Você é daquelas mulheres que se culpa por não conseguir ir à academia, por não vestir uma calça número 38, por ter se esquecido de comprar o suco de laranja do filho, por não fazer hora extra no trabalho porque precisa buscar a filha na natação, por não conseguir ter o corpo que tinha antes da gravidez e por aí vai? Então, corra para ler as dicas abaixo. É possível tornar o dia a dia mais leve e até crescer com as próprias falhas sem se sentir uma mulher incompleta. Saiba por onde começar:
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Percepção fiel sobre si
O caminho para aprender a lidar com a imperfeição sem culpa é feito de recomeços, e a largada se dá com uma percepção fiel sobre si.
– O primeiro passo é reconhecer o seu valor, sou merecedora e capaz. Também sou uma pessoa que falha. Afirmar isso para si mesma e se reconhecer assim todos os dias é necessário – avalia Elaine Di Sarno.
Seja prioridade
Tenha um momento diário de conexão consigo mesma – e marque na agenda como prioridade. Não há regra: pode ser uma hora de exercício, uma volta no shopping, terapia, meditação, análise. O importante é um tempo para olhar para si com carinho, indica Lígia Baruch:
– É reservar um espaço para si, onde não é a esposa, a mãe, a filha. Que ninguém venha perguntar onde está o açúcar ou o sapato. Precisa ter o seu lugar, criar essa rotina. Vai caminhar pela rua meia hora para refletir, respirar, entender seu espaço. É o momento de silenciar as cobranças, inclusive as internas.
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Diga "não"
Aprenda a impor limites. Dizer não aos outros e até para si é uma forma de evitar desgastes e exercitar a escolha de prioridades. Não deu tempo de ir ao supermercado? Tudo bem, dá para pedir comida pela telentrega. Não conseguiu ir à academia três vezes por semana? Sem problemas, talvez seja necessário rever a frequência de exercício para encaixar na rotina.
– Pequenas cobranças vão evoluindo e trazem ansiedade e culpa. É permitido esquecer, dá para adiar as coisas, dá para errar. É a rigidez da mulher, sem espaço para flexibilidade. Não é só um esquecimento, é: “Eu não sou capaz”. É uma autocrítica baseada em crenças negativas sobre si – diz Elaine.
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Xô, comparação!
Risque a palavra “comparação” do seu vocabulário. Dá para acompanhar a vida daquela influenciadora pelo Instagram sem comparar? É difícil, mas possível, explica Lígia:
– Quando estiver olhando perfis nas redes sociais, sempre se policie como se estivesse vendo uma fotografia que teve uma maquiagem e que foi produzida para ser ideal mesmo quando parece que não. É só a máscara. Precisa exercitar isso, senão, pode entrar em uma espiral de autoacusação.
Já Elaine é categórica: fuja da comparação pois ela nunca é justa. É uma imagem que a gente mesmo cria sobre o outro. Aprender a ser imperfeita é um exercício contínuo de olhar para si com afeto, ressalta a psicóloga:
– Temos que mudar o padrão de comportamento. Olhe para si com carinho, não com cobrança. Valorize suas conquistas. Acione um novo modo de pensar e estar disposta a praticar. Pense, planeje, reflita sobre o que a faz feliz – isso ajuda a encarar as cobranças internas e externas de forma mais leve.