As duas semanas que passaram foram de discussões dentro do governo do Estado sobre o plano de concessões envolvendo as rodovias do bloco um, que serão repassadas para a iniciativa privada. Dentro desta lista estão estradas como a RS-020, a RS-040, a RS-115, a RS-235, a RS-239 e a RS-118.
Sobre essa última rodovia, o Palácio Piratini enfrenta resistência até de aliados sobre a intenção de instalar uma praça de pedágio entre Gravataí e Viamão. O governo gaúcho já havia admitido que planejava uma alternativa, a fim de angariar adeptos entre prefeitos, parlamentares e empresários.
A coluna teve acesso a esse plano B. Ele ainda não é admitido pelo governador Ranolfo Vieira Júnior ou pelo secretário extraordinário de Parcerias, Leonardo Busatto, mas está em análise.
A instalação da praça de pedágio é algo que o Palácio Piratini não abre mão. Ela segue nos planos. Ela é projetada para o trecho de pista simples.
Porém, o governo avalia investir na mais importante obra da rodovia: a duplicação de 15 quilômetros, entre Gravataí e Viamão. Pelos cálculos atuais, os serviços seriam executados por aproximadamente R$ 110 milhões.
Se esse valor for retirado do contrato de concessão, há a expectativa de que a tarifa do pedágio a ser paga pelos usuários da rodovia seria menor. Com os valores arrecadados, a nova administradora da rodovia faria a manutenção do da rodovia, desde Sapucaia do Sul até Viamão, além de executar as demais obras previstas.
O governo do Estado já está realizando uma avaliação interna. Quando ela for concluída deverá ser apresentada a proposta aos prefeitos, parlamentares e empresários.
Aliás, essa não será a primeira obra para a RS-118 que o governo pretende fazer antes de entregá-la para a concessão. Recentemente, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) assinou contrato para início da construção de um viaduto na rodovia.
O lançamento da concessão do bloco um está hoje pendente por causa da definição da RS-118. Em junho de 2021, quando apresentou o plano de concessões, o governo projetou que o pedágio custaria entre R$ 5,54 e R$ 7,39 - dependendo da proposta da empresa vencedora.