Romildo Bolzan Jr. foi aclamado na noite desta terça-feira (29) pelo Conselho Deliberativo para mais um mandato como presidente do Grêmio. No cargo desde 2015, o dirigente de 59 anos seguirá no comando do clube até o final de 2022.
Eleito pela primeira vez com o apoio de Fábio Koff para o biênio 2015/2016, Bolzan foi reeleito para o triênio 2017-19 após uma mudança estatuária que aumentou o mandato presidencial para três anos. Junto com Romildo, foi eleito nesta terça-feira o novo Conselho de Administração do clube para o mandato entre 2020 e 2022.
Dos atuais seis vice-presidentes, cinco permanecem: Adalberto Preis, Cláudio Oderich, Duda Kroeff, Paulo Luz e Marcos Hermann. A única troca foi a entrada de Marco Bobsin, que atuava como chefe de gabinete da presidência, no lugar de Sergei Ignacio da Costa.
Como não houve inscrição de uma chapa de oposição, a reunião desta terça-feira foi protocolar, com a apresentação da chapa e a aprovação dos conselheiros. Caso uma candidatura de oposição fosse inscrita, seria preciso alcançar 20% dos votos entre os 300 conselheiros, mais as 16 pessoas que integram o Conselho Consultivo — composto por ex-presidentes do clube, ex-presidentes e ex-vices do Conselho Deliberativo. Assim, um segundo turno poderia ser disputado, com o voto do associado. Isso, no entanto, não ocorreu.
— Trabalhamos em prol da unidade política do clube. Neste momento, desportiva e administrativamente, entendemos que a manutenção do atual Conselho de Administração, em especial do presidente Romildo, é o melhor para o Grêmio — argumentou Diego Martignoni, presidente do Movimento Grêmio Independente (MGI), que fez oposição nas últimas eleições com as candidaturas de Homero Bellini Júnior e Raul Mendes, ambos derrotados por Romildo.
A pacificação política do clube, o que permitiu a nova reeleição sem uma segunda candidatura, é tida como um dos trunfos da gestão Romildo, que se orgulha também da redução das dívidas, com superávit recorde de R$ 54 milhões no ano passado.
Para a torcida, no entanto, o que mais marcou nos cinco anos foi a volta das grandes conquistas. Sob sua presidência, o Tricolor ganhou a Copa do Brasil de 2016, que acabou com uma seca de 15 anos sem troféus maiores.
O título abriu caminho para o clube vencer a Libertadores de 2017 e a Recopa Sul-Americana em 2018. Além disso, o clube levou dois Gauchões (2018 e 2019) e uma Recopa Gaúcha (2019) no período. A posse do novo Conselho de Administração será realizada em 16 de dezembro.