Nara Leão foi fundamental para a bossa nova. Revolucionou a música brasileira com o show Opinião. Revelou Chico Buarque e, com ele, brilhou nos festivais com A Banda. Mais do que isso: Nara rompeu preconceitos, comprou brigas, confrontou a ditadura e abriu caminhos para as mulheres de sua geração, tudo isso sem alterar o tom de voz. No dia 19 de janeiro, ela completaria 80 anos.
A história, o talento e a personalidade da cantora são mostrados na série documental O Canto Livre de Nara Leão, que estreia nesta sexta-feira (7) no Globoplay. Dirigido por Renato Terra e produzido pelo Conversa.doc, o projeto entrevista pessoas que conviveram com a artista e traz uma robusta pesquisa de imagens, fotos e arquivos — muitos inéditos, como documentos da ditadura que foram descobertos recentemente.
Dividida em cinco episódios, a série mostra as diversas fases da artista, na música e na vida íntima. Para além da indiscutível contribuição musical, será possível descobrir quem era Nara Leão.
— Nara foi uma cantora brilhante. Mas sua importância não se resume à música. Suas entrevistas, muitas vezes, pautavam as conversas em todo o país — afirmou Terra em material distribuído à imprensa. — Com inteligência e delicadeza, Nara sempre fez o que quis na sua arte e na sua vida pessoal. Na maneira de vestir, de contestar, de falar, de se impor. Quis trazer esse jeito suave e contundente da Nara para ajudar a contar essa história.
O primeiro episódio mostra as origens da bossa nova, revelando o que acontecia no famoso apartamento de Nara em Copacabana. O segundo apresenta uma Nara que já não tem nada de bossa nova: é quando começa a desenvolver sua consciência política. A parceria com Chico Buarque é tema do terceiro capítulo. Já no quarto, aparece a Nara transgressora, que rompe preconceitos ao gravar disco com músicas de Roberto e Erasmo. O último episódio fala sobre afetos, mergulhando na intimidade.
Mais dicas
Boas vibrações com Natiruts
O grupo Natiruts, com mais de 25 anos de estrada, retorna a Porto Alegre nesta sexta-feira com o show Good Vibrations - Vol. 1, apresentado a partir das 21h no palco do Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 685). Os ingressos estão à venda pelo Sympla, de R$ 90 a R$ 380. Sócios do Clube do Assinante têm direito a 50% de desconto na sua entrada e na de um acompanhante.
Uma animação musical
No filme de animação Sing 2, de Garth Jennings, em cartaz nos cinemas, o coala Buster Moon tem a missão de apresentar uma performance grandiosa e extravagante na cidade mundial do entretenimento, Redshore. Para isso, precisa dar um jeito de convencer o astro do rock recluso Clay Calloway a voltar a se apresentar após anos sem subir nos palcos. O elenco de dubladores nacionais conta com Paulo Ricardo, Fábio Jr., Sandy e Wanessa Camargo, entre outros.
Estreia cotada ao Oscar
Dirigido por George Clooney a partir de roteiro assinado por William Monahan, o filme Bar Doce Lar chega nesta sexta ao catálogo da plataforma de streaming Amazon Prime Video. Adaptação do livro autobiográfico homônimo de J. R. Moehringer, o longa narra a infância e a adolescência do escritor, interpretado quando criança por Daniel Ranieri e, na fase adulta, por Tye Sheridan.
Figura igualmente importante na trama é Charlie, tio de Moehringer que ocupou o lugar paterno na vida do autor, sobrepondo-se ao pai dele, ausente e violento. O personagem é interpretado por Ben Affleck, que, apesar de desempenhar um papel coadjuvante, vem recebendo elogios da crítica e já aparece entre os cotados para o Oscar.
Aposentadoria negada
Não é desta vez que John Wick (Keanu Reeves) vai se aposentar. No segundo filme da franquia, Um Novo Dia para Matar — exibido nesta noite pela RBS TV, após Um Lugar ao Sol —, o matador profissional até tenta voltar para a vida pacata que estava levando antes do assassinato de sua beagle Daisy — que motivou o retorno à matança no primeiro longa —, mas a aparição do mafioso Santino D’Antonio (Riccardo Scarmacio) adia os planos de sombra e água fresca do protagonista.