A Usina do Gasômetro será reaberta temporariamente. O prédio histórico está perto de completar cinco anos fechado.
Recentemente, a prefeitura de Porto Alegre recebeu uma solicitação da Fundação Bienal do Mercosul. A ideia é usar parte da estrutura para receber a 13ª edição do evento.
As obras ainda não foram retomadas. E elas não são tão fundamentais para a realização da Bienal. A intenção dos organizadores do evento é poder utilizar apenas a parte frontal do prédio, chamada de nave, e também o mezanino.
Seria necessário, então, realizar intervenções pontuais. Dessa forma, seria possível garantir uma ocupação adequada para os objetivos da Fundação. As demais partes em obras seriam fechadas internamente por tapumes. Segundo o curador geral Marcello Dantas, com o que já foi feito até o momento pela prefeitura, além de limpeza do espaço, já é possível realizar a exposição no local.
- É realmente um sonho termos parte das obras da Bienal instaladas neste ponto tão importante da cidade, e ver a Usina integrar os espaços expositivos nestes 25 anos de evento e nos 250 de Porto Alegre - comemora a presidente desta edição, Carmen Ferrão.
A Bienal deste ano terá obras espalhadas em lugares como Fundação Iberê Camargo, Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Memorial do RS, Farol Santander, Instituto Caldeira, Paço Municipal e Instituto Ling. A mostra solicitou uso de parte da Usina do Gasômetro para o evento em setembro. Ainda não foi definida qual obra ocupará o local.
- A gente garantiu para a Bienal o espaço da Usina para acolher uma parte da exposição. Serão disponibilizados a nave e o mezanino. O restante estará fechado - informa o secretário municipal da Cultura, Gunter Axt.
Segundo Axt, as obras serão executadas pelo consórcio de empresas RAC-ARQUIBRASIL. O assunto está sendo tratado também pelo secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Silva Flores.
A revitalização da Usina está parada desde outubro. Depois de quatro meses de negociações, a prefeitura de Porto Alegre e o consórcio de empresas RAC-ARQUIBRASIL assinaram um novo termo aditivo.
A expectativa era que a retomada dos trabalhos ocorresse no mês de abril, mas ainda não há movimentação neste sentido. Dessa forma, a entrega da reforma não deverá estar pronta até novembro, último prazo que havia sido divulgado pela prefeitura.