O consórcio RAC - Arquibrasil ganhou mais tempo para decidir sobre a retomada da revitalização da Usina do Gasômetro. As obras estão paradas desde outubro, quando os trabalhadores foram demitidos pelas empresas.
No último dia 20, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) notificou os responsáveis pela revitalização. Eles deveriam, enfim, informar se vão ou não retomar os trabalhos. O prazo vencia na sexta-feira passada (27).
Porém, a secretaria concedeu mais sete dias de prazo para que as empresas se manifestem. Elas têm até o final desta semana para informar quando recomeçam as obras e precisarão apresentar também um cronograma dos trabalhos restantes.
O secretário André Flores tem confiança que os serviços serão retomados nos próximos dias. Porém, caso o consórcio não se pronuncie, a secretaria irá iniciar o processo de apuração de penalização e será analisada a possibilidade de contratação emergencial para realizar as obras.
A coluna procurou o consórcio para que se manifestasse. Até o momento não foi dado retorno sobre as intenções das empresas.
As empresas precisarão realizar as intervenções necessárias para atender os objetivos da Bienal do Mercosul, que usará parte da Usina entre setembro e novembro. Neste período, a reforma para novamente e só é retomada ao final do evento.
Após a volta aos trabalhos, o consórcio realizará as intervenções necessárias e o contrato será encerrado, sem que ainda seja possível voltar a usar a Usina. Faltarão, então, a parte elétrica, algumas intervenções hidráulicas e serviços nos espaços do teatro e do cinema, que ficarão pendentes.
Em fevereiro, a prefeitura e as empresas haviam chegado num consenso. Um aditivo foi aprovado indicando que o contrato sofreria reajuste e a maior parte dos trabalhos restantes seria retomada em abril.
Segundo este último aditivo, as empresas não executariam a reforma da parte elétrica, que seria realizada a partir de uma nova licitação. A retirada deste item permitiu reajustar o contrato no valor máximo permitido, atualizando as necessidades atuais da revitalização.
Sobre a nova licitação, Flores descarta realizá-la seguindo como base o atual projeto executivo. Atualmente, há uma sindicância dentro da prefeitura para analisar os erros e responsabilidades pelas falhas que ocorreram até agora.
A Usina do Gasômetro está fechada desde novembro de 2017, por causa da falta de atualização de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). A recuperação da Usina tem hoje 45% dos serviços executados.
O valor da obra subiu para R$ 16,33 milhões, o que representa um reajuste de 42,65% em relação ao proposto inicialmente. O contrato havia sido assinado em novembro de 2019, ao custo R$ 11,44 milhões, e foi reajustado em janeiro de 2021, quando passou para R$ 13,97 milhões.
A revitalização começou em janeiro de 2020. Os serviços deveriam ter sido finalizados em março de 2021. Essa é uma das 21 obras que o prefeito Sebastião Melo determinou como prioritárias.