As boas notícias que envolveram a Usina do Gasômetro nas últimas semanas trouxeram um alento para quem pretende ver o espaço reaberto. Lá se vão quatro anos e seis meses desde que o prédio às margens do Guaíba está fechado.
E, atualmente, não há qualquer previsão de quando ele poderá ser reaberto. A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) vem conduzindo as negociações com o consórcio de empresas RAC-ARQUIBRASIL, responsável pela obra.
Em fevereiro, um novo termo aditivo foi firmado entre as partes. Na ocasião, se definiu que as empresas não executariam a reforma da parte elétrica, que seria realizada a partir de uma nova licitação. Essa nova contratação seria realizada concomitante às obras.
A retirada deste item permitiu reajustar o contrato no valor máximo permitido, atualizando as necessidades atuais da revitalização. Inclusive, a previsão era que os serviços seriam retomados em abril, o que ainda não ocorreu.
De acordo com o secretário André Flores, quando a reforma for retomada, serão realizadas as primeiras intervenções, a fim de atender as necessidades da Fundação Bienal do Mercosul, que usará a Usina entre setembro e novembro - período que as obras serão novamente suspensas.
Após a volta aos trabalhos, o consórcio realizará as intervenções necessárias e o contrato será encerrado. Faltarão, então, a parte elétrica, algumas intervenções hidráulicas e serviços nos espaços do teatro e do cinema que ficarão pendentes.
Sobre a nova licitação, o secretário descarta realizá-la seguindo como base o atual projeto executivo. Atualmente, há uma sindicância dentro da prefeitura para analisar os erros e responsabilidades pelas falhas que ocorreram até agora.
- Iremos concluir a obra com a RAC-ARQUIBRASIL, de forma que a Usina fique funcional, pois ali já foram investidos alguns milhões de dinheiro público. E a partir daí será feita uma análise do que podemos concluir. Uma nova licitação pressupõe ter um projeto correto - avalia Flores.
A recuperação da Usina tem hoje 45% dos serviços executados. O valor da obra subiu para R$ 16,33 milhões, o que representa um reajuste de 42,65% em relação ao proposto inicialmente. O contrato havia sido assinado em novembro de 2019, ao custo R$ 11,44 milhões, e foi reajustado em janeiro de 2021, quando passou para R$ 13,97 milhões.
A revitalização começou em janeiro de 2020. Serviços deveriam ter sido finalizados em março de 2021. Essa é uma das 21 obras que o prefeito Sebastião Melo determinou como prioritárias.