Gilberto Gil não para. Em setembro e outubro passados, fez 18 shows em oito países europeus. Em novembro, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde tomará posse em março. Em junho e julho próximos, vai retornar à Europa, desta vez para uma turnê diferente: ao seu lado estará toda a família, musical ou não, pois em 26 de junho o mestre baiano comemorará 80 anos. Também estará lá uma equipe de TV liderada pelo cineasta Andrucha Waddington para produzir um reality show a ser apresentado pela Amazon. A primeira parte de Família Gil foi filmada em meados de 2021 na casa de campo construída por iniciativa de sua companheira Flora em Araras, região serrana do Rio de Janeiro. Para este ano não há previsão de disco novo, Gil ainda não tem nem ideia de como seria ele – o último, OK OK OK, de 2018, tem um certo caráter até profético. Trecho da letra da música-título: “Enquanto os ratos roem o poder/ Os corações da multidão aos prantos/ Alguns sugerem que eu saia no grito/ Outros, que eu me quede quieto e mudo/ E eis que alguém me pede: ‘Encarne o mito/ Seja nosso herói, resolva tudo’.” Mais do que propriamente uma entrevista, o que temos a seguir é uma conversa.
Com a Palavra
Notícia
Gilberto Gil: "Sempre fui otimista, sempre tive esperança"
Cinquenta anos depois da primeira entrevista longa concedida a Juarez Fonseca em ZH, o músico fala sobre o tempo e as transformações ocorridas na música e no país no período
Juarez Fonseca