O Inter tem motivos para comemorar o resultado do sorteio da Libertadores que colocou o Olimpia como adversário colorado nas oitavas de final da competição. Não se trata simplesmente de lembrar que os paraguaios tiveram a pior das campanhas entre os 16 classificados na fase de grupos e com duas derrotas impostas com superioridade pelo time de Miguel Ángel Ramírez. A definição do confronto cai como uma bênção num Beira-Rio que vive tempos de resultados e desempenho discutíveis, além de grande contestação do trabalho.
Por mais que o Olimpia tenha grande tradição na competição e uma camisa pesada no futebol sul-americano, não há como negar ao Inter o favoritismo para chegar às quartas de final.
Obviamente, ninguém espera outro 6 a 1, mas o conhecimento do adversário e suas vulnerabilidades dá sustentação ao time colorado antes do reencontro. Se os 45 dias que faltam para o início dos jogos permitem aos paraguaios um reforço e devidas correções na equipe, o mesmo vale no Beira-Rio.
Até o retorno da Libertadores é bem provável que o Inter busque reforços, especialmente para a defesa. Taison, que começou muito bem e perdeu rendimento nas últimas partidas, provavelmente terá um desempenho mais estável.
Usando os jogos do Brasileirão, os colorados esperam que as ideias e escolhas de Miguel Ángel Ramírez estejam funcionando de maneira mais constante para os reencontros com o Olimpia.
Com isto acontecendo, é bem provável que a própria relação com a torcida já esteja menos desgastada. Se nada acontecer, haverá o consolo e a boa perspectiva de que o adversário já foi o grande freguês desta disputa. Bastará repetir.