A quinta-feira (12) começou no estádio Luzhniki com encontro de nomes históricos do futebol. A Fifa promoveu entrevista coletiva com os integrantes do Grupo de Estudos Técnicos da entidade, que tem a missão de avaliar as novidades táticas e escolher o melhor jogador da Copa.
Estiveram na entrevista, o brasileiro Carlos Alberto Parreira, campeão do mundo pela Seleção Brasileira em 1994, e chefe desta equipe de trabalho. Ao lado dele, o histórico técnico sérvio Bora Milutinovic, que dirigiu cinco seleções diferentes em Copas, o ex-centroavante holandês, Marco Van Basten, o técnico escocês Andy Roxburgh, e o ex-atleta da Nigéria, Amunike.
Parreira foi perguntado sobre a eliminação do Brasil, e não ficou em cima do muro:
— É preciso outra coisa além de qualidade, talento e organização. É preciso ter fome de ganhar, e experiência, só assim se ganha uma Copa. O Brasil, por exemplo, tinha bons jogadores, mas poucos com experiência de Copa. O estafe técnico também. Poderíamos ter ido mais longe na Copa. Controlamos o jogo e dominamos o segundo tempo contra a Bélgica. De qualquer maneira, o trabalho tem que continuar. Com o Tite.
Outro tema muito abordado foi a grande final deste domingo, entre França x Croácia. Apesar da grande campanha dos franceses, os croatas foram muito elogiados:
— A principal qualidade da Croácia é a mentalidade, uma equipe que jogou três prorrogações, e quando todos pensavam que fosse sentir o cansaço contra a Inglaterra, buscou forças, graças a esse espírito — falou Bora Milutinovic.
Já Andy Roxburgh preferiu não apontar favoritos para a decisão deste domingo:
— Vai ser um jogo parelho, são estilos diferentes, aliás nesta Copa vimos muitas coisas interessantes. Acho que a postura tática da Bélgica contra o Brasil foi brilhante. O Mundial foi muito proveitoso no aspecto tático.
Um assunto polêmico surgiu em meio a entrevista coletiva. Van Basten, que marcou história como um dos artilheiros da Holanda, foi perguntado sobre Neymar, e a fama de cai-cai do brasileiro.
— Em geral, não é uma boa atitude. O jogador tem que tentar dar o seu melhor. Eu acho que você tem que ter espírito e isso não vai ter ajudar. Acho que ele deveria entender esta situação — opinou.