É na fronteira que as facções criminosas da região metropolitana de Porto Alegre viabilizam as compras no mercado da morte e adquirem as armas responsáveis por centenas de assassinatos. O que poucos conhecem é o caminho deste arsenal até as vítimas e, também, como o poder resultante dessa demonstração de força é revertido em dinheiro, investimentos legais, como compra de imóveis, frotas de carros de luxo e segurança para os criminosos.
Nesta série de reportagens, o Grupo de Investigação da RBS (GDI) mostra como quatro policiais foram responsáveis por fornecer 423 pistolas e fuzis às principais organizações criminosas gaúchas. A investigação jornalística prova que o armamento é comprado, inclusive, legalmente em lojas, e depois revendido a atravessadores, que os enviam por mais de 500 quilômetros até as principais facções: Os Manos, Bala na Cara e Os Abertos.
O caminho foi refeito por repórteres do GDI, que percorreram mais de mil quilômetros na fronteira para mostrar como continua fácil adquirir armas e munições nos países vizinhos. Razão pela qual o Rio Grande do Sul responde por 20% das 6.825 armas apreendidas nas fronteiras brasileiras desde 2013 (só fica atrás do Mato Grosso).
Leia as reportagens da série:
Reportagem do GDI mostra como quatro policiais do país vizinho foram responsáveis por fornecer 423 pistolas e fuzis às principais organizações criminosas do Rio Grande do Sul. A investigação jornalística prova que o armamento é comprado, inclusive, legalmente em lojas, e depois revendido a atravessadores, que os enviam por mais de 500 quilômetros até os principais grupos criminosos gaúchos: Os Manos, Bala na Cara e Os Abertos. Leia a reportagem completa.
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No dia 24 de julho, Polícia Civil e Brigada Militar realizaram uma das maiores ofensivas contra a interiorização de facções metropolitanas gaúchas. Foram presas 45 pessoas no noroeste do Estado, ligadas a “Os Manos”. A investida dos policiais comprova o que o GDI constatou, num giro pelo Interior: o crime organizado com matriz metropolitana cada vez mais exibe tentáculos na fronteira com o Uruguai e Argentina. Leia a reportagem completa.
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Lancherias, restaurantes, casas noturnas, produtoras, revendas de carros,transportadoras, estacionamentos, salas comerciais, mercados, lojas de roupas, prédio residencial, açougues, táxis e até posto de combustível. É longa e variada a lista dos negócios em que traficantes têm investido o dinheiro da venda de drogas com a finalidade de fazê-lo circular e ter aparência de lícito. Leia a reportagem completa.
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Durante pelo menos três anos, um pelotão composto por 13 policiais militares formou um bando, apelidado por eles mesmos como "A Firma", dedicado a prestar serviços criminais para facções de Porto Alegre. O grupo é ligado ao 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM), com sede no bairro Restinga e atuação em todo o extremo sul da capital gaúcha. Eles se dedicavam a revenda de armas e drogas para traficantes, além de repassarem informações confidenciais. Leia a reportagem completa.