
Único clube brasileiro a ser sede de três Copas do Mundo, o Internacional já avalia as adequações pelas quais o estádio Beira-Rio precisará passar para receber o evento feminino, que será realizado em 2027. Uma necessidade já identificada é a realização de "pequenas reformas".
Segundo o vice-presidente do Colorado, Victor Grunberg, as obras serão definidas em conjunto com a Federação Internacional de Futebol (Fifa). Mas a conta não será paga pelo Internacional.
— Em breve será realizada uma nova vistoria com todas as cidades e estádios escolhidos. Nessa visita, a Fifa virá com um comitê robusto e serão acertados todos detalhes de ajustes a serem realizados e cronogramas. Tendo essas informações, a Fifa irá definir a quantidade de jogos por cidade. Todas melhorias e ajustes necessários não serão arcados pelo clube — destaca Grunberg.
Inaugurado em 1969, o Beira-Rio passou por uma grande reforma para receber a Copa de 2014. No projeto denominado Gigante para Sempre, as obras de remodelação dentro das exigências da Fifa iniciaram em março de 2012 e duraram cerca de dois anos. Foi uma parceria entre o clube, a empreiteira Andrade Gutierrez e financiamento federal, com o custo de mais de R$ 300 milhões.
Sobre a necessidade de se realizar a instalação de estruturas temporárias ao redor do Beira-Rio, o vice-presidente destaca não haver nada previsto. As instalações foram montadas para a realização da Copa do Mundo de 2014.
Em 2016, o Ministério Público ingressou com ação civil pública cobrando a entidade e o Inter. Os promotores pediam ressarcimento aos cofres do Estado de R$ 22,128 milhões referentes aos gastos com estruturas temporárias no Estádio Beira-Rio, durante a Copa do Mundo de 2014.
Também não há previsão de investimento obrigatório que a prefeitura de Porto Alegre precisará realizar na cidade. Para o evento masculino, mais de uma dezena de obras foram prometidas pela administração municipal.
— É diferente da COPA de 2014, que tinha obras. No catálogo que assinamos em 2023, o foco é o empoderamento feminino e sustentabilidade. Mas agora vamos ter reuniões para alinhar e saber as obrigações do município — informa a titular da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo Feminina de Futebol 2027, Débora Garcia.