A Usina do Gasômetro estará ainda mais integrada à 13ª Bienal do Mercosul. O evento será realizado em Porto Alegre entre os meses de setembro e outubro.
Depois de autorizar o uso da parte da frente da Usina - chamada de nave - e também o mezanino, a prefeitura permitirá que o evento amplie a sua atuação no local. Após uma inspeção realizada na famosa chaminé, a estrutura também será cenário da Bienal.
De acordo com o secretário municipal da Cultura (SMC), Gunter Axt, e o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, (Smoi), André Flores, a ideia é projetar no interior da chaminé uma luz em direção ao céu. Se você lembrou de Gotham City e o sinal que a polícia usava para chamar o Batman, é daí mesmo que vem a inspiração.
Porém, na parte superior da chaminé existem cabos dispostos em X. Lembra deles? Falamos sobre esse mistério há aproximadamente um ano.
Desvendamos o que era. E eles seguem lá. Aliás, eles estão no topo da chaminé desde desde 2011. Ao se projetar a luz por dentro dela, esses cabos poderão atrapalhar o efeito pretendido. A Fundação Bienal chegou a solicitar a retirada desses cabos, mas, em conversa com a prefeitura houve a combinação de não retirá-los.
Procurada, a Fundação Bienal do Mercosul preferiu não se manifestar neste momento. A entidade espera receber as confirmações técnicas para o uso antes para depois trazer mais detalhes sobre essa iniciativa.
Já sobre as obras na parte da frente da Usina, as melhorias necessárias serão realizadas pelo consórcio de empresas RAC-ARQUIBRASIL. A Smoi vem conduzindo as negociações para a retomadas dos trabalhos no local, que estão parados desde outubro.
Segundo o secretário André Flores, uma reunião com o consórcio será realizada para marcar a data de reinício das obras e entrega antes da realização do evento. Depois de quatro meses de negociações, a prefeitura de Porto Alegre e as empresas assinaram um novo termo aditivo. O prédio histórico está perto de completar cinco anos fechado.
A Bienal
Além da Usina, a Bienal deste ano terá obras espalhadas em lugares como Fundação Iberê Camargo, Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Memorial do RS, Farol Santander, Instituto Caldeira, Paço Municipal e Instituto Ling.
Faixa polêmica
A última vez que a chaminé da Usina foi usada foi em 2018. Uma faixa publicitária foi colocada pela empresa patrocinadora da festa de Ano-Novo, o que causou polêmica.