Está muito claro. Se depender do vice-presidente do Grêmio Cláudio Oderich, Renato Portaluppi sairá do clube imediatamente. A entrevista concedida ao programa Balanço Final na Rádio Gaúcha deixou claro de que ele vai defender a troca de comando na reunião de diretoria desta quinta-feira (15). O dirigente usou expressão claras para sua argumentação como "ciclo encerrado" ou "ouvir as redes sociais".
Nas plataformas digitais, sobram críticas ao treinador gremista e ao presidente Romildo Bolzan Júnior, principal avalista da permanência de Renato. Certamente ele será um obstáculo para que a vontade de Oderich se materialize. Há, no entanto, uma pressão interna que não se limita a este vice-presidente. Mesmo sempre afirmando que a vida do clube não é pautada por redes sociais, nunca foi tão difícil para Romildo fazer valer suas convicções.
Dificilmente, vingue a ideia de Oderich ou não, o Grêmio não demitirá Renato. Se a saída do treinador acontecer antes do cumprimento de seu contrato, a decisão será anunciada como sendo dele. No máximo será admitido um comum acordo. Romildo Bolzan não passará para a história como o presidente que demitiu o maior ídolo do clube, ainda que em má fase.
Cláudio Oderich não tem este peso sobre si, ainda que se deixe pautar por torcedores, muitos anônimos e outros tantos que nem sócios do clube são, mas que causam pavor em dirigentes mais permeáveis. O certo é que a pressão é grande como nunca foi e que há ideias bem divergentes na mesa de reuniões do conselho de administração tricolor. Está escancarada a divisão.