O ano de 2023 começou para o Juventude há bastante tempo. Com trocas na diretoria, no departamento de futebol e na comissão técnica, o clube passa por reformulação para entrar forte na próxima temporada. O futuro próximo do Verdão é de definição quem fica e quem sai no elenco rebaixado para a Série B e, principalmente, de contratações para montagem do grupo de jogadores. Esse processo ganha força com a chegada do técnico Celso Roth.
Fora de campo, uma certeza. O rebaixamento para a Segunda Divisão nacional implica num futuro com queda de receitas. O orçamento deste ano chegou em torno de R$ 80 milhões. Em 2023, esse valor pode cair para menos de R$ 20 milhões. Com isso, automaticamente o investimento no futebol será menor também. Criatividade e assertividade serão fundamentais para a montagem do elenco para a disputa do Gauchão, Copa do Brasil e Série B.
A boa notícia para o futuro alviverde é que, mesmo com a queda de orçamento e de receitas, o clube está equilibrado financeiramente. O caixa está aperto, mas o Verdão não sairá da Série A endividado.
— O futuro é melhor do que tivemos no passado, porque o clube está mais organizado. Recebemos o clube muito diferente do que estava há quatro ou cinco anos atrás. Várias direções vieram organizando o clube e deixar pronto para voltar a Série A. Nosso objetivo é fazer um bom Gauchão, uma boa Copa do Brasil e voltar à Série A — vislumbrou Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude.
O futuro alviverde passa pelo novo mandatário e também pelas mudanças no departamento de futebol. Júnior Chávare foi contratado para ser o executivo de futebol. Além disso, existe um comitê gestor formado por Almir Adami, Luis Carlos Bianchi e Jones Biglia. Todos eles terão a responsabilidade de montar o elenco para 2023. Celso Roth foi contratado para ser o treinador na próxima temporada.
Do atual elenco, existe a intenção de manter alguns jogadores, mas a grande maioria não permanecerá para a próxima temporada. Os goleiros Pegorari, César e William, os volantes Pará e Jean Irmer, os meias Rafinha e Gabriel Tota, e os atacantes Weliton e Ruan, todos têm contrato para a próxima temporada.
O lateral-direito Paulo Henrique tem contrato até o final do Gauchão. Os jogadores oriundos da base, caso não tenham propostas financeiras vantajosas, permanecem. Já os demais do grupo de jogadores estão em avaliação na reta final do Brasileirão.
— O planejamento já começou há algum tempo. Estamos avaliando o elenco. Todo o clube passa por uma avaliação. Agora, com o rebaixamento decretado, precisamos reduzir nossos custos e ver dentro do elenco quem realmente pode continuar para o ano que vem, não só valores, mas na parte técnica também — finalizou Pizzamiglio.
Além disso, o clube está preparado para receber investidores no modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Após processo de discussão interno na diretoria executiva, o Conselho de Administração e Conselho Deliberativo, o Verdão está pronto para quando surgir alguma proposta.
