Quem passa pela frente da Usina do Gasômetro já se acostumou com os tapumes ocasionados pela recuperação pela qual o prédio de 1928 está passando. Porém, nesta semana, foi possível ver um novo ângulo de um dos tradicionais pontos turísticos de Porto Alegre.
Na terça-feira (18), o repórter fotográfico Lauro Alves, da Agência RBS, usou um drone para capturar imagens da região por causa da abertura das portas do projeto Embarcadero. Por estar do lado da área em questão, a Usina também foi registrada lá do alto.
Em uma das imagens é possível ver a boca da chaminé. Nela, duas cordas (ou cabos) em formato de "x" são identificados.
Poderia ser alguma recuperação que a chaminé, de 101 metros de altura, estava passando. Afinal, ela é de 1937 e a Usina do Gasômetro está sendo reformada. Porém, ela não foi incluída na restauração, conforme informou a prefeitura.
A partir daí, três secretarias foram procuradas para saber ao certo do que se tratava: Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), Secretaria da Cultura (SMC) e Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamums). Todas não sabiam ao certo que tipo de intervenção ocorrera.
Uma das hipóteses levantadas pela Smoi é que tenha ocorrido um contraventamento. Isso é um sistema de proteção que as edificações passam para as proteger da ação do vento. Barras são colocadas na estrutura para reduzir ou impedir deslocamentos e dar estabilidade.
Não se sabe exatamente quando este sistema foi instalado ou se sempre esteve ali. Nos registros da Usina não foram encontradas explicações.
Outra hipótese é que as cordas poderiam ser de equipamentos de rapel, pois em 2018 a chaminé recebeu uma faixa publicitária como contrapartida pelo investimento feito na festa de fim de ano da orla.
No dia 31, técnicos da Secretaria da Cultura vão vistoriar a chaminé. A intenção é buscar explicações sobre este "x" misterioso.