Dizer que Renato Portaluppi deve sair do Grêmio não significa que não se goste do treinador ou que o considere um mau profissional. O diagnóstico pode ser feito perfeitamente por um fã de Renato desde os tempos de atleta e admirador como técnico. Ele tem razão quando diz que "é bom". Talvez exagere no tom de voz, mas tem qualidades, sim. O problema é que, mesmo os bons, não estão livres de trabalhos ou episódios ruins . Eles só não podem deixar que isto vire praxe.
A permanência de Renato no Grêmio para 2025 não tem nenhuma sinalização de solução para os problemas deste ano, mas a diretoria tricolor se mostra tranquila em relação a uma renovação de contrato. É muito difícil desligar do clube alguém que é estátua e que é ídolo destes mesmos dirigentes. E a responsabilidade de trazer um novo comandante tendo o peso de ter desistido de alguém com o tamanho do atual, ainda que em momento turbulento?
Embora sob críticas e com pedidos de tomadas de posições fortes, é cômodo para os dirigentes ter Renato no comando do time e sendo senhor de outras decisões. Quem comanda o Grêmio, porém, precisa saber que o treinador, mesmo com total tranquilidade e em início de temporada, não será capaz de mudar certas coisas na sua própria equipe.
Contratações são obrigatórias, com bons e estratégicos critérios. Também se faz urgente uma pacificação do técnico com boa parte da torcida, algo que bons resultados ajudarão a vir, e com a mídia. Ninguém precisa, a esta altura, estar pedindo desculpas para ninguém, mas um clima de civilidade é importantíssimo de todas as partes.
Seguir com Renato é um desafio para o Grêmio e para o técnico. O nome é o mesmo, mas a manutenção da receita de 2024 é o princípio do fracasso de 2025. Cabe aos dirigentes apagarem incêndios, melhorarem os ambientes, cativarem o torcedor novamente e reforçarem bem o time.
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