Para além de listar metas para os próximos 12 meses, é época de olhar para trás e avaliar o que 2021 ensinou. Um ano difícil, mas que também deixa aprendizados importantes como legado, como contam algumas das mulheres que estamparam nossa capa desde o último janeiro.
Menos autocobranças, mais tempo para a família, um olhar ainda mais empático para os outros: esses são alguns dos desejos das nossas entrevistadas de 2021, que abriram o coração para ajudar você a entrar no novo ano com suas prioridades em dia.
E você, o que deseja para 2022? Leia os depoimentos e inspire-se!
- edição de 9 e 10 de janeiro
"Em 2021, aprendi a importância da vulnerabilidade. De como amar dá medo, crescer dá medo, ousar profissionalmente dá medo, mas que isso é um sinal de que estamos vivendo intensamente. Em 2022, espero colocar em prática projetos que estão guardados. Espero equilibrar melhor o tempo com minha família e meus amigos".
- edição de 16 e 17 de janeiro
"Em 2021, aprendi sobre resiliência e empatia. Para 2022, espero ter ainda mais resiliência e mais empatia".
- edição de 6 e 7 de fevereiro
"Em 2021, aprendi que uma pandemia não é desculpa para não tentarmos criar impacto com nossas ações, que distâncias podem ser invisíveis quando existe vontade, que uma palavra de encorajamento vale mais do que mil derrotas. Que a minha saúde e bem-estar e as pessoas que amo devem ser as prioridades número 1. Em 2022, quero poder usar a minha arte para gerar mudanças mais rápidas na indústria musical e ver mais mulheres recebendo merecido reconhecimento. Continuar sonhando sonhos que muitas pessoas podem chamar de impossíveis e a inspirar pessoas no meu caminho".
- edição de 20 e 21 de março
"Nunca tivemos, como nestes dois anos, a consciência de nossa vulnerabilidade física e a fortaleza dos vínculos afetivos, solidários. Portanto, minhas decisões são todas no sentido de cultivar e fortalecer as relações com a família, os parentes, os amigos, os colegas, os afins e os nem tanto".
- edição de 15 e 16 de maio
"Em 2021, aprendi a ter resiliência, a ter estratégia, a valorizar meus estudos e práticas e fazer bem o meu trabalho junto com uma equipe em que confie. Para 2022, pretendo colocar em prática tudo isso e buscar fazer shows cada vez mais antenados e generosos para o público brasileiro. Nós, artistas populares do Brasil, precisamos ter muita empatia com o nosso povo. Dar o nosso melhor, levando beleza, alegria, verdade e carinho para onde pudermos".
- edição de 15 e 16 de maio
"Em 2021, engravidei do meu segundo filho e aprendi um novo tipo de coragem: a de pedir ajuda. A coragem de não dar conta. A coragem de olhar para dentro e fazer as pazes comigo mesma: não consigo sozinha. E por que me cobrei durante tantos anos de conseguir? Essa pergunta não tem resposta, e mesmo assim ela me dá uma certeza: em 2022, estarei rodeada de apoio para viver cada vez mais o meu propósito como madrasta, como mãe e, especialmente, como mulher. Não pretendo ser perfeita, pretendo apenas ser de verdade".
- edição de 19 e 20 de junho
"Aprendi em 2021 que a vida nada mais é do que o elo de cooperação e coletividade onde os sonhos e perspectivas vem atreladas em um laço só. E desejo que as resoluções de 2022 sejam exatamente o que aprendemos com 2021: resistência, resiliência, cooperação e coletividade! Adelante e muita saúde e axé!"
- edição de 14 e 15 de agosto
"2021 foi um ano muito tenso. Mas ajudou para consolidar a consciência de cuidados que teremos que continuar tendo em 2022. Revacinação, uso de máscaras, entre outras coisas…Outro ensinamento é menos exigência consigo e com os outros. A vida precisa ser alegre, seja do jeito que for".
- edição de 21 e 22 de agosto
Gilda de Mello
"Ah, 2021, o que restou dele? Foi um ano de aprendizados, realmente: aprender a ser mais paciente, a acreditar nas coisas novas que se apresentam (às vezes estranhas, mas atuais). A se adaptar às novidades, aos novos costumes, mas sem esquecer os antigos, como renascer dentro de uma bolha, como se reinventar e, por fim, não perder nunca a esperança, a crença, a forma de cada dia encontrar algo em você que se enriqueça! Oba! Alvíssaras! Lá vem 2022! E agora, fazer o quê? O que venho fazendo: continuar a viver... Com novos projetos, novas formas de encarar as coisas, com expectativa de renovação em todos os segmentos, no mundo, no Brasil, na vida! Que o mundo entenda que, se não cuidarmos do todo, ninguém terá paz. Espero que o mundo todo tenha vacina e que consigamos controlar essa pandemia que já nos tirou tantas vidas amadas".
Helena Wiechmann
"Nunca tinha vivido uma pandemia e tomei consciência de que temos que pensar no outro sempre. Para 2022, honestamente não pensei, mas não tenho grandes ambições e planos. Tudo que vier eu topo".
Sônia Bonetti
"O ano de 2021 foi bastante sofrido, e para alguns infinitamente mais do que para outros, é bom lembrar. Aprendi a exercitar minha paciência e bom humor e me senti realizada por continuar nosso trabalho, mesmo que virtualmente. Espero, para o próximo ano, que continuemos com nosso trabalho contra os preconceitos e posições constrangedoras contra raças, religiões, sexo etc. E, principalmente, contra o preconceito ao velho, que, afinal de contas, é o nosso lugar de fala. Vamos tirar o velho da cristaleira, ora se vamos!"
- edição de 28 e 29 de agosto
"Foi um ano no qual aprendi sobre fé, resiliência e coletividade. Quase perdi a minha mãe para a covid. Precisei de fé para compreender a perda da minha tia e do meu primo. É preciso resiliência para seguir em frente. Aprendi que até podemos chegar em algum lugar sozinhos, mas quando vamos na coletividade podemos ir mais longe. Assim que vamos superar esse período difícil, com empatia".
- edição de 4 e 5 de setembro
"Aprendi que sou capaz e que tenho habilidade para fazer muitas coisas. Aprendi a cozinhar melhor, aprendi que posso fazer coisas que não fazia antes, desde trocar uma lâmpada até emassar minha parede. Aprendi a economizar, a sobreviver, que a família e os amigos são o que realmente importa. Você vê quem é amigo mesmo em uma época como essa. Estar feliz é o mais importante, seja como for, então minha resolução é procurar a felicidade. Tem a minha idade, você não aceita mais o que não quer. Ser feliz é me alimentar bem, ter paz, tranquilidade, fazer o que gosto, estar com as pessoas de que gosto, não me forçar a nada, me cuidar, poder ter tempo para curtir mais a família. Estou muito unida com minha filha e meus netos. Minha resolução é continuar assim, unida com eles e sempre procurar ser feliz. Bem simples e bem difícil".
- edição de 18 e 19 de setembro
"2021 foi um ano de muita reflexão sobre finitude, de entender que tudo vai passar, vai acabar. Assim como a vida, os sentimentos ruins, tudo isso que a gente está vivendo, esse período de trevas vai passar. Para 2022, a resolução é de que eles passarão e nós passarinho. A arte, a cultura, como fênix, vão ressurgir das cinzas, mais fortes do que nunca, para reinar absolutas".
- edição de 25 e 26 de setembro
"Aprendi que preciso ouvir mais as pessoas e entender o lado delas. A gente está sempre falando muito, mas não consegue ouvir um ao outro. É importante ouvir o outro, ter empatia pelo outro, entender a história do outro. Minha resolução para 2022 é poder ter mais tempo para mim, para poder me entender e me conectar comigo mesma".
- edição de 30 e 31 de outubro
"Aprendi que temos que acordar todos os dias e agradecer três ou quatro vezes. Pela vida, pelo ar, por estarmos aqui. Aprendi a ganhar mais resiliência, e, quando não encontro, busco. As resoluções para 2022 são descansar mais, ser mais otimista".
- edição de 6 e 7 de novembro
"O trabalho do ator é coletivo, é sempre o resultado do talento de vários profissionais trabalhando juntos. Mas, em 2021, ao trabalhar durante a pandemia, a minha responsabilidade em relação ao outro aumentou ainda mais, e a minha empatia e solidariedade também. Acho isso positivo! Quero em 2022 lutar mais pelo que acredito, tentando melhorar o que acho que precisa ser mudado".
- edição de 13 e 14 de novembro
"Em 2021, aprendi a olhar as pessoas nos olhos, acima das máscaras. Os olhos são a janela da alma. A resolução para 2022 é resistir, manter acesa a chama efêmera da existência. Resistir para sobreviver, mas, sobretudo, para defender os valores sem os quais a vida não tem sentido. Resistir, substituindo o grito pelo diálogo e a concorrência pela colaboração".