manter o projeto de austeridade fiscal, obedecendo o orçamento. Mas o dirigente teve a postura contestada internamente mais de uma vez. A cobrança mais ríspida ocorreu em reunião do CD no dia 5 de agosto, quando Antônio Dutra Júnior, que havia integrado a gestão como vice eleito entre 2015 e 2016, subiu à tribuna: "O CEO tem predileção por atuar no futebol, tendo uma superexposição na mídia (...). As falhas na condução dessas questões contribuem para a desestabilização da unidade política (...)".
Dias depois, Amodeo voltaria a ser questionado no CD ao expor o valor de R$ 27,5 milhões, referente às rescisões com Tardelli, André, Thiago Neves, Braz, Vanderlei e Paulo Victor (valor aprovado pelo CD nas contas do ano). Meses depois, já com Marcos Herrmann e Diego Cerri no futebol, Amodeo foi enviado à Europa para acertar as vendas de Matheus Henrique e Ruan ao Sassuolo.
— O CEO é responsável pela gestão de todas as áreas, o que inclui o futebol, que responde por 80% das despesas — argumenta Amodeo.
Apesar do respaldo, o CEO foi citado por entrevistados de ZH como ponto de atrito entre "grupos" internamente chamados de "Grêmio da Arena" e "Grêmio do CT". Mas nenhum dos consultados fez crítica pública. Herrmann o elogia:
— Amodeo é solução, não problema. Foi, com Romildo e Zanchi, responsável por seis anos de superávit e pela operação de liquidação de R$ 300 milhões de dívidas. Tem gente que não gosta porque ele sabe dizer "não", contrariando, principalmente, empresários.
Além da questão do CEO, o ambiente de consenso foi se diluindo na cúpula gremista. Romildo esteve por muito tempo cercado de apoiadores, que brindavam no vestiário após as vitórias. Mas quando o clube entrou no Z-4, começaram a sobrar poltronas nos aviões fretados.
— Às vezes, as pessoas não estão aqui, mas ao mesmo tempo estão. Estamos em um Conselho de Administração fechado, em conversa permanente e em governança atuante – disse após a derrota por 3 a 1 para o Bahia, na Fonte Nova.
DE RENATO À INSTABILIDADE
Enquanto Maicon e Geromel erguiam taças, o torcedor fazia festa imaginando que o clube caminhava para se manter no topo por longo período. Porém, o ambiente não era tão pacífico assim. É o que mostra o livro publicado pelo ex-assessor de imprensa do clube João Paulo Fontoura, "Jornalismo e Vestiário: Histórias e bastidores contados por um assessor de imprensa". Nas 306 páginas, Fontoura expõe o duelo entre os profissionais do futebol e do administrativo. Uma espécie de Grêmio do CT x Grêmio da Arena.
— Vi momentos bem complicados de vestiário, de desentendimentos, que não se refletiam em campo. E o contrário também acontece — relatou o ex-assessor à Rádio Gaúcha.
Um episódio que ajudou a escancarar as fraturas existentes se deu quando Fontoura foi demitido, em janeiro de 2020. Além dele, saíram o preparador de goleiros Rogério Godoy e o preparador físico Rogério Dias (conhecidos como Rogerião e Rogerinho), a nutricionista Katiuce Borges, o fisioterapeuta Henrique Valente e os fisiologistas José Leandro de Oliveira e Rafael Gobatto. Os desligamentos pegaram a todos de surpresa. No dia seguinte, Kannemann desabafou:
— Dá raiva ver pessoas como essas terem de sair e outras ficarem, que não trabalham deste lado (CT), mas do outro lado (administração). Não acho uma mudança normal.
Demissões
A Libertadores do ano anterior havia sido encerrada no 5 a 0 para o Flamengo. Por isso, a virada do calendário foi acompanhada da promessa de mudanças. Em um encontro da direção com Renato Portaluppi e seu auxiliar Alexandre Mendes foram definidas quais profissionais seriam demitidos. A saída dos profissionais, com exceção do assessor de imprensa, foi colocada na conta da comissão técnica. Quem permaneceu, relata que o ambiente nunca mais foi o mesmo.
As conquistas que ajudaram Renato a ser imortalizado em bronze na Arena também fizeram com que dirigentes, superiores na hierarquia, cedessem às vontades do "gênio", como era chamado internamente por funcionários.
— O que dizem sobre ter dado muito poder a ele é uma falácia. A escolha do treinador passa muito pelo perfil do técnico, que no caso do Renato é bastante próprio, de lideranças — rebateu Romildo, em resposta a pedido de ZH.
Poderes
Durante a conquista da Libertadores de 2017, houve forte divergência antes da partida que levou o time à semifinal. Pouco antes da vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, os médicos Márcio Bolzoni e Felipe do Canto vetaram a presença do meia Luan, que se recuperava de lesão muscular. Mesmo assim, o treinador relacionou o jogador e o utilizou nos minutos finais.
— Luan tinha sofrido lesão grave no músculo do chute. Não tínhamos certeza de que a lesão estava cicatrizada. Entendíamos que haveria risco de ele sentir novamente. Porém, o jogador acabou sendo colocado em campo contra nossa recomendação — conta Bolzoni.
Após entrar aos 45 minutos do segundo tempo, Luan pouco tocou na bola, mas, posteriormente, ficou fora das quatro partidas. No ano seguinte, Renato fez uma crítica.
— Eles são muito conservadores, e comigo é tudo mais rápido. Passaram-se 40 dias: eu peguei o Luan e falei que, a partir daquele momento, era comigo. Peitei todo mundo, e o cara jogou e arrebentou. Entendo de todos os departamentos — declarou Renato ao jornal O Globo.
A pedido do treinador, Bolzoni e Felipe do Canto foram demitidos em setembro de 2018.
— Eles (direção) atenderam porque o Renato colocou que, ou nós ficávamos, ou ele saía. Atribuo a uma tentativa de mostrar que ele tinha poder. Acho muito delicado quando se dá o poder ao treinador de decidir todas as coisas. Essa interferência em áreas técnicas, onde o treinador não tem a menor condição de opinar, é claro que surpreende — conclui Bolzoni, que deixou o clube após 29 anos.
Às vésperas de encarar o Flamengo pela Libertadores de 2019, o treinador voltaria a contrariar médicos para escalar Jean Pyerre em um treino de finalizações. O meia sofreu uma ruptura de 19 centímetros num músculo da coxa direita e desfalcou o time até o fim da temporada. Questionado via assessoria, o treinador preferiu não comentar qualquer assunto relativo a sua passagem.
Acertos, erros e conflitos
Quando Renato voltou ao clube, em setembro de 2016, não havia um executivo de futebol. O último havia sido Rui Costa, demitido em maio. Logo, teve espaço para ir além do trabalho de campo. O cargo diretivo só voltaria a ser preenchido em março de 2017, quando André Zanotta foi anunciado, já com o elenco formado para a disputa da Libertadores.
O título continental passou a impressão de que a figura de um profissional não era tão necessária. A vice-presidência de futebol, um cargo político, sempre existiu. Os quatro homens que tinham presença no vestiário haviam saído dos gabinetes: Adalberto Preis (2016), Odorico Roman (2017), Duda Kroeff (2018 a 2019) e Paulo Luz (2020 a 2021). Pela boa relação com Romildo e por atletas que indicou terem sido fundamentais no tri da América, o treinador passou a fazer indicações de contratações que não passavam pela análise de desempenho da Central de Dados Digitais (CDD).
— Qual treinador não tem jogadores em que ele confia mais? Até os títulos, deu 100% certo, com Cortez, Léo Moura, Cícero, Jael e até o Paulo Miranda — analisa Alberto Guerra, que ocupou o cargo de diretor de futebol entre 2018 e 2019.
Outros indicados não renderam. Alguns, deles, inclusive, apareceram na lista de jogadores que tiveram seus contratos rescindidos posteriormente — Diego Tardelli, Thiago Neves, André e David Braz.
Entre acertos e erros, Renato se mostrou um grande administrador do grupo. E com resultados em campo. Até a sua saída do clube, o time contabilizava nove vitórias em Gre-Nais, oito empates e apenas três derrotas, três títulos estaduais, presença em três semifinais de Libertadores e duas finais de Copa do Brasil.
— Se o Renato estivesse hoje no Grêmio, estaríamos xingando ele por estarmos em 10º lugar, mas não no Z-4 — opina Guerra.
Tudo caiu por terra na eliminação da Pré-Libertadores, em 14 de abril (com covid, Renato não treinou o time contra o Del Valle). Na mesma noite, o vice-presidente Claudio Oderich deu entrevista na Rádio Gaúcha defendendo a saída do técnico. Renato, então, entregou o cargo. Procurados, Renato e Oderich não quiseram se manifestar sobre o incidente.
DAS GLÓRIAS AO REBAIXAMENTO
Os jogadores sentiram mais do que o esperado a saída de Renato.
— Quando ele sai, o escudo do vestiário vai embora também. Ele chutava os caras que não faziam parte do vestiário — revelou uma pessoa que frequentava o ambiente.
Mais de uma vez, o técnico orientou a segurança a retirar do vestiário componentes da direção e conselheiros que se excediam com bebidas. Nas vitórias e nas derrotas.
Um dos episódios ocorreu após a goleada sofrida para o Flamengo na Libertadores de 2019. Um atleta foi contido na intenção de agredir um dirigente, que fazia uma cobrança mais ríspida.
Voltando a 2021. Sob a promessa de promover uma renovação no elenco, o Grêmio buscou Tiago Nunes, que iniciou emendando vitórias até bater o Inter na final do Gauchão, em maio.
Para comemorar o tetra, foram promovidas duas festas. A primeira, no vestiário, se tornou pública quando o clube divulgou imagens de Diego Souza e Rafinha puxando roda de samba cercados de pessoas que não conviviam no ambiente interno. A segunda celebração se deu em um churrasco no CT, quebrando o protocolo sanitário da época. O surto de covid-19 no clube não tardou.
— Houve festejos em demasia. Tínhamos de nove a 11 desfalques nas primeiras rodadas do Brasileirão, além de membros da comissão técnica. Aí, vieram os péssimos resultados. Isso gerou uma violenta pressão — admitiu Marcos Herrmann, vice de futebol na época.
Após obter dois pontos em sete rodadas na Série A, Tiago Nunes foi demitido, deixando o Tricolor na lanterna do campeonato.
Contestação
A chegada de Luiz Felipe Scolari não foi consenso. Alguns atletas, com apoio do coordenador técnico Marcelo Oliveira, refutaram a ideia, sugerindo a volta de Renato ou a efetivação de Thiago Gomes.
Os apelos não foram ouvidos, e os dirigentes decidiram trazer Felipão em julho. Em três meses, o Grêmio foi eliminado da Copa Sul-Americana pela LDU e da Copa do Brasil pelo Flamengo. E, mesmo que tenha somado 21 pontos no Brasileirão, Felipão não conseguiu tirar o clube do Z-4. Mas, acima dos resultados, pesava o conflito de ideias com atletas.
— Tanto um quanto o outro (Tiago Nunes) tem um estilo com muita carga de trabalho diário, com ênfase na preparação técnica, tática e física. Realmente deram canseira na turma — entende Herrmann.
Quando o time foi derrotado pelo Sport, no dia 3 de outubro, na rodada que marcou a retorno do público aos estádios, houve um novo apelo de atletas para que a comissão técnica fosse trocada. Nesta noite, também eclodiu um confronto no vestiário, identificado por quem frequentava o ambiente como uma queda de braço entre os atletas mais experientes e os jovens.
O último desconforto se deu quando Felipão, comunicado de seu desligamento, teria sido impedido pelo auxiliar Carlos Pracidelli de se despedir dos atletas no hotel, após a derrota na Vila. Ele, bem como o outro auxiliar, Paulo Turra, não teriam caído nas graças do elenco.
— Nunca fomos contestados por parte dos jogadores para jogar com este ou aquele esquema. Pelo contrário: alguns elogiavam nossos métodos — garantiu Turra a ZH.
Porém, em outubro, Rafinha confirmou o pedido para ser menos defensivo:
— Conversamos com o professor para agregar esse poder ofensivo junto às ideias dele. Mas quem decidia era ele. Só queríamos acrescentar ideias.
Controvérsias fora e dentro de campo
A direção tentou dar condições a Felipão para retomar as rédeas. Entre elas, a saída Maicon. O camisa 8 havia sido expulso na derrota para o Corinthians, após xingar o árbitro. Segundo Herrmann, houve consenso entre as partes. Semanas atrás, ao podcast Células de Sucesso, Maicon deu nova versão:
— Ter sido dispensado assim foi pesado. Mas paciência...
Dias após a queda, o vice de futebol Dênis Abrahão criticou a decisão de seus antecessores:
— Não vi gestão no departamento de futebol. Um cara do tamanho do Maicon não pode sair da forma que saiu. Isso no vestiário é um canhão.
Herrmann rebateu:
— Três dias após minha saída, fiz uma visita a ele (Abrahão) para repassar fatos e sensibilidades que eu vinha observando, já que faltavam 14 jogos e nossas chances de escapar ainda eram muito boas. Na ocasião, me disse com todas as letras que "esperava encontrar uma bagunça e que viu um departamento todo organizadinho". Porque deste duplo discurso? Talvez seja para se descolar do resultado final, que em última análise é de todos nós.
O próprio Abrahão foi uma tentativa de sacudir o vestiário. Romildo recorreu ao dirigente icônico dos anos 1990 que, ironicamente, chegou a ser sondado pela oposição para concorrer à presidência em 2016. Desta forma, a pasta do futebol foi entregue a alguém de fora do Conselho de Administração.
Com o dirigente chegou o técnico Vagner Mancini. Na época, já não era mais possível contratar. Os últimos reforços foram Borja, Villasanti, Campaz e Douglas Costa.
Aliás, o camisa 10 foi a grande frustração. Após um mês para entrar em forma, colecionou mais lesões do que gols, fora as polêmicas. A maior delas, um pedido para se casar, no Rio, três dias antes da última rodada. Ele já havia ganho uma semana de folga para passar com a noiva em Punta Cana, em julho.
Após a negativa de ir à festa no Copacabana Palace, Douglas Costa deletou de seu Instagram as fotos com a camisa tricolor. Em campo, após fazer um gol no 4 a 3 sobre o Atlético-MG, fez sinal de adeus para a torcida. Àquela altura, o Juventude já vencia o Corinthians e acabava com a última chance de o Tricolor sair do Z-4, onde passou 37 rodadas (seis meses e quatro dias). Um desempenho nunca visto na história do clube e que implodiu o ciclo vitorioso iniciado em 2016.