O debate entre os candidatos à Presidência da República promovido pela TV Globo às vésperas do primeiro turno foi marcado, em diversos momentos, por acusações, xingamentos, pedidos e concessão de 10 direitos de resposta. Mas, em meio a momentos de tensão, também houve embate de ideias entre os sete participantes.
Mediado pelo jornalista William Bonner, o debate reuniu Ciro Gomes (PDT), Felipe d'Avila (Novo), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). Foi o último encontro entre os presidenciáveis antes da votação no domingo.
Leia a análise dos colunistas de GZH:
Rosane de Oliveira
"Por mais de três horas, quem resistiu à maratona assistiu a um festival de ataques, grosserias e distorções, refletindo o clima das ruas nestes dias que antecedem a eleição. Perdeu-se uma oportunidade preciosa para debater propostas, apesar de o regulamento prever dois blocos de perguntas com temas sorteados."
Um debate como nunca se viu e que pouco acrescentou
Leia a coluna completa
Daniel Scola
"No último enfrentamento público entre candidatos a presidente da República, não houve economia em críticas, agressões, ataques, alfinetadas e acusações em discursos que reproduziram a conversa de rua, o papo de bar sobre a eleição. O clima pré-eleitoral se materializou no debate."
Sobraram agressões, faltaram projetos
Leia a coluna completa
Rodrigo Lopes
"O debate da TV Globo terminou aos 12 minutos. Foi quando teve início a baixaria. Nas três horas seguintes, o país assistiu, ao vivo, a um retrato do que de pior a política brasileira é capaz de parir: xingamentos, desrespeito às regras, falta de educação e de civilidade, interrupções quase constantes ao oponente e um duelo de pedidos de resposta que, por pouco, não inviabilizou o encontro."
Lapsos de propostas em meio a um show de horrores
Leia a coluna completa
Juliana Bublitz
"Última oportunidade para avaliar os candidatos à Presidência da República antes da votação de domingo, o debate da TV Globo foi um misto de "vergonha alheia" e "show de horrores". Duvido que tenha alterado o resultado e as convicções de cada um. Serviu, isso sim, como um reflexo de um país doente e irreconhecível."
Agressivo, mal-educado e insano, o debate foi um reflexo do Brasil atual
Leia a coluna completa
Marta Sfredo
"Havia informações, vindas dos QGs das campanhas, de que seria duro. Um lado planejava atacar, outro ameaçava com "bateu, levou". Mas o debate dos candidatos à Presidência na TV Globo descambou do que seria razoável — cobranças diretas e sem meias-palavras — para uma troca rasteira de insultos ou para diálogos que insultaram a inteligência do telespectador."
Quem venceu o debate dos insultos
Leia a coluna completa
Kelly Matos
"O debate produziu momentos de embate, um número recorde de direitos de resposta concedidos e pouquíssimo confronto aproveitável de ideias. Não chega a ser condenável sob o ponto de vista da ausência propostas, porque debate pressupõe, mesmo, um confronto. Mas a grande dúvida a ser respondida a dois dias do domingo de eleição não pôde ser sanada."
A pergunta que o debate da Globo não conseguiu responder
Leia a coluna completa
Giane Guerra
"Ao fazer uma entrevista, mediar um painel ou conduzir um debate, o jornalista costuma planejar uma postura austera. Sua função não é ser a notícia, mas fazer o possível para que saia dos interlocutores informação importante para o público. Mas a tarefa de William Bonner no debate dos presidenciáveis foi árdua. Xingamentos e desrespeito às regras marcaram o encontro."
Eu também teria perdido a paciência no debate
Leia a coluna completa