Colonos alemães estabelecidos em São Leopoldo e outros recém-chegados a Porto Alegre partiram em 1º de novembro de 1826 rumo ao Litoral Norte. Depois de 17 dias de viagem por barco, até Capivari do Sul, e em carroças pela praia, 422 pessoas chegaram a Torres. A região era o principal acesso ao Rio Grande do Sul por terra.
O presidente da província, José Feliciano Fernandes Pinheiro, o mesmo que criou São Leopoldo, planejava a formação da nova colônia e a construção de um porto, mas não ficou no governo para levar adiante o projeto. Os protestantes (luteranos e calvinistas) foram levados em julho de 1827 para as margens do Rio Três Forquilhas, atuais municípios de Três Forquilhas e Itati. Os católicos ficariam nas terras baixas perto de Torres, mas reclamaram dos alagamentos. Depois de muita confusão, em 1828, foram destinados lotes entre as lagoas do Morro do Forno e do Jacaré, dando origem à colônia de São Pedro de Alcântara, atuais municípios de Dom Pedro de Alcântara e Morrinhos do Sul.
No 11º episódio do podcast Aconteceu no RS, o historiador Rodrigo Trespach conta como a falta de um porto impediu o desenvolvimento das colônias. Sem chegada de novas levas de imigrantes alemães, as famílias do Litoral Norte, principalmente as católicas, tiveram maior integração com as comunidades locais, indígenas, negros e descendentes de portugueses e açorianos. Entenda também como foram alterados os sobrenomes alemães na região.
Outros episódios da temporada do podcast Aconteceu no RS:
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- São Leopoldo: como foi a criação da primeira colônia alemã no RS
- Capitão ganancioso, separação de famílias e navio à deriva: dramática viagem de alemães ao Brasil
- Curiosidades sobre doenças, tratamentos e velórios nas colônias alemãs
- Quais os alimentos tradicionais da culinária alemã no RS
- Clubes, arquitetura, indústrias e comércio: a contribuição de alemães em Porto Alegre
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