Série de reportagens do Grupo de Investigação da RBS (GDI) mostra como quatro policiais foram responsáveis por fornecer 423 pistolas e fuzis às principais organizações criminosas gaúchas. A investigação jornalística prova que o armamento é comprado, inclusive, legalmente em lojas, e depois revendido a atravessadores, que os enviam por mais de 500 quilômetros até as principais facções do Estado.
A reportagem mostra como comprar arma no Uruguai é fácil, mas não adquiriu o armamento.
Contrapontos
O que disse o policial Juan Morales Castrillón:
Na Justiça, declarou ter comprado legalmente as armas para revendê-las e admitiu saber que o comprador era relacionado a narcotraficantes brasileiros. Ele disse que tentou desistir das compras, mas foi ameaçado.
O que disse o policial Washington Oribe Rodriguez Pereira:
Na Justiça, admitiu ter feito compras de armas em Montevidéu para um conhecido quadrilheiro e contrabandista uruguaio. Ele nega ter feito contrabando.
O que diz Juan José Arocena Fernandez:
A defesa não foi localizada. Em juízo, admitiu que comprava armas, mas não sabia que seriam revendidas a criminosos.