
Habemus técnico. Carlo Ancelotti, o sonho de um verão sem fim de Ednaldo Rodrigues, finalmente foi anunciado como técnico da Seleção Brasileira. Estará na beira do gramado contra o Equador, no dia 5 de junho, e o Paraguai, dia 10.
Ancelotti é o nome com peso e tamanho para sustentar a camisa amarela. A escolha está adequada, embora a chegada seja tardia. O ponto é se só o técnico será suficiente.
Porque não adianta importar Ancelotti e manter o modelo atual de trabalho, com a centralização de Ednaldo Rodrigues até para decisões mais comezinhas da Seleção.
Ancelotti vem de um ambiente estruturado, era uma peça na engrenagem do melhor e maior clube do mundo em termos de organização e condições de trabalho. Uma peça importante, é verdade, mas uma peça.
Momento de criar processos
A questão é se a CBF entregará para o seu técnico a chave da sala da Seleção Brasileira e permitirá que ele e os executivos que lá estão criem um organismo dentro do organismo. Foi assim que Tite estabeleceu o melhor modelo de trabalho visto na CBF desde a conquista do Penta.
Tite pegou a chave da sala, montou uma supercomissão, acoplou Edu Gaspar para comandar a parte administrativa e criou ali processos que fizeram a Seleção conversar de igual com as melhores comissões e estabelecer nos trópicos a mesma rotina dos atletas na Europa.
Se Ancelotti não tiver a chave da sala, tendo Rodrigo Caetano e Cícero Souza criando os processos e entregando a eficiência deles, de nada adiantará tê-lo importado.