O último, e mais polêmico dos três blocos de concessões de rodovias estaduais, deverá ter o edital publicado em fevereiro. Ele envolve a RS-020, a RS-040, a RS-115, a RS-118, a RS-235, a RS-239 e a RS-474.
O conselho gestor de concessões e PPPs do governo gaúcho ainda avalia as alterações que o edital sofrerá. Mesmo assim, de acordo com o secretário extraordinário de Parcerias, Leonardo Busatto, a definição ocorrerá em 30 dias.
Uma das mudanças que está sendo analisada envolve a instalação de praça de pedágio no trecho de pista simples da RS-118, em Gravataí. O governo defende que a medida permitirá a duplicação de 21 quilômetros da rodovia até Viamão. Além disso, seria possível realizar as manutenções necessárias no trecho duplicado, entre Sapucaia do Sul e Gravataí.
Porém, o descontentamento tem chamado a atenção. Envolve empresários e até deputados da base aliada.
Integrantes do Movimento RS 118 Sem Pedágio e da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), citam também o grave problema social que será criado com "a fuga de investimentos da região e a formação de um cinturão de pobreza". O grupo se reuniu na semana passada com o governador Eduardo Leite e chegou a dizer que abre mão da duplicação se a obra vier apenas com pedágio.
Demais leilões
Já se passaram seis meses desde que o governador Eduardo Leite anunciou o plano de concessão de 15 rodovias estaduais. A intenção é repassar o controle de 1.131 quilômetros para a iniciativa privada pelos próximos 30 anos.
Os investimentos foram divididos em três blocos. O primeiro deles pode ter o edital publicado ainda nesta semana. Ele envolve a RS-122 e a RS-446, na serra, e um trecho da RS-287 - mais próximo da BR-386 -, não incluso no primeiro leilão.
O segundo bloco teve o edital encaminhado na semana passada para avaliação dos conselheiros da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). Nele estão a RS-129, a RS-130, a RS-135, a RS-324 e a RS-453.