O jogo chama-se Winged, tem DNA gaúcho (e feminino, algo raro no mundo dos games) e acaba de chegar aos telefones celulares. Além de ser feito por mulheres, é um incentivo à leitura.
Na tela, o jogador incorpora Rute, uma menina que ama livros. A missão é superar obstáculos e adversários com pulos e voos, usando uma coleção de asas (daí o nome "Winged", de "alado"). Ao longo do trajeto, é preciso coletar páginas de livros.
A cada fase vencida (são 50 etapas, em cinco "mundos" inspirados em obras literárias), o jogo desbloqueia clássicos infantojuvenis. São dez livros, entre eles O Mágico de Oz, Dom Quixote, Peter Pan, O Pequeno Príncipe e O Menino do Dedo Verde.
É uma experiência divertida, com ação e aventura, e ao mesmo tempo educativa (sem ser chata) para as crianças — e também para os adultos.
A ideia foi desenvolvida pela porto-alegrense Druzina Content, liderada por Luciana Druzina, em parceria com a Sorora Game Studio, de São Francisco de Paula, com uma equipe majoritariamente composta por mulheres. É o primeiro jogo solo da Druzina (que já tem outros, como SILO, em coprodução com a Petit Fabrik).
O game já está disponível em português brasileiro, inglês, espanhol, alemão, francês, italiano e chinês (simplificado) e sai por R$ 4,90 nas lojas de aplicativos para Android e iOS.
Prêmios
O Winged foi vencedor de um edital (Narrativas Transmídias para Infância e Juventude de Curta-Metragem de Animação e Jogo Eletrônico) do Ministério da Cultura, em parceria com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), via Fundo Setorial do Audiovisual.
Antes de chegar às plataformas, o jogo foi apresentado em eventos (como DevCom, GDC, GamesCom, Maquinitas, Pixel Show, Tokyo Game Show e White Nights) na América Latina, China, nos Estados Unidos, na Inglaterra, no Japão e na Rússia.