Repetiu-se o que havia acontecido no Maracanã contra o Flamengo. O Inter não se entregou, jogou até melhor do que no domingo (1º), não desvirtuou suas qualidades técnico-táticas, pressionou, concluiu, teve volume, mas perdeu, desta vez em casa. É difícil condenar o desempenho diante do Botafogo, mas é obrigatório fazer a soma dos pontos não conquistados nas duas últimas rodadas.
De sonhador com o título, o Inter vai para a última rodada numa condição de classificado para a fase de grupos da Libertadores pela carona dos campeões da Libertadores e Copa do Brasil. Não há desonra nisto, mas a questão que fica é se haverá como superar, com uma estrutura econômica e financeira que tem pouco para se reforçar, clubes mais ricos.
Em seis pontos contra o Botafogo no Brasileirão não houve nenhum ponto conquistado. Contra o Flamengo foi apenas um. Dos chamados "milionários" ficam bons retrospectos contra Palmeiras e Atlético-MG.
Fica para 2025 uma dúvida de limite — o teto — para um time que cumpriu uma inegável e bela campanha. É possível encarar os mais ricos quando eles são competentes numa competição de pontos corridos?
Certamente haverá a tentativa de responder que "sim", mas, antes de 2025 começar, é preciso garantir que sejam mantidos nomes importantes e que as eventuais perdas sejam repostas com valores correspondentes.