Renato Portaluppi é mestre em proteger seu grupo diante de adversidades. Suas entrevistas, quando ele vê necessário, desvirtuam as questões, valorizam fatos periféricos e não revelam o descontentamento que ele sente e até demonstra com o que acontece com sua equipe.
Ao chamar o desempenho de seu time de "excepcional" ele tenta elogiá-lo, como dizendo que está excelente. Isto não é verdade do ponto de vista técnico. Há, porém, o sentido literal da palavra e aí, sem querer, o técnico acerta. "Excepcional" deriva de "exceção" e isto caracteriza muito bem a quantidade de empates que a equipe tem na competição, o que gera uma invencibilidade longa, mas não traduz vantagens na tabela. Foge da regra... É exceção... É excepcional.
A dor de Maicon é a dor do Grêmio
A dor de Maicon é a dor do Grêmio. Ver o verdadeiro capitão da Era Renato quase aos prantos por não conseguir jogar com a desenvoltura e a maestria com que fez nos últimos anos é algo muito mais abrangente. Passa-se também a entender o treinador que não o lança no início das partidas porque seria desigual o embate contra adversários que estão plenos na condição física.
O ocaso do grande volante coincide com o momento de discussão forte em relação ao desempenho da equipe gremista. Os poucos minutos em que ele entra, mesmo sem condições ideais, mostram acréscimo. Seria como um sonho tricolor tê-lo no Gre-Nal e na decisão da Copa do Brasil. Não precisa mais.