Entre a frustração da estreia apenas com empate no Brasileirão e o aumento da pressão por parte da torcida, o Inter deixou o Beira-Rio no domingo (30) com uma notícia boa: Patrick voltou. Se Miguel Ángel Ramírez pretende apostar em alguém para modificar para melhor a equipe com uma característica própria de dribles e força, aí está sua melhor opção.
Escalado como ponteiro pela esquerda ou até testado pelo lado direito, o volante que virou meia não reproduziu as boas atuações do campeonato de 2020. É aquele rendimento que precisa ser buscado com urgência.
Mesmo que Taison seja a grande figura do Inter para a campanha do Brasileirão, ele precisa de companheiros competentes e que dividam o protagonismo. Patrick pode ser este jogador. Ele é diferente da média colorada.
Sem ser o driblador liso e lépido, consegue passar por seus marcadores com toques de qualidade em curto espaço e muita força. Sem novas contratações à vista para o setor, o desafio do treinador é recuperar o futebol de quem já foi diferencial da equipe, algo que vale também para Edenilson.
A missão de Ramírez se divide entre colocar Patrick no time, evitar que ele jogue numa posição em que não renda bem e controlar a exigência física para que não haja lesões.
Ainda que o time fique pendendo muito para o lado esquerdo com os também canhotos Mauricio ou Praxedes e as jogadas preferenciais de Taison por aquele flanco, o caminho se mostra claro para, pelo menos, uma tentativa forte já a partir do jogo em Salvador, contra o Vitória.
Patrick é figura fundamental para o novo time colorado, especialmente se aproveitando da mudança de esquema que não mais o joga para a ponta.