O Inter está encerrando 2024 numa fase de bons resultados e de grande desempenho. O técnico Roger Machado é a principal figura de um contexto revertido no Brasileirão. O time mudou para muito melhor o jeito de jogar, e atletas, antes inexpressivos, se tornaram peças fundamentais.
O maior exemplo é o lateral Bernabei, hoje peça fundamental nesta nova equipe e protagonista improvável. Não dá para pensar no time colorado jogando bem sem o argentino. Pois aí mora o perigo. Não há garantia de permanência do jogador.
Há medo de perda nos corredores do Beira-Rio e certamente apreensão nas arquibancadas. Bernabei, melhor lateral-esquerdo do Brasileirão, hoje é insubstituível, seja por sua qualidade técnica e importância no time, como pela dificuldade altíssima que terá a busca por um substituto.
Não há salvaguarda para o Inter renovar o empréstimo. A necessidade de inscrição ao final da janela de transferências, em março passado, deixou o Celtic da Escócia mandando na transação e não dando aos colorados sequer a prioridade numa compra vantajosa.
Alessandro Barcellos já admitiu a necessidade do Inter em vender jogadores para equilibrar o caixa. Nomes como o de Vitão, que quase saiu na metade do ano, Rômulo ou até dos garotos Gabriel Carvalho, Luís Otávio ou Gustavo Prado são especulados. Em todos estes casos há a entrada de dinheiro, talvez muito dinheiro. Uma possível saída de Bernabei neste ponto é mais catastrófica porque não fica nada no cofre do clube.
Não se pode cobrar que o Inter pague os 8 milhões de euros exigidos pelos escoceses por Bernabei. A diretoria vem conversando com o Celtic. Há aflição na medida em que o perigo da concorrência mora aqui mesmo no Brasil com endinheirados como o Cruzeiro podendo pagar até mais.
Será um golaço se o Colorado driblar as dificuldades e segurar o argentino. Isto merecerá comemoração como as grandes contratações merecem.