O sistema de monitoramento e alerta para riscos climáticos de Porto Alegre deve começar a funcionar em janeiro. A previsão é da Defesa Civil municipal, que conclui em dezembro a instalação de 10 totens eletrônicos. A estimativa inicial era que o serviço começasse a operar ainda neste mês.
Os dispositivos, que são postes metálicos, são equipados com estações meteorológicas, sinal luminoso, câmeras 360° e alto-falantes de grande potência para emitir avisos por sirene e mensagens de áudio para a população. A ideia é que, além de a sirene tocar, seja possível estabelecer comunicação entre o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil e os moradores da área.
— Nós desenvolvemos um sistema todo de monitoramento, não só hidrológico e meteorológico, mas também de movimentos de massa. Nós temos as nossas áreas de risco, que são áreas de deslizamento e movimento de massa, de terra nessas áreas de encosta, e todas essas áreas foram mapeadas. Esses 10 totens também monitoram as condições do ar, a radiação solar, a direção e velocidade do vento — explica o coronel Marcus Vinicius, coordenador do Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil da Capital.
Os totens com sensores foram alocados em pontos da ilhas dos Marinheiros e Pintada, junto aos arroios Passo das Pedras, Sarandi, Moinho, Guarujá, além dos bairros Humaitá, Lomba do Pinheiro e Lami (confira as localizações exatas no mapa abaixo).
Quatro deles têm sensor fluviométrico (que monitora o nível de um curso d'água): Lami, Guarujá, Ilha da Pintada e barragem Lomba do Sabão (Lomba do Pinheiro).
Na semana passada, a equipe trabalhava na energização dos equipamentos. Os alertas poderão ser feitos automaticamente a partir de modelos determinados, como quando o Guaíba chegar a determinada cota, ou manualmente, pela equipe da Defesa Civil.
Alerta e orientação
De acordo com a prefeitura, um plano de contingência também será acionado. O objetivo é comunicar a população sobre os protocolos.
— Está previsto nós capacitarmos as comunidades, quanto às potencialidades do equipamento, mas também quanto ao que fazer quando recebe a informação. Porque não não basta eu só dar a informação do alerta se eu não informar e não comunicar por que está sendo dado aquele alerta e qual procedimento que eles (moradores) devem adotar a partir disso — explica o coronel.
A parte de conscientização dos moradores faz parte do Plano de Preparação e Mitigação de Desastres Climáticos. O projeto considera as particularidades de cada comunidade da Capital. Segundo a Defesa Civil, esse treinamento será feito nos próximos meses.