El arbitro cerra el partido. El fín de un Mundial que teníamos tanta ilusión.
O locutor da TV anuncia o apito final. O Uruguai levou 2 a 0 da França e caiu nas quartas de final da Copa da Rússia. Os gols de Varane e Griezmann liquidam com mais um sul-americano.
Na Praça 33, coração de Salto, a cidade que deu ao mundo Luis Suárez e Edinson Cavani, algumas centenas de torcedores levantam-se e aplaudem.
Cabeza alta, muchachos. Como siempre, dejaron todo.
Segue o locutor. As palmas no estádio de Nizhny Novgorod e na Praça 33 refletem o orgulho dos uruguaios por sua seleção. O time, que já tinha suas limitações, ficou quase impotente com a ausência do lesionado Cavani. Sem o conterrâneo, Suárez não conseguiu brilhar.
— Parece que Suárez sem Cavani não existe. Falta-lhe algo — lamenta a torcedora Analucia Silva.
Para muchos paises, llegar a las cuartas de final es importante. Ma nosotros tenemos otra mentalidad.
Volta o som da TV. De fato, chegar às quartas pode ser motivo de comemoração para alguns países. Não para o Uruguai. Havia, mesmo, a esperança de voltar a ser campeão mundial após 68 anos. Uma geração iluminada, que começou assombrando o planeta com o quarto lugar na África do Sul, em 2010, haveria de ser premiada com o troféu.
Mas no caminho tinha a França. O time fortíssimo que havia deixado pelo caminho os sul-americanos Peru e Argentina dominou o confronto.
La Francia fue superior, es la verdad.
A superioridade foi traduzida nas reações dos uruguaios. Houve empolgação quando o time entrou em campo. Depois, todos ficaram de pé para cantar o hino. Aplausos quando Cavani apareceu sentado no banco. Mas do apito inicial em diante, a única vibração foi na cabeçada de Cáceres defendida por Lloris.
Os gols franceses foram acompanhados dos palavrões universais do futebol. E as lágrimas de Torreira ganharam palmas da plateia. Àquela altura, porém, terminava o sonho uruguaio. E também o feriado.
A vida volta ao normal no Uruguai. Ao menos até daqui a quatro anos.