Recordista de participações em Copas do Mundo, tendo dirigido seleções de cinco países em seis edições, Carlos Alberto Parreira vai para mais um Mundial, mas, desta vez, não como técnico. Na Rússia, o brasileiro de 75 anos vai liderar o Grupo de Estudos Técnicos (GTE) da Fifa.
Desde a edição da Inglaterra, de 1966, todas as Copas contaram com a presença de um grupo de especialistas para analisar todos os jogos do evento.
A equipe de Parreira contará com 13 técnicos do mundo inteiro. Eles vão se dividir entre os 64 jogos, 12 estádios e 11 cidades-sede do Mundial.
O objetivo é observar cada uma das partidas in loco para elaborar um relatório sobre as tendências táticas, relatar aspectos técnicos, destacar pontos fortes e fracos das equipes e ainda eleger o melhor jogador de cada confronto.
Mais do que isso, o ex-treinador do Brasil vai ajudar o grupo da Fifa a definir os vencedores das principais premiações da Copa, como Chuteira de Ouro, para o atleta com o maior número de gols na competição; da Bola de Ouro, para o melhor jogador da Copa; e Luva de Ouro, para o melhor goleiro.
Além de Parreira, o grupo técnico reúne outros nomes ligados ao futebol mundial, como o sérvio Bora Milutinović, que treinou cinco seleções em cinco edições da Copa; o ex-jogador nigeriano Emmanuel Amunike, que participou do Mundial de 1994; o italiano Alessandro Nesta, que defendeu a seleção da Itália em três Copas; o treinador escocês Andy Roxburgh, que dirigiu a seleção escocesa em 1990; e o holandês Marco van Basten, considerado um dos maiores atacantes de todos os tempos e o melhor jogador do mundo da Fifa, em 1992.
Após o fim do Mundial, o GTE produzirá um relatório técnico que incluirá estatísticas completas e será distribuído às federações filiadas da Fifa.