
Nesta quinta-feira (9), a construtora OAS se comprometeu a quitar as dívidas pelas obras do entorno da Arena do Grêmio. A promessa foi feita em reunião que contou com a participação de representantes da prefeitura de Porto Alegre, Ministério Público, Grêmio e demais empresas envolvidas.
Os valores ainda não são conhecidos. Em decisão anterior, a Justiça estipulou que o montante devido é de R$ 44 milhões.
O cálculo atualizado está sendo feito pela prefeitura de Porto Alegre, que também apresentou outra dívida que está em aberto pela empresa. A OAS deve R$ 33,6 milhões. A maior parte do montante - R$ 25 milhões - é correspondente ao Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Outros R$ 8 milhões são devidos em Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
O dinheiro deve vir do terreno que a OAS 26 - empresa do grupo Coesa, que comprou a parte imobiliária da OAS - tem no estádio Olímpico. A área engloba o terreno do antigo posto de combustível, do campo suplementar, da área do Largo dos Campeões e parte do estádio.
A prefeitura receberia o terreno e escolheria como financiaria as obras do entorno da Arena, paradas desde 2015. Em troca, o município precisaria conceder o Habite-se das torres do condomínio Liberdade, já erguidas, e autorizar a construção de mais 11 torres na região.
O Grêmio acompanha as negociações. Porém, o Tricolor só deverá concordar se a OAS quitar as dívidas que ainda têm pela construção da Arena.
Dos R$ 226,39 milhões devidos, o Grêmio tem a receber em torno de R$ 75 milhões. Os R$ 151 milhões restantes precisam ser pagos para a Reag, empresa responsável pela SDG II Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados.
Por enquanto, a OAS, ou novas empresas que assumiram os negócios da construtora, ainda não se manifestaram sobre como pretendem liquidar essa dívida.