O Grêmio foi buscar Edilson, que estava no Avaí, para ser o titular da lateral direita do time em 2022. Aos 35 anos, ele chega como um velho conhecido dos torcedores, já que soma mais de cem jogos pelo clube, com três títulos conquistados — o Gauchão de 2010, a Copa do Brasil de 2016 e a Libertadores, em 2017.
Com tantas partidas e conquistas com a camisa tricolor, não faltam lembranças memoráveis de Edilson pelo clube. Do primeiro título, em 2010, até a saída para o Cruzeiro na troca envolvendo Alisson e Thonny Anderson, o lateral deixou seu nome marcado na história gremista. Por isso, GZH relembra cinco momentos marcantes do jogador pelo Tricolor.
1) Primeira passagem e gol na estreia
Edilson chegou ao Grêmio pela primeira vez em fevereiro de 2010, vindo da Ponte Preta, assinando com o clube gaúcho por três temporadas. Foi contratado para assumir a posição sob o comando do técnico Paulo Silas, que vinha utilizando Mário Fernandes, que também atuava como zagueiro, na posição. Em sua apresentação, Edilson destacou a qualidade nas cobranças de falta:
— Ano passado tive um bom aproveitamento nas faltas. Tive sete ou oito gols.
Logo na estreia, marcou um gol e deu uma assistência diante do Avenida.
2) Título e cerveja na comemoração
Uma foto ficou na lembrança dos gremistas e marcou a trajetória de Edilson com a camisa do clube. Em 2010, após o título gaúcho conquistado pelo Tricolor diante do maior rival, o lateral e o ex-meio-campista Douglas comemoram a taça na banheira do Estádio Olímpico, que estava repleta de cerveja. A imagem, inclusive, seria repetida pela dupla seis anos depois, após a conquista da Copa do Brasil, em 2016. No jogo de ida da final, inclusive, Edilson salvou o que seria um gol do Inter em cima da linha.
3) Crítica a Luxemburgo e saída
Ao longo da primeira passagem pelo Grêmio, Edilson teve altos e baixos. Em 2011, após perder a titularidade no ano anterior para Gabriel, acabou emprestado ao Athletico-PR a pedido de Renato Portaluppi, que foi para o clube paranaense. Retornou e foi utilizado em alguns jogos pela equipe em 2012, após ser reintegrado por Caio Júnior. Mas, com a mudança de técnico, perdeu espaço e, após um desentendimento com Vanderlei Luxemburgo, encerrou seu ciclo na capital gaúcha. Ao chegar no Botafogo, fez críticas ao antigo treinador, dizendo que haviam "cartas marcadas" no Tricolor.
4) Retorno e títulos expressivos
Edilson acerta seu retorno ao Grêmio em maio de 2016, para trabalhar com Roger Machado, atual técnico da equipe, que também comandava o time à época. Ele chegava ao Tricolor após uma passagem vitoriosa pelo Corinthians, com a conquista do Brasileirão em 2015, apesar de ter sido reserva de Fagner ao longo da competição. No Tricolor, assumiu a condição de titular e, no final do ano, conquistou a Copa do Brasil. Na temporada seguinte, mesmo com a chegada de Léo Moura, foi peça importante no Tri da Libertadores e no vice do Mundial de Clubes, contra o Real Madrid.
5) Saída para o Cruzeiro em 2018
O sucesso nas duas temporadas anteriores pelo Grêmio levou o Cruzeiro a oferecer um salário de R$ 500 mil mensais para tirar o lateral-direito do clube gaúcho, onde recebia quase a metade. Edilson assinou por três anos com a equipe mineira. Na negociação com a Raposa, vieram para o Tricolor os meias-atacantes Alisson e Thonny Anderson, este último por empréstimo com passe fixado. O lateral, porém, chegou a afirmar em entrevista ao programa Bola nas Costas, da Rádio Atlântida, em maio de 2018, que tinha o desejo de voltar ao Grêmio:
— Eu tinha 31 anos, recebi uma proposta muito boa, a maior da minha vida. Acho até que foi a maior de um lateral no futebol brasileiro. O carinho e a gratidão pelo Grêmio vai ser eterna. Eu espero voltar o mais rápido possível, aqui realmente é minha casa.
O jogador foi criticado pelo torcida cruzeirense e precisou se desculpar. Porém, voltou a dizer em outros momentos que gostaria de retornar ao Tricolor, o que se confirma apenas quatro anos após sua saída.