As mudanças ao longo da vida fazem parte do processo: o metabolismo desacelera e fica alterado, há maiores oscilações hormonais e, consequentemente, ocorrem mudanças no peso corporal. Ainda é necessário um cuidado maior a assuntos como a osteoporose, osteoartrite e a resistência à insulina, que podem ocorrer devido a alterações hormonais. Essas são algumas das condições que as mulheres com 50 anos ou mais podem enfrentar.
Manter uma alimentação equilibrada e nutritiva durante a vida é importante, mas há algumas mudanças no cardápio que podem fazer a diferença na saúde delas nessa faixa etária. Confira:
O metabolismo fica mais lento?
O metabolismo nada mais é do que a capacidade de produzir e gastar energia. Quem tem um metabolismo mais acelerado consegue perder mais calorias durante o dia - e, para quem tem um mais lento, a perda diária é menor. Sim, é verdade que o metabolismo diminui após os 30 anos - mas, se você é uma pessoa ativa, essa diferença não é significativa.
Cuidar da alimentação junto a um profissional vai garantir que ele considere todas as variáveis que influenciam na sua saúde, no seu gasto calórico e em como atingir resultados dentro da sua realidade. Um plano alimentar bem calculado alinhado à prática de atividades físicas tira essa diminuição metabólica de letra.
Alimentos antioxidantes e prevenção do envelhecimento celular
Uma alimentação rica em verduras, legumes e frutas garante um bom aporte de vitaminas e minerais. Os antioxidantes presentes nesses alimentos ajuda no combate aos radicais livres, além de atuarem na prevenção de doenças e de retardar o envelhecimento celular.
Invista em frutas cítricas como limão e vegetais de coloração amarelo-alaranjado, como a abóbora moranga. A variedade do cardápio é importante, mas se a sua rotina não permite preparar alimentos diferentes todos os dias, se organize para ofertar diferentes opções de uma semana para a outra.
O cálcio e a vitamina D
O desgaste ósseo pode levar a algumas complicações clínicas, como o desenvolvimento da osteoporose. Consumir alimentos que sejam fontes de cálcio é importante em qualquer idade, mas, após os 50 anos, vale a pena reforçar. Gergelim, quinoa e folhas verde-escuras.
Outro nutriente fundamental na alimentação e que está associado à absorção do cálcio é a vitamina D. A diminuição da absorção intestinal dessa substância ativa e da capacidade da pele de produzir a vitamina D3 é natural. O Ministério da Saúde recomenda a exposição solar de 15 a 20 minutos, pelo menos três vezes por semana, sem protetor solar, até às 10h ou após as 16h. Além disso, consuma alimentos como leite, fígado e peixe, de acordo com orientação médica ou do seu nutricionista.
Zinco e imunidade
A última dica é sobre o mineral que está diretamente ligado à imunidade. É natural que, após os 50 anos, a imunidade já não seja a mesma. O zinco ainda tem ação antioxidante, desacelerando o envelhecimento das células, e é responsável pela síntese de células que fortalece o sistema imunológico, fornecendo defesa contra fungos, vírus e bactérias.
Leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico), castanha de caju, amêndoas, semente de abóbora, ovos, e farelo de aveia são alguns alimentos ricos em zinco que você pode inserir em seu cardápio diário.
Paula Mar Pinto é nutricionista clínica por formação, mas se considera uma "facilitadora de experiências saudáveis". Depois de muito brigar com a balança, resolveu se aliar a ela. É autora do projeto E Agora, Nutrinha?.