A América do Sul decepcionou na Copa do Mundo da Rússia. Com as eliminações de Uruguai e Brasil nesta sexta-feira (6), para França e Bélgica, respectivamente, o título mundial fatalmente ficará com uma seleção europeia. Argentina e Colômbia haviam caído nas oitavas, e o Peru foi desclassificado ainda na fase de grupos. É apenas a quarta vez na histórias das Copas que nenhuma seleção sul-americana fica entre as quatro melhores (1966, 1982, 2006 e 2018).
A Celeste teve a melhor campanha entre os sul-americanos na Copa — foi até as quartas, assim como o Brasil, mas terminou na frente na pontuação geral. No Grupo A, conseguiu 100% de aproveitamento e não levou um gol sequer.
A estreia foi o jogo mais complicado. O gol da vitória diante do Egito, marcado por José Giménez, saiu apenas aos 44 minutos do segundo tempo.
Na segunda partida, o Uruguai novamente teve uma vitória magra. Luis Suárez marcou aos 22 do primeiro tempo e garantiu o placar diante da Arábia Saudita — o resultado também assegurou a vaga nas oitavas de final.
O terceiro jogo também foi o melhor. O Uruguai goleou a Rússia por 3 a 0, com gols de Suárez, Cheryshev (contra) e Cavani. A goleada determinou o primeiro lugar do grupo para os uruguaios, que pegam Portugal nas oitavas.
Nas oitavas de final, venceu Portugal por 2 a 1 e mandou o time de Cristiano Ronaldo para casa. Contudo, nas oitavas, parou na França. O 2 a 0 determinou a eliminação da Celeste.
A Seleção de Tite começou com leve tropeço. Até saiu na frente da Suíça com um gol de Philippe Coutinho, mas cedeu o empate para os europeus.
Na segunda rodada, o jogo também foi complicado. Mas a Seleção desencantou e marcou duas vezes nos minutos finais, com Philippe Coutinho e Neymar. A vitória também deixou a Seleção em situação confortável no grupo.
Na terceira rodada, o Brasil precisava apenas de um empate para confirmar a classificação. Mas teve a sua melhor atuação. Tranquila, marcou com Paulinho e Thiago Silva. A vitória garantiu o primeiro lugar da chave.
O Brasil fez o seu melhor jogo da Copa nas oitavas. Com gols de Neymar e Firmino, passou pelo México por 2 a 0. No entanto, a campanha chegou ao fim nas quartas de final — com uma derrota por 2 a 1 para a Bélgica.
A Colômbia sofreu, mas também conseguiu a classificação com duas vitórias na fase de grupos. Na estreia, perdeu para o Japão por 2 a 1 e viu se complicar a sua situação. Os japoneses saíram na frente com Kagawa, Quintero empatou, mas Osako garantiu o triunfo asiático.
A recuperação colombiana começou na segunda rodada. Em seu melhor jogo, goleou a Polônia por 3 a 0 com gols de Falcao García, Cuadrado e Mina. O resultado fez com que os colombianos dependessem apenas das próprias forças na rodada final.
No jogo decisivo, a Colômbia jogou mal, mas fez com um gol com Mina no segundo tempo. O resultado de 1 a 0 foi suficiente, somado à derrota do Japão para a Polônia, para colocar o time de José Pékerman em primeiro na chave.
Nas oitavas, saiu perdendo para a Inglaterra. Empatou aos 44 minutos do segundo tempo com Mina, mas foi derrotada nos pênaltis e deu adeus ao Mundial.
Os argentinos sofreram para conseguir a classificação, mas avançaram às oitavas de final. O caminho tortuoso começou com empate em 1 a 1 diante da fraca Islândia, que contou com pênalti perdido por Lionel Messi.
Na segunda rodada, a situação piorou com uma goleada de 3 a 0 sofrida para a Croácia. O resultado fez com que os argentinos dependessem de resultados para seguir na Copa.
Mas a combinação deu certo, e a bicampeã mundial chegou à terceira rodada com boas chances de classificação. Se vencesse, bastaria que a Islândia não ganhasse da Croácia — os croatas venceram por 2 a 1.
A Argentina saiu na frente da Nigéria com um gol de Messi. Chegou a levar um susto no segundo tempo ao sofrer o empate de pênalti. Mas um gol de Rojo aos 40 minutos da etapa final garantiu a vitória e a vaga.
O preço a pagar pela má campanha foi um adversário mais difícil nas oitavas: a França. Contra os europeus, a Argentina teve escancaradas as suas fragilidades e perdeu por 4 a 3. O sonho do tricampeonato acabava na segunda fase.
Os peruanos sofreram antes da Copa com a perspectiva de não ter Paolo Guerrero no Mundial. O atacante foi liberado, mas ficou no banco no jogo de abertura contra a Dinamarca. A decisão curtou caro, e os sul-americanos perderam por 1 a 0 na estreia.
Na segunda rodada, o Peru até foi competitivo, mas perdeu para a favorita França — também por 1 a 0.
Já eliminado, o Peru chegou à terceira rodada de sangue doce. Fez também a sua melhor apresentação. Com gols de Guerrero e Carrillo, bateu a Austrália por 2 a 0 e a eliminou da Copa. Terminou em terceiro lugar no Grupo C, atrás de França e Dinamarca.