Mesmo afetado em diferentes frentes pela tragédia climática, o agronegócio é um dos segmentos que deve ajudar o Rio Grande do Sul a fechar o ano da enchente com crescimento no PIB. É o que projeta Rodrigo Feix, diretor adjunto do Departamento de Economia e Estatística (DEE), ao Campo e Lavoura da Rádio Gaúcha.
Os dados de 2024 calculados pelo DEE ainda não foram fechados, mas até o terceiro trimestre, divulgado nesta semana, a alta no setor agropecuário chega a 37,1%. A comparação é com o mesmo período do ano anterior. Com esse crescimento acumulado, a contribuição do agro chega a três pontos percentuais na variação do indicador total do Estado.
No acumulado dos três primeiros trimestres de 2024, o PIB do Rio Grande do Sul teve alta de 5,2%.
No mesmo período, o setor de serviços registrou aumento de 3,2% e a indústria teve queda de 0,2%.
Feix lembra, no entanto, que essa contribuição do agronegócio "não é uma novidade":
— Se a gente olhar o histórico, os anos seguintes à estiagem tendem a ser de recuperação da agropecuária e de crescimento da economia gaúcha, acima até da economia nacional.